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Lume Brando

14
Fev20

Almôndegas vegetarianas [Diz-me o que lês #27]

Almôndegas vegetarianas

Livro Vegetariano em part-time

DIZ-ME O QUE LÊS, DIR-TE-EI O QUE COMES #27

"Vegetariano em part-time" - Jo Pratt - ArtePlural Edições*

 

Quando vi o título deste livro, identifiquei-me de imediato.

"Vegetariano em part-time" é uma forma bem mais criativa de designar o 'flexitariano', ou seja, aquele que nos seus hábitos alimentares inclui a carne (e o peixe), de vez em quando, mas privilegia os ingredientes de origem vegetal e as refeições vegetarianas. Parabéns, por isso, para quem traduziu para português o título do livro, que no original é "The flexible vegetarian".

Se aí desse lado estão também a fazer este caminho flexitariano, vão adorar este livro.

 

Livro Vegetariano em part-time

 

Aviso à navegação: este livro, com grande pena minha, não tem receitas de sobremesas.

Pelas minhas contas, são quase 90 receitas 'salgadas', distribuídas por diferentes tipos e momentos de refeição como podem ver no índice:

 

  • Introdução
  • A despensa de um vegetariano flexível
  • Pequenos-almoços e brunches
  • Sopas/caldos
  • Pratos simples
  • Pratos elaborados
  • Molhos/petiscos
  • Carne/Peixe cozinhados no ponto
  • Índice remissivo
  • Agradecimentos

 

São receitas desempoeiradas, modernas e criativas, que pometem ter bastante sabor. Foi difícil escolher a receita para trazer a este post. Acabei por optar pelas almôndegas, cujo nome original é 'almôndegas de beringela e quinoa com molho de tomate', porque tinha encontrado umas beringelas ótimas na feira e assim já tinha uma das refeições da semana decidida (ainda que tivesse algum receio de que os rapazes não fossem gostar).

 

Não posso dizer que estas são as melhores almôndegas vegetarianas que já comi, mas não ficaram nada mal e os rapazes aderiram facilmente a esta opção sem proteína de origem animal. Serviram-se mais do que uma vez, e o mais velho, no início um pouco reticente, terminou a mencionar a célebre frase "Primeiro estranha-se, depois entranha-se" 😆

 

No livro, de destacar que, à exceção das receitas do capítulo "Carne/peixe", todas as receitas são vegetarianas. A componente 'flexível' é dada como comentário ou sugestão de rodapé, em que a autora nos diz como podemos incluir ingredientes de origem animal na receita, de forma a torná-la um pouco diferente ou mais substancial.

 

Quanto à autora, Jo Pratt, é uma chef e food stylist inglesa, autora de livros de cozinha premiada, sendo o "Vegetariano em part-time" o seu terceiro e penúltimo livro. O mais recente dá pelo título "The flexible pescatarian".

 

Almôndegas vegetarianas

 

Resumindo: graficamente, "Vegetariano em part-time" é dos livros mais simples e simultaneamente mais bonitos de que já falei aqui. As fotografias são lindas, com um styling minimalista mas perfeito. Está bem escrito e as receitas parecem estar bem detalhadas. Definitivamente, um livro de cozinha vegetariana que dá vontade de folhear vezes sem conta e fica bem em qualquer cozinha.

 

Como sempre, esta rubrica contou com o apoio da Livraria Bertrand, onde pode comprar e saber mais sobre o livro >>> Bertrand Online

 

*Este post contém links afiliados

Almôndegas vegetarianas

ALMÔNDEGAS VEGETARIANAS

Ligeiramente adaptado da receita de beringela e quinoa do livro "Vegetariano em part-time", de Jo Pratt

 

Para cerca de 32 almôndegas

100 g de quinoa cozida

Azeite qb

1 cebola finamente picada

2 dentes de alho picados

2 beringelas médias em cubos (cerca de 450 g, pesadas inteiras)

200 g de cogumelos marron em cubos

75 g de pão ralado (usei caseiro)

50 g de queijo parmesão em lascas

50 g de azeitonas pretas descaroçadas

1 ovo

4 colheres de sopa de chia

6 colheres de sopa de flocos de aveia grossos

1 mão-cheia de folhas de manjericão

Sal e pimenta preta

 

Molho de tomate para servir

 

Numa frigideira, coloque um bom fio de azeite e refoque a cebola até começar a querer ganhar cor. Junte o alho, deixe cozinhar um pouco e adicione as beringelas.

Quando começarem a amolecer, junte os cogumelos e deixe cozinhar até estar tudo bem macio, o que deve demorar uns 20 minutos.

Tempere com sal e pimenta e deixe arrefecer uns 10, 15 minutos.

Coloque esta mistura no robot de cozinha, junte todos os outros ingredientes, coloque um pouco mais de sal e pimenta preta e triture até obter uma mistura moldável.

Faça bolinhas, coloque-as num tabuleiro forrado com papel vegetal e leve ao frigorífico para ficarem mais firmes (eu fiz as minhas de véspera).

Quando for cozinhar, unte com azeite uma frigideira grande antiaderente, aqueça bem e cozinhe as almôndegas (sem as sobrepor, se não couberem todas na frigideira, faça em duas vezes), rodando-as com cuidado, até ficarem tostadinhas por todo.

Sirva com molho de tomate bem quente e couscous ou massa cozida.

Pode decorar com folhas de manjericão e lascas de parmesão.

 

MAIS RECEITAS VEGETARIANAS:

 

25
Out19

Bolo de coco, manga e clementina [Diz-me o que lês, dir-te-ei o que comes #15 ]

Bolo de coco, manga e clementina

Bolo de coco, manga e clementinaBolo de coco, manga e clementina

 

O interesse e a curiosidade por uma alimentação à base de vegetais são cada vez mais comuns e, se dúvidas houvesse sobre a importância desta tendência, bastaria olhar para as prateleiras das livrarias. Nos últimos tempos, temos assistido ao lançamento em catadupa de livros dedicados à dieta vegetariana, nomeadamente ao regime 100% vegetariano ou vegan. Já falei de alguns deles aqui [no final do post, encontram os links para esses posts], e esta semana, na rubrica "Diz-me o que lês, dir-te-ei o que comes", trago mais um livro "verde" acabadinho de sair do forno!

 

[Por falar em forno, mais abaixo encontram o Bolo de coco, manga e clementina, a primeira receita do livro que escolhi e testei - na versão original, com laranja em vez de clementina.]

 

Bolo de coco, manga e clementina

DIZ-ME O QUE LÊS, DIR-TE-EI O QUE COMES #15

"Cozinha Vegetariana Rápida e Prática" - Gabriela Oliveira - ArtePlural Edições

 

De acordo com a capa do livro, Gabriela Oliveira é a autora dos livros de receitas vegetarianas mais vendidos em Portugal, sendo este o seu 6º livro de culinária em cinco anos [o que eu acho um feito incrível, devo dizer].

 

Vegetariana há mais de 20 anos, Gabriela não só tem feito um trabalho notável no desenvolvimento de receitas, como tem partilhado o seu saber e experiência em muitos workshops e showcookings, tendo aberto recentemente a Academia Vegan - um espaço de formação totalmente dedicado à cozinha 100% vegetal, em Lisboa.

 

Se costumam passar por aqui, sabem que eu não sou vegan, nem sequer vegetariana. No entanto, tenho aumentado cá em casa o número de refeições sem proteína animal. E se é certo que me custaria seguir uma dieta vegan, não coloco de parte optar por um vegetarianismo que não exclua os ovos e os derivados do leite. 

 

É por isso que gosto tanto de livros de cozinha vegetariana como dos que versam sobre a dieta "omnívora", desde que estejam bem estruturados, bem escritos, sejam visualmente apelativos e prometam pratos deliciosos. Porque a verdade é que eu ADORO vegetais.

 

Bolo de coco, manga e clementina

 

Se há coisa que não falta neste livro são receitas: 100 receitas no total, divididas pelos seguintes capítulos:

  • Pequeno-almoço e lanche
  • Snacks e refeições ligeiras
  • Sopas e Saladas Nutritivas
  • Pratos principais (na frigideira e na caçarola)
  • Doces momentos

 

Nas páginas iniciais do livro, para além de se apresentar, Gabriela tece algumas considerações sobre alimentação e sustentabilidade e fornece informação sobre os diferentes tipos de vegetarianismo, ingredientes mais usados neste regime alimentar e respetivos perfis nutricionais e ainda dicas sobre preparação e conservação dos alimentos, sem esquecer um miniguia de como planear as refeições e evitar o desperdício.

 

As receitas são, de uma maneira geral, bastante apelativas e originais. Os "Croquetes de tremoço", a "Bolonhesa de couve-flor e noz", a "Omoleta de aveia" ou o "Fricassé de castanhas e espargos" são bons exemplos. No entanto, algumas incluem produtos processados como "chouriço de soja", "salsichas vegetais", "queijo vegan" ou "alheira de cogumelos" e confesso que estes produtos me fazem alguma confusão. Nunca os provei, há que referir, e por isso talvez esteja a ser preconceituosa (já agora, se tiverem alguma opinião ou feedback sobre a utilização destes produtos, digam coisas nos comentários 😉).

 

Já tenho várias receitas salgadas do livro marcadas, para experimentar em breve, mas os bolos despertaram de forma especial a minha atenção porque, apesar não levarem ovos, manteiga ou outros ingredientes típicos da pastelaria tradicional, têm um aspeto bastante semelhante [basta ver o bolo deste post - diriam que é um bolo sem ovos? 😉 ]

 

Curiosos sobre o livro? Saibam mais na Bertrand Livreiros Online, onde até ao final do dia de hoje [25/10/2019] encontram descontos de 20% a 40% em todos os livros, incluindo nas "novidades"!

 

Agora siga para a receita deste bolo vegan [Gabriela Oliveira prefere o termo 100% vegetal] de coco, manga e clementina, que ficou aprovadíssimo à primeira.

 

Bolo de coco, manga e clementina

Bolo de coco, manga e clementina

 

BOLO DE COCO, MANGA E CLEMENTINA [VEGAN]

Ligeiramente adaptado do livro "Cozinha vegetariana rápida e prática"

 

1 manga pequena e madura (200 g de polpa)

2 clementinas - raspa e sumo

1 colher de sopa de sumo de limão

1 chávena de leite de aveia (ou outro leite vegetal)

1/3 de chávena de azeite extravirgem (ou óleo de coco derretido ou óleo de girassol)

1 chávena de açúcar mascavado (150 g)

2 chávenas de farinha de espelta*

1 colher de sopa de linhaça moída

1 chávena de coco ralado

1 colher de sopa de fermento em pó

1/2 colher de café de bicarbonato de sódio

1 pitada de sal

Coco ralado e lascas de coco tostadas para decorar (opcional)

Molho de chocolate para servir (opcional)

 

Ligue o forno nos 180º.

Unte bem com azeite e polvilhe com farinha uma forma quadrada com cerca de 20 cm x 20 cm e forre o seu fundo com papel vegetal.

Triture a polpa da manga e coloque-a numa taça.

Junte a raspa e o sumo de clementina, o sumo de limão, o leite de aveia e o azeite, e mexa com o batedor de varas.

Adicione o açúcar, a farinha, o coco ralado, o sal, a linhaça, o fermento e o bicarbonato. Envolva bem e verta para a forma previamente preparada.

Leve a cozer entre 35 a 40 minutos (tenha em conta que se usar uma forma maior, o bolo vai ficar mais baixo e vai cozer mais depressa).

Desenforme, deixe arrefecer e cubra o topo com coco ralado e as lascas de coco tostadas.

Para uma experiência mais gulosa, sirva com molho de chocolate.

 

*Para uma versão sem glúten e de acordo com a receita original, substitua as 2 chávenas de farinha de espelta por 1/2 chávena de farinha de aveia, 1/2 chávena de farinha de milho, 1 chávena de farinha de arroz integral e 1 colher de sopa de psílio em pó (para ajudar a ligar).

 

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03
Out19

Hambúrgueres de tofu e ervas [Diz-me o que lês, dir-te-ei o que comes #12]

Hambúrgueres de Tofu [Diz-me o que lês, dir-te-ei o que comes #12]

Livro O Menu da Semana

 

Uma dúzia! Com o desta semana, já são 12 os livros [e as receitas] que passaram por aqui, desde que iniciei o #dizmeoquelês em parceria com a Bertrand Livreiros. E sabem qual a melhor parte deste projeto? É ficar a conhecer livros e experimentar receitas que, de outra forma, dificilmente se cruzariam no meu caminho.

 

O livro que vos trago hoje é disso exemplo. Ainda que goste e de vez em quando faça refeições vegetarianas/vegan, não sigo estes regimes alimentares e não são os livros com estas receitas aqueles que mais me tentam, salvo algumas exceções [como os livros de Yottam Ottolenghi, por exemplo]. Mas o objetivo desta rubrica é falar dos livros disponíveis no mercado, por isso, tenho tentado mostrar-vos de tudo um pouco. Assim, esta semana falo-vos de "O Menu da Semana", de Vânia Ribeiro, autora do blogue Made by Choices

 

Vieram cá só pela receita de hambúrgueres de tofu? Se sim, é fazer scroll, que ela aparece mais abaixo😉

Livro O Menu da Semana

DIZ-ME O QUE LÊS, DIR-TE-EI O QUE COMES #12

"O Menu da Semana" - Vânia Ribeiro - Lua de Papel

 

A Vânia é formada em Naturopatia e concilia esta área com o blogue Made by Choices, criado em 2015 para "ajudar e inspirar outras pessoas a fazer escolhas conscientes e mais saudáveis". Neste âmbito, dinamiza regularmente workshops de cozinha.

 

Este não é o seu primeiro livro. Em 2017 lançou "As 5 cores da cozinha saudável -  Receitas simples, rápidas e deliciosas (e sem açúcar!)"

 

Neste segundo livro, "O Menu da Semana", para além de partilhar mais de 80 receitas, a autora foca-se no planeamento das refeições, na importância das escolhas ao nível dos ingredientes e na organização de despensa e da logística da compras, enquanto pilares de uma alimentação saudável.

Hambúrguer de tofu com molho de iogurte

 

A primeira coisa que me chamou a atenção ao pegar no livro, foi o facto de não encontrarmos na capa, contracapa ou folha de rosto, algo que nos diga que as receitas do livro recorrem apenas a produtos de origem vegetal. Ainda que haja uma ou outra referência à alimentação "vegetariana" nos textos introdutórios, não me parece suficiente. Percebo que se queira 'normalizar' este regime alimentar e que a intenção tenha sido não 'rotular' o livro como 'vegan'. Julgo, no entanto, que para a grande maioria dos consumidores, referir essa particularidade na capa ainda faz todo o sentido. 

 

Em todo o caso, "O Menu da Semana" é um livro bastante completo, dentro da especificidade referida, que junta teoria (informação) à prática (receitas). A primeira parte do livro é a mais teórica. Até à página 67, o que nos aparece são dicas da autora para uma alimentação mais saudável. Há informação nutricional sobre alguns ingredientes, informação sobre a melhor maneira de armazenar e preparar alguns alimentos e um calendário sazonal de frutas, hortícolas e oleaginosas (para se saber qual a época do ano de cada ingrediente).

 

Nesta parte, encontramos ainda os conteúdos que justificam o título: dicas para elaborar um menu semanal, com a inclusão de um plano já estruturado, onde receitas do livro foram distribuídas ao longo de quatro semanas (almoço e jantar) - um recurso muito útil, até porque inclui algumas anotações sobre tarefas de preparação prévia, essenciais para o sucesso de algumas das receitas.

 

Livro O Menu da Semana

Na segunda parte do livro vêm as receitas, divididas em cinco capítulos:

- Sopas

- Para acompanhar

- Vegetais (sobretudo saladas)

- Comida de conforto (muitos pratos de forno)

- Para levar (muitas sugestões para marmitas)

 

As receitas têm um ar muito apetitoso, com boas fotografias a acompanhar todas elas. Apesar do papel das páginas não ser o meu favorito - é um pouco brilhante - tenho de concluir que esta opção dá mais vida às imagens, tornando a comida mais apelativa.

 

As receitas estão bem escritas e apresentadas detalhadamente por passos numerados. Incluem uma 'ficha técnica' com número de doses, grau de dificuldade, tempo de confeção e tempo de conservação no frigorífico (e no congelador, se for adequado). Há ainda um textinho inicial a contextualizar cada receita, muitas vezes com informação extra sobre os ingredientes em destaque ou o modo de confeção.

 

Relativamente aos ingredientes utilizados, há alguns difíceis de encontrar num supermercado comum, como a levedura nutricional (ou levedura de cerveja), o tamari (molho de soja sem glúten), o miso (pasta de soja fermentada), o amaranto (cereal sem glúten) ou a farinha de araruta. Mas também é verdade que há cada vez mais lojas e mercearias especializadas nestes artigos e as secções dos produtos "saudáveis" dos hipermercados estão cada vez mais completas. Nem todas as receitas pedem produtos tão específicos, mas convém lembrar que estes também podem ser comprados online.

 

Resumindo: "O Menu da Semana" é um livro de cozinha, que para além de uma componente informativa sobre organização, planeamento e menus semanais, apresenta mais de 80 receitas para almoço ou jantar (não inclui doces ou sobremesas) apenas com produtos de origem vegetal. É um livro consistente, bem escrito e bem fotografado, especialmente útil para quem segue uma dieta vegetariana ou vegan.

 

Querem saber mais sobre a Vânia? Podem acompanhar o seu trabalho no blogue "Made by Choices", e ainda no facebook e no Instagram.

 

Querem saber mais sobre o livro? Espreitem aqui na Bertrand online.

 

Passemos agora à receita do livro que escolhi: hambúrgueres de tofu com ervas frescas [com molho de iogurte, também do livro] 😋

 

Hambúrguer de tofu com molho de iogurte

HAMBÚRGUERES DE TOFU COM ERVAS FRESCAS [E MOLHO DE IOGURTE]

Receita original: livro "O Menu da Semana" de Vânia Ribeiro

 

Para 4 hambúrgueres grandes

300 g de tofu firme

1/2 chávena de farinha de aveia

2 colheres de sopa de linhaça dourada moída

2 dentes de alho picados

Cerca de 8 hastes de coentros frescos picadas

Cerca de 6 folhas de hortelã fresca picadas

Cerca de 4 folhas grandes de manjericão fresco picadas

1 colher de chá bem-cheia de pimentão doce

1 colher de chá de ervas da Provença

2 colheres de sopa de molho de soja (ou um pouco mais)

1 colher de sopa de azeite extra-virgem

1 colher de sopa de água (se necessário)

Pimenta preta acabada de moer qb

Sal marinho (se necessário)

 

Passar o tofu por água e secar.

Num processador, picar grosseiramente o tofu.

Juntar os restantes ingredientes à exceção da água.

Verificar se está moldável: se estiver seco, junte uma colher de sopa de água ou mais um pouco de molho de soja (sem exagerar!). Se estiver demasiado húmido junte um pouco mais de farinha de aveia.

Faça bolas com a massa, achatando-as e dando-lhes a forma de hambúrgueres.

Pincele um grelhador com azeite e grelhe os hambúrgueres uns 6/7 minutos de cada lado (vai depender do tamanho dos hambúrgueres).

 

Para o molho de iogurte

Receita original: livro "O Menu da Semana" de Vânia Ribeiro

 

5 colheres de sopa de iogurte vegetal (usei iogurte natural)

5 folhas grandes de manjericão fresco picadas

5 hastes de coentros frescos picadas

1 colher de sobremesa de óregãos

1-2 colheres de sumo de limão

Sal marinho qb

 

Numa taça, juntar todos os ingredientes e misturar bem. Provar e retificar os temperos, se necessário.

Sirva a acompanhar os hambúrgueres no prato ou em pão, com palitos de batata doce assados no forno.

 

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26
Set19

Creme de cogumelos e castanhas [Diz-me o que lês, dir-te-ei o que comes #11]

Creme de cogumelos e castanhas

Livro Tempero da Argas

 

Quando, há quinze dias, falei aqui do livro "Novas receitas paleo", tinha estado a pesquisar sobre livros com este regime alimentar, e dei conta de que havia um livro novo no mercado, de uma autora portuguesa, que falava de uma variante desse regime: a alimentação primal. É esse o livro que vos trago hoje.

 

Confesso que nunca tinha ouvido falar em alimentação ou estilo de vida 'primal' ('Primal Blueprint', no original, um conceito criado por Louren Cordain) e pelo que fui lendo entretanto, as diferenças entre esta e a dieta Paleo estão agora bastante esbatidas. Pelo que percebi, a alimentação 'primal', ainda que também se inspire nas bases alimentares dos nossos antepassados pré-revolução agrícola, é mais inclusiva e abrangente em termos de ingredientes. Mas o melhor, é sabermos o que diz Márcia Patrício, a autora do livro e a blogger por detrás do Temperos da Argas  sobre isto. Está lançado o #dizmeoquelês 11!

 

Como sempre, este post conta com o apoio da Bertrand Livreiros 💛

 

Livro Tempero da Argas

Diz-me o que lês, dir-te-ei o que comes #11

"Temperos da Argas" - Márcia Patrício - Chá das Cinco

 

"Gosto de pensar na alimentação primal como um regresso ao tempo dos nossos bisavós, onde a alimentação era maioritariamente proveniente das terras cultivadas pela família ou de trocas entre vizinhos. O que se pretende é uma alimentação mais natural, cozinhada maioritariamente por nós, evitando as embalagens, os pacotes com aditivos que pretendem a conservação dos produtos durante meses."

[...] O objetivo é otimizar os efeitos que os alimentos e o estilo de vida têm no nosso organismo, usando o exemplo do home do Paleolítico, com uma alimentação natural, utilizando, claro, os alimentos disponíveis e a culinária moderna."

 

É desta forma que Márcia nos apresenta o seu regime alimentar e introduz os seus princípios básicos:

- a presença de legumes e fruta

- a preferência por carne, peixe e ovos de boa origem

- a preferência por laticínios fermentados de animais de produção extensiva

- a (quase) eliminação do glúten

- a (quase) eliminação de alimentos processados e refinados

 

Assim, nas páginas do livro, iremos encontrar 100 receitas, que vão ao encontro deste estilo de cozinha, divididas por diferentes categorias: Pão; Bolos e Bolachas; Sobremesas e Snacks Doces (talvez os três capítulos mais interessantes do livro, uma vez que são o tipo de receitas mais difíceis de criar sem farinhas ou açúcares convencionais), Pequeno-almoço, Sopas; Carne; Peixe; Snacks Salgados e Marmitas e, ainda, um capítulo final dedicado aos 'Básicos', com receitas de molhos e compotas.

 

Livro Tempero da Argas

 

Desta vez, não escolhi uma receita doce para testar. Já entramos oficialmente no outono e achei que esta sopa de cogumelos seria perfeita para a época. Até porque adorei a sua simplicidade e, claro, os seus ingredientes (sou só louca por castanhas e adoro cogumelos ☺️).

 

Mas marquei outras receitas do livro, como por exemplo as 'Bolachas tipo Maria", os "Pastéis de nata", o "Pão de tâmaras", o "Bolo do caco", o "Paleopic" (chocapic versão mais saudável), a "Caldeirada cremosa de peixe" ou os "Rissóis de camarão" (cuja massa e recheio abdicam da tradicional farinha de trigo e onde até o pão ralado é substituído por farinha de mandioca torrada (a farinha que se usa para fazer farofa).

 

Resumindo: "Temperos da Argas" não é um daqueles livros que compramos porque só de olhar ficamos com água na boca, até porque a fotografia não é, definitivamente, o seu ponto forte. Diria que é um livro 'funcional' e prático. Não daqueles que levamos para o sofá para ler como se fosse um romance, mas daqueles que levamos para a cozinha para lhe darmos uso a sério, caso nos identifiquemos com este regime alimentar (muitas das receitas podem ser perfeitamente incluídas em dietas vegetarianas, veganas ou low-carb). Está bem escrito, num tom descontraído e simpático. Inclui alguma informação sobre alimentação e saúde. As receitas são variadas e adequadas aos diferentes momentos do dia e, de uma maneira geral, parecem de simples e rápida confeção.

 

Querem saber mais sobre o livro? É só espreitar aqui >>> na livraria Bertrand online.

Siga para a receita do creme de cogumelos!

 

Creme de cogumelos e castanhas

CREME DE COGUMELOS E CASTANHAS

Receita original: livro "Temperos da Argas", de Márcia Patrício

 

Para 4 doses em taças pequenas

400 g de água

100 g de cogumelos 

100 g de castantas sem pele

70 g de alho-francês

2 colheres de sopa de azeite extravirgem

1 dente de alho

Sal e pimenta preta qb

Creme ou leite de coco para servir (opcional)

Vinagre ou creme balsâmico para servir (opcional)*

Folhinhas de tomilho para decorar (opcional)

 

Numa panela ou num robot de cozinha, leve a saltear no azeite o alho laminado, os cogumelos limpos e fatiados e o alho-francês em rodelas.

Quando começarem a murchar, retire alguns cogumelos e reserve-os para decorar as taças ao servir.

Junte as castanhas e a água, tempere de sal e pimenta e deixe cozinhar cerca de 35/40 minutos ou até as castanhas estarem bem cozidas.

Triture e retifique os temperos, se necessário.

Sirva quente em tacinhas individuais, decoradas com folhinhas de tomilho e os cogumelos reservados, um fio de leite de coco e/ou outro fio de vinagre ou creme balsâmico*. Também pode servir com croutons, se preferir.

 

*Apesar de ter gostado da receita, ao provar senti falta de alguma acidez. Da próxima, irei juntar uma cebola pequena aos ingredientes iniciais, mas talvez mantenha o fio de vinagre balsâmico. Não aparece nas fotografias, mas coloquei um pouco deste vinagre no momento de servir e fez um contraste maravilhoso!

 

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14
Ago19

Bombons "Ferrero" saudáveis [Diz-me o que lês, dir-te-ei o que comes #5]

Bombons "Ferrero" saudáveis

Livro "Desafio Vegan em 15 dias"

 

Apesar de não estar nos meus planos mais próximos tornar-me vegetariana ou vegana, há algo que já tenho vindo a implementar nas refeições cá de casa: menor consumo de carne, sobretudo de carnes vermelhas. E fazemos muitas vezes refeições ovolactovegetarianas.

Tenho sérias dúvidas de que se conseguisse um equilíbrio sustentável se todos nos tornássemos vegetarianos ou veganos, mas reconheço que é preciso uma mudança no paradigma da alimentação ocidental.

A escolha do livro desta semana, "Desafio Vegan em 15 Dias", de Filipa Range, está relacionado com esta consciência e com a vontade de aprender mais sobre o veganismo (que é bastante mais do que uma dieta alimentar), mas também com o facto de gostar de experimentar receitas diferentes, que fujam da minha zona de conforto.

 

Livro "Desafio Vegan em 15 dias"

Diz-me o que lês, dir-te-ei o que comes #5

"Desafio Vegan em 15 dias" - Filipa Range - Editora Influência

Este não é o primeiro livro de Filipa Range, autora do blogue "A Cozinha Verde", nome que serviu de título ao seu primeiro livro de receitas. Confesso que não conhecia a Filipa nem o seu trabalho (a não ser de ver os seus livros à venda), mas era uma tremenda falha minha. 

Nota-se que a Filipa acredita verdadeiramente nas suas escolhas e o livro está repleto de informação, validada pela nutricionista Sandra Gomes da Silva.

 

Apesar do conceito do livro assentar num "desafio", apresentando receitas para 15 dias de alimentação vegana, com cinco receitas por dia - pequeno-almoço, snack da manhã, almoço, snack da tarde e jantar - é perfeitamente possível escolher as receitas aleatoriamente ou de acordo com os ingredientes que mais apreciarmos ou quisermos introduzir, uma vez que o livro destaca vários alimentos, fala-nos das suas propriedades e da melhor forma de os utilizar, e indica-nos ainda que receitas do livro podemos confecionar com esses mesmos alimentos.

 

Bombons "Ferrero" saudáveis

Um dos aspetos de que mais gosto do livro é o facto de haver muitas receitas que são versões veganas de receitas tradicionais portuguesas ou de pratos 'internacionais' intemporais, como por exemplo o "Arroz do Mar" (feito obviamente sem peixe!), a "Carbonara de Abacate", os "Donuts", os "Hambúrgueres de Quinoa", o "Sushi", a "Canja de pleurotos e millet", a "Feijoada de três cogumelos", a "Omelete de grão" (sem ovos, claro!) e o "Bife de Seitan à Portuguesa", entre outros.

 

Acredito que estas versões ajudem bastante nos casos em que a ligação aos sabores tradicionais ou aos doces mais pecaminosos, estejam a impedir uma mudança a nível alimentar - seja ela ligeira, gradual ou definitiva.

 

O livro termina com 5 receitas extra, perfeitas para um brunch e desenvolvidas em parceria com a blogger Ana Gomes, aka "A melhor amiga da Barbie", que também assina o prefácio.

 

Resumindo: "Desafio Vegan em 15 dias" é um livro bem estruturado e bem escrito. Apresenta um design simples mas cuidado e funcional e, de uma maneira geral, boa fotografia (da autoria de Mário Cerdeira). As receitas, dentro da sua especificidade (veganas), são apelativas e estão bem descritas, para além de serem bastante variadas, quer em termos de ingredientes, quer em termos de "categorias", com opções para todos os momentos do dia.

Para saber mais, espreite o livro na livraria Bertrand online.

 

Ah! Quanto à receita escolhida para mostrar aqui - estas trufas que fazem lembrar os famosos "Ferrero Rocher" - ficaram aprovadíssimas. Na semana passada, no Instagram, perguntei se nesta edição do #dizmeoquelês queriam uma receita doce ou salgada, e quem venceu a sondagem foram os doces, por isso, aqui está ela!

Bombons "Ferrero" saudáveis

BOMBONS “FERRERO” SAUDÁVEIS

Ligeiramente adaptado do livro “Desafio Vegan em 15 dias”

 

Para cerca de 18

Avelãs: 1 chávena + 18 inteiras + cerca de 3/4 de chávena picadas

1/4 de chávena de cacau em pó (cacau ‘cru’ em pó na receita original)

1 pitada de sal marinho

1/4 de chávena de geleia de coco (xarope de ácer na receita original)

100 g de chocolate negro 70% cacau

 

Comece por retirar a pele às avelãs: leve-as a tostar no forno durante alguns minutos - ou ao lume numa sertã antiaderente - mexendo de vez em quando para não queimarem. Embrulhe-as num pano de cozinha limpo e esfregue o ‘embrulho’ na bancada da cozinha, para fazer soltar as peles.

 

Coloque uma chávena de avelãs no processador de alimentos e triture até obter uma manteiga, o que deve demorar entre 5 a 10 minutos, dependendo da potência do processador: vá baixando com a espátula as avelãs que ficam nas paredes do copo entre cada pulsar.

Junte o cacau, o sal e o adoçante (no meu caso, usei geleia de coco) e processe mais um pouco, envolvendo bem.

Se achar que a massa ficou um pouco mole, leve ao frigorífico para ganhar consistência (eu não necessitei, a minha massa ficou pronta a moldar).

Com as mãos húmidas, pegue em pedaços de massa e molde pequenas bolas do tamanho de brigadeiros (ou de Ferrero Rocher 😉), colocando uma avelã inteira no interior e fechando a bolinha.

Derreta o chocolate negro em banho-maria e mergulhe aí uma bolinha de cada vez, envolvendo-a em seguida na avelã picada. Coloque a secar sobre papel vegetal. Se a avelã picada não chegar, pode envolver em coco ralado.

Se for oferecê-los, coloque-os em forminhas de papel.

Conservam-se no frigorífico durante uma semana, podendo ainda congelá-los.

 

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28
Set18

Pizza de uvas americanas assadas com queijo de cabra [e uma doce viagem à infância]

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Esta semana chegou-me cá a casa um cesto de uvas, da casta popularmente chamada de "americana". Estas uvas não se conseguem comprar nos supermercados ou nas frutarias e julgo que mesmo em muitas casas e quintas com vinhas, já quase não há esta variedade, pelas razões que explico mais à frente.

 

Estas uvas têm uma pele grossa, que sai facilmente (ainda que eu coma o bago completo) e um sabor característico, mais forte do que as uvas de mesa mais comuns. Mal levei uma à boca, lembrei-me de imediato dos finais de verão da minha infância, em que íamos vindimar a casa dos meus avós maternos. Era pequena, julgo que foi ainda antes de entrar na primária, idade que me vedava o acesso aos escadotes de madeira, periclitantemente encostados aos troncos das vides. Mas lembro-me de ajudar a carregar os canistréis e de andar por ali, entretidíssima com toda aquela animação. O ponto alto era quando me davam a provar o vinho doce. Isso é que era uma emoção, sentia-me uma rapariga crescida. Afinal, estava a beber vinho, certo?

 

Recordo-me de na altura ouvir qualquer coisa sobre ser proibido ter esta casta plantada ou pelo menos fazer vinho com estas uvas, uma vez que esse vinho, conhecido pelo nome de "morangueiro", fazia mal à saúde. Isso levou a que estas uvas fossem desaparecendo, até mesmo dos pequenos quintais. Depois de uma breve pesquisa, descobri que mais do que motivos sérios ligados à segurança alimentar, o que esteve por detrás da proibição foram interesses comerciais: a uva americana produzia-se mais facilmente e em maior quantidade do que as castas europeias, permitindo produzir a bebida em maiores quantidades e a preços mais competitivos, pese embora a sua qualidade não fosse extraordinária.

 

Mas deixemos as políticas económicas de parte e voltemos ao mais importante: esta espécie de pizza, ótima para servir como entrada ou petisco numa refeição informal. Podem usar outro tipo de uvas "tintas", mas se tiverem alguém que vos possa oferecer uns cachos de uva americana (estas estavam especialmente doces, perfeitas), não hesitem: o resultado da mistura destas uvas com o alecrim e o queijo de cabra é fenomenal. 

 

Podem também optar por não fazer pizza, mas servir as uvas assadas em tostas, com um pouco de queijo esfarelado por cima. Fica igualmente bom. Quanto à massa de pizza, adaptei ligeiramente a receita do livro base da Bimby, enriquecendo-a com sementes trituradas para lhe dar crocância, mas podem usar a vossa massa de pizza favorita ou até mesmo massa de compra, se estiverem sem tempo.

 

Espero que gostem tanto desta combinação como eu. E se experimentarem, deixem um comentário, adoraria poder ouvir o vosso feedback.

 

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PIZZA DE UVAS AMERICANAS ASSADAS COM QUEIJO DE CABRA

Para 2 pizzas/ 8 pessoas, como entrada

 

400 g de massa de pizza

375 g de bagos de uvas tintas, idealmente 'americanas'

4 ou 5 colheres de sopa de queijo ricotta, rqueijão ou queijo creme

100 g de queijo chèvre

Alecrim fresco qb (não é opcional, faz toda a diferença!)

Sal qb

Pimenta preta acabada de moer

Azeite qb

 

Ligue o forno nos 220º.

 

Lave bem os bagos de uva e coloque-os num tabuleiro de ir ao forno, temperados com um fio de azeite, sal e pimenta preta. Junte ainda algumas folhinhas de alecrim fresco e envolva bem. Leve ao forno durante cerca de 15 minutos ou até estarem murchas, a largar a pele e o tabuleiro já estiver com imenso sumo. Retire e deixe arrefecer.

 

Estenda a massa em duas pizzas médias ou faça minipizzas. Coloque nos tabuleiros apropriados e pincele-as com azeite.

Baixando a temperatura do forno para os 200º, leve-as ao forno para uma pré-cozedura (eu faço isto em todas as minhas pizzas, pois gosto da massa crocante), durante cerca de 8 minutos. Retire do forno, deixe arrefecer um pouco.

 

Barre as pizzas com o ricotta ou outro queijo similar.

Espalhe alguns pedacinhos de queijo chèvre.

Espalhe agora as uvas, deixando as "agulhas" do alecrim e a maior parte do sumo no tabuleiro.

Termine com mais chèvre esfarelado e leve ao forno durante cerca de 10-15 minutos ou até o queijo estar a borbulhar e a ficar dourado.

Parta em fatias e sirva.

Se desejar, pode acompanhar com rúcula: em salada ou como topping.

 

OUTRAS RECEITAS DE PIZZA:

 

16
Mai17

Um livro especial [e uma tarte de amêndoa, requeijão e espinafres]

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Como já disse aqui várias vezes, o blogue trouxe-me o privilégio de conhecer muitas pessoas com quem de outra forma dificilmente me viria a cruzar. Uma dessas pessoas inspiradoras e cheias de talento é a Maria João Clavel, autora do blogue Clavel's Cook. A nossa amizade e o meu reconhecimento pelo seu trabalho não é de agora, tem já vários anos. Desde que os nossos blogues nos aproximaram, já tivemos a oportunidade de nos encontrar em diversas ocasiões e até de trabalhar juntas, como foi o caso dos eventos solidários Uma cozinha pela Vida e as duas edições do Cozinha de Blogs (boas recordações!)

 

Nessa altura, o blogue ainda era para a Maria João um hobby, mas já se percebia bem a sua paixão pela cozinha, a sua capacidade empreendedora e o seu talento para a fotografia. A sua evolução consistente e o sucesso que tem alcançado só pode surpreender quem não a conhece - após ter deixado de dar aulas, dedica-se de corpo e alma à sua escola de cozinha e agência de comunicação na área da culinária, abraçando projetos com marcas nacionais de referência, a Clavel's Kitchen.

 

No meio de tanta coisa boa que tem feito, tinha de haver um livro. E é desse livro apetitoso - "12 Ingredientes, 60 Receitas para Toda a Famíla", lançado em abril passado - que tirei a receita que vos trago hoje. Uma tarte de amêndoa, espinafres e ricota (que substituí por requeijão de cabra) leve e saborosa, com uma massa integral caseira que ficou aprovadíssima. Acompanhada de uma salada e de um molho de tomate caseiro (que não aparece nas fotografias), serviu de jantar cá em casa um destes dias.

 

Mas confesso que foi difícil escolher uma receita do livro, pois apetece fazer todas. Para a próxima, talvez vá para uma receita doce. Os bombons de amêndoa e chocolate, os cupcakes de abóboa e canela ou para o original bolo de ervilha, que o Célio do Sweet Gula experimentou e diz ter ficar delicioso. Bem, acho que vou é folhear o livro outra vez...

 

tarte-amendoa-espinafres-requeijao_2.jpg

 

TARTE INTEGRAL DE AMÊNDOA COM REQUEIJÃO E ESPINAFRES

(Ligeiramente adaptado do livro "12 Ingredientes, 60 Receitas para Toda a Família")

 

Para a massa

150 g de farinha de trigo

150 g de farinha de trigo integral

70 ml de azeite

140 ml de água

1/2 colher de chá de sal

1 colher de chá de sementes de sésamo

 

Para o recheio e cobertura

250 g de requeijão de cabra

230 g de espinafres

1 dente de alho picado

120 g de amêndoa laminada

Sal qb

Pimenta preta qb

Azeite virgem extra qb

Ovo para pincelar

Alecrim para decorar

 

Comece por fazer a massa.

Coloque todos os ingredientes numa taça e amasse até estar bem ligado e obter uma massa homogénea.

Envolva em película aderente e leve ao frigorífico durante cerca de uma hora.

Entretanto aqueça o forno nos 180º.

Salteie os espinafres num fio de azeite só até murcharem.

Desfaça o requeijão, temperando-o com um fio de azeite, um pouco de sal, pimenta preta e o alho picado. Misture bem.

Retire a massa do frio, estique bem a massa numa superfície enfarinhada e forre uma tarteira. Se quiser, faça uma decoração com massa à volta da tarte (eu bem tentei imitar o entrançado da receita original, mas ficou muito tosco 😂).

Pincele toda a massa com o ovo batido e leve ao forno durante cerca de 10 minutos para 'impermeabilizá-la.

Retire do forno, espalhe os espinafres e por cima o requeijão.

Espalhe a amêndoa laminada e leve ao forno durante cerca de 25 minutos ou até estar bem dourada, com as amêndoas bem tostadinhas.

Acompanhe com uma salada de verdes e regue com um fio de azeite antes de servir. Ou então faça como eu: acompanhe igualmente com salada, mas com o bónus de um espesso molho de tomate caseiro: delicioso!

 

Nota: como estiquei a massa muito fina e usei uma forma não muito grande, sobrou-me massa, que usei depois como base de pizza.

 

Teresa Rebelo

foto do autor

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