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Lume Brando

26
Set19

Creme de cogumelos e castanhas [Diz-me o que lês, dir-te-ei o que comes #11]

Creme de cogumelos e castanhas

Livro Tempero da Argas

 

Quando, há quinze dias, falei aqui do livro "Novas receitas paleo", tinha estado a pesquisar sobre livros com este regime alimentar, e dei conta de que havia um livro novo no mercado, de uma autora portuguesa, que falava de uma variante desse regime: a alimentação primal. É esse o livro que vos trago hoje.

 

Confesso que nunca tinha ouvido falar em alimentação ou estilo de vida 'primal' ('Primal Blueprint', no original, um conceito criado por Louren Cordain) e pelo que fui lendo entretanto, as diferenças entre esta e a dieta Paleo estão agora bastante esbatidas. Pelo que percebi, a alimentação 'primal', ainda que também se inspire nas bases alimentares dos nossos antepassados pré-revolução agrícola, é mais inclusiva e abrangente em termos de ingredientes. Mas o melhor, é sabermos o que diz Márcia Patrício, a autora do livro e a blogger por detrás do Temperos da Argas  sobre isto. Está lançado o #dizmeoquelês 11!

 

Como sempre, este post conta com o apoio da Bertrand Livreiros 💛

 

Livro Tempero da Argas

Diz-me o que lês, dir-te-ei o que comes #11

"Temperos da Argas" - Márcia Patrício - Chá das Cinco

 

"Gosto de pensar na alimentação primal como um regresso ao tempo dos nossos bisavós, onde a alimentação era maioritariamente proveniente das terras cultivadas pela família ou de trocas entre vizinhos. O que se pretende é uma alimentação mais natural, cozinhada maioritariamente por nós, evitando as embalagens, os pacotes com aditivos que pretendem a conservação dos produtos durante meses."

[...] O objetivo é otimizar os efeitos que os alimentos e o estilo de vida têm no nosso organismo, usando o exemplo do home do Paleolítico, com uma alimentação natural, utilizando, claro, os alimentos disponíveis e a culinária moderna."

 

É desta forma que Márcia nos apresenta o seu regime alimentar e introduz os seus princípios básicos:

- a presença de legumes e fruta

- a preferência por carne, peixe e ovos de boa origem

- a preferência por laticínios fermentados de animais de produção extensiva

- a (quase) eliminação do glúten

- a (quase) eliminação de alimentos processados e refinados

 

Assim, nas páginas do livro, iremos encontrar 100 receitas, que vão ao encontro deste estilo de cozinha, divididas por diferentes categorias: Pão; Bolos e Bolachas; Sobremesas e Snacks Doces (talvez os três capítulos mais interessantes do livro, uma vez que são o tipo de receitas mais difíceis de criar sem farinhas ou açúcares convencionais), Pequeno-almoço, Sopas; Carne; Peixe; Snacks Salgados e Marmitas e, ainda, um capítulo final dedicado aos 'Básicos', com receitas de molhos e compotas.

 

Livro Tempero da Argas

 

Desta vez, não escolhi uma receita doce para testar. Já entramos oficialmente no outono e achei que esta sopa de cogumelos seria perfeita para a época. Até porque adorei a sua simplicidade e, claro, os seus ingredientes (sou só louca por castanhas e adoro cogumelos ☺️).

 

Mas marquei outras receitas do livro, como por exemplo as 'Bolachas tipo Maria", os "Pastéis de nata", o "Pão de tâmaras", o "Bolo do caco", o "Paleopic" (chocapic versão mais saudável), a "Caldeirada cremosa de peixe" ou os "Rissóis de camarão" (cuja massa e recheio abdicam da tradicional farinha de trigo e onde até o pão ralado é substituído por farinha de mandioca torrada (a farinha que se usa para fazer farofa).

 

Resumindo: "Temperos da Argas" não é um daqueles livros que compramos porque só de olhar ficamos com água na boca, até porque a fotografia não é, definitivamente, o seu ponto forte. Diria que é um livro 'funcional' e prático. Não daqueles que levamos para o sofá para ler como se fosse um romance, mas daqueles que levamos para a cozinha para lhe darmos uso a sério, caso nos identifiquemos com este regime alimentar (muitas das receitas podem ser perfeitamente incluídas em dietas vegetarianas, veganas ou low-carb). Está bem escrito, num tom descontraído e simpático. Inclui alguma informação sobre alimentação e saúde. As receitas são variadas e adequadas aos diferentes momentos do dia e, de uma maneira geral, parecem de simples e rápida confeção.

 

Querem saber mais sobre o livro? É só espreitar aqui >>> na livraria Bertrand online.

Siga para a receita do creme de cogumelos!

 

Creme de cogumelos e castanhas

CREME DE COGUMELOS E CASTANHAS

Receita original: livro "Temperos da Argas", de Márcia Patrício

 

Para 4 doses em taças pequenas

400 g de água

100 g de cogumelos 

100 g de castantas sem pele

70 g de alho-francês

2 colheres de sopa de azeite extravirgem

1 dente de alho

Sal e pimenta preta qb

Creme ou leite de coco para servir (opcional)

Vinagre ou creme balsâmico para servir (opcional)*

Folhinhas de tomilho para decorar (opcional)

 

Numa panela ou num robot de cozinha, leve a saltear no azeite o alho laminado, os cogumelos limpos e fatiados e o alho-francês em rodelas.

Quando começarem a murchar, retire alguns cogumelos e reserve-os para decorar as taças ao servir.

Junte as castanhas e a água, tempere de sal e pimenta e deixe cozinhar cerca de 35/40 minutos ou até as castanhas estarem bem cozidas.

Triture e retifique os temperos, se necessário.

Sirva quente em tacinhas individuais, decoradas com folhinhas de tomilho e os cogumelos reservados, um fio de leite de coco e/ou outro fio de vinagre ou creme balsâmico*. Também pode servir com croutons, se preferir.

 

*Apesar de ter gostado da receita, ao provar senti falta de alguma acidez. Da próxima, irei juntar uma cebola pequena aos ingredientes iniciais, mas talvez mantenha o fio de vinagre balsâmico. Não aparece nas fotografias, mas coloquei um pouco deste vinagre no momento de servir e fez um contraste maravilhoso!

 

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16
Out18

Caldo verde de batata-doce [para o Dia Mundial da Alimentação]

caldo_verde_batata_doce_3.jpg

caldo_verde_batata_doce+temp.jpg

 

 

Hoje celebra-se o Dia Mundial da Alimentação. Esta é uma iniciativa organizada pela FAO - Food and Agriculture Organization, estrutura das Nações Unidas dedicada às questões da nutrição e da alimentação. O dia 16 de outubro não foi escolhido por acaso: é a data da fundação da FAO, em 1945. O programa "ZeroHunger World - by 2030 is possible" é o grande mote das celebrações deste ano. O objetivo é sensibilizar e unir esforços para que daqui a menos de 15 anos possamos receber a notícia de que a fome, mesmo no país mais pobre do mundo, foi finalmente erradicada.

 

Para nós, privilegiados, que temos tantos produtos e tanta abundância à nossa disposição, a alimentação é muito mais do que uma questão de sobrevivência. É uma componente social e cultural muito presente nas nossas vidas. É fonte de conforto, de saúde, e de indulgência também. É tradição e é saber que passa de geração em geração. E é criatividade e mudança.

 

caldo_verde_batata_doce_14.jpg

 

Para assinalar a data, resolvi fazer uma sopa. Porque a sopa é um prato simples mas com um poder nutritivo e de aconchego assinalável. E porque nós, portugueses, temos a confeção e o consumo de sopas no nosso ADN culinário. Eis então um caldo verde, que representa a tradição, mas feito com batata-doce, que simboliza a evolução e a mudança. O salpicão crocante, esse, não só homenageia os produtos regionais portugueses, como remete para aquele pequeno "pecado" que, cometido com moderação, torna o ato de comer um verdadeiro momento de felicidade.

 

Se quiserem participar neste movimento de dimensão global, usem nas vossas partilhas nas redes sociais as hashtags #ZeroHunger e #WFD2018.

 

Mais abaixo encontram a receita deste caldo verde. Feliz Dia Mundial da Alimentação! 

 

caldo_verde_batata_doce+temp_3.jpg

  

CALDO VERDE DE BATATA-DOCE

A partir da receita de Caldo Verde à Minhota do livro "Cozinha Tradicional Portuguesa",

de Maria de Lourdes Modesto

 

Para 4 doses generosas

 

180 g de couve galega segada para Caldo Verde

1 cebola média

600 g de batata-doce*

2 dentes de alho

4 rodelas de salpicão

75 ml de azeite extravirgem + para servir

1,5 litros de água

Sal q.b.

Broa de milho para servir

 

Leve ao lume 1,5 litros de água com a batata-doce partida em pedaços, a cebola partida em quartos, os dentes de alho, sal e metade da quantidade do azeite.

Deixe cozinhar em lume médio cerca de 30 minutos ou até os ingredientes estarem bem cozidos.

Se achar que a couve é rija, dê-lhe uma cozedura num tacho à parte e reserve.

Entretanto, pique grosseiramente as rodelas de salpicão e leve-as ao lume numa frigideira antiaderente, de forma a salteá-lo e a torná-lo crocante. Retire e escorra sobre papel de cozinha.

Triture a sopa, obtendo um creme.

Junte a couve e, se esta já estiver cozinhada, deixe apenas ferver mais uns dois minutos.

Sirva quente com um fio generoso de azeite e pedacinhos de salpicão crocante, com fatias de broa a acompanhar.

 

* Usei batata-doce branca porque quis que o aspeto fosse idêntico ao do caldo verde tradiconal, mas pode usar-se batata-doce laranja.

 

05
Jun13

Todos os dias são dias de sopa.// Every day is soup day.


























Atualização: já depois de publicado o post, resolvi confirmar com o Dr. Bruno Maia as dicas para uma boa sopa, uma vez que na altura não apontei e escrevi de cabeça. Já corrigi e completei!

Aqui por casa há sempre (ou quase sempre) sopa, nem que seja no congelador, pronta a usar num dia mais apressado. Mas normalmente ela é feita a pensar nos piratas e, para evitar birras e contratempos ao jantar, confesso que não inovo muito.

No evento "Uma cozinha pela vida", de que vos falei no post anterior, o Dr. Bruno Maia, nutricionista, disse-nos que numa sopa equilibrada deveriam constar porções de cinco subtipos de legumes/alimentos: "folhosos" (couve lombarda, couve-coração, espinafres, agrião...), "verdes" (brócolos, feijão-verde...), "brancos" (cebola, alho-francês, alho...), "com cor" (cenoura, abóbora, beterraba...) e "outros" (batata, ervilhas, favas, feijão, ou seja, leguminosas, cereais ou tubérculos), referindo que estes últimos são especialmente importantes se a refeição for só sopa. Fiquei contente porque a maior parte das minhas sopas seguem esta regra, ainda que às vezes, com a ânsia de as encher de nutrientes, exagere nas misturas, mas segundo o Dr. Bruno Maia, a ideia é colocar um só alimento de cada grupo!

Esta que vos trago hoje é uma sopa diferente. E se todos os dias são dias de sopa, esta sopa não é para todos os dias. É a minha versão da deliciosa sopa de tomate com ovo e enchidos que preparámos e comemos no workshop da Bonsalt. Segui de muito perto a receita, mas simplifiquei em alguns aspectos.
Os miúdos adoraram, disseram que era "pizza de beber"!
Acho que já posso começar a fazer umas sopas diferentes....

Já agora, para verem o vídeo sobre o fantástico fim-de-semana proporcionado pela Bonsalt, é só clicar aqui.

//


Here at home there is always (or almost always) soup, even if it's in the freezer, ready to use in a busy day. Usually I cook soup thinking of my little pirates and to avoid tantrums at dinner, I confess I do not change a lot.

At the event "Uma cozinha pela vida", Dr. Bruno Maia, nutritionist, told us that a balanced soup should contain portions of five types of vegetables/foods: "leafy" (like cabbage ...), "green" (broccoli, watercress ...), "white" (potatoes, onions ...), "other color" (carrots, squash ...) and leguminous (peas, beans ...). I was glad because most of my soups follow this rule, although sometimes, with the urge of loading it with nutrients, I end up exaggerating the mix...

The one I bring you today is a different soup. And if all days are days of soup, this soup is not for every day. It's my version of the delicious tomato soup with egg and chorizo that we prepared and ate at the Bonsalt workshop. I followed the recipe closely, but simplified some steps.
The kids loved it. They said they were drinking "pizza"!
This tell me that I can start testing some different soups ...

To watch the Bonsalt video about the fabulous weekend and workshop, click here.



Sopa de tomate com ovo, chouriço e cubos de pão
Para 4/5 pessoas

1 kg de tomate maduro (pesado depois de pelado)
1 cebola grande às rodelas
2 dentes de alho laminados
1 folha de louro
1/2 chouriço de qualidade
2 ovos
2 fatias de pão rústico duro, tipo alentejano, para fazer os croutons
Azeite
Orégãos
Pimenta preta
Sal ou Bonsalt (sal sem sódio, indicado sobretudo para hipertensos)

Numa panela, alourar a cebola e o alho num bom fundo de azeite, juntamente com uma folha de louro e uma rodela generosa de chouriço.
Quando a cebola estiver a ficar translúcida e dourada, junte o tomate sem pele e partido aos pedaços (como usei a Bimby para triturar, deixei ficar as sementes). Deixe cozinhar até o tomate ficar desfeito, cerca de 15 minutos. Retirar o pedaço de chouriço e o louro, temperar com Bonsalt, ou sal, e pimenta preta acabada de moer. Triturar e provar. Rectificar os temperos e se necessário juntar uma pitada de açúcar. Se achar que está demasiado espessa, junte um pouco de água e deixe levantar fervura novamente. Rectifique os temperos se necessário.

Enquanto o tomate cozinha, pode aproveitar para cozer os ovos. Descasque-os, deixe arrefecê-los e pique-os. Pelo meio, retire a pele ao chouriço e parta-o em pedacinhos pequenos, levando-os ao lume numa frigideira anti-aderente até ficarem crocantes, retire-os e reserve-os sobre papel absorvente. Para os croutons, parta o pão aos cubos e leve-os a saltear numa frigideira anti-aderente com um fio de azeite.

Sirva a sopa em taças, salpicada com o ovo cozido picado, os cubos de pão, os pedacinhos de chouriço crocante e os orégãos.

//


Tomato soup with egg, chorizo ??and croutons
For 4/5

1 kg of ripe tomatoes (weight after peeling)
1 large onion peeled and sliced
2 cloves of garlic sliced
1 bay leaf
1/2 chorizo of good quality
2 eggs
2 slices of rustic bread slices, to make the croutons
olive oil
oregano
black pepper
Salt or Bonsalt

In a pan, cook the onion and garlic in olive oil, along with a bay leaf and a generous slice of chorizo??.
When the onion is getting clear and golden, add the tomatoes broken into chunks (as I used Thermomix to blend, I let the seeds). Let cook about 15 minutes. Remove the chorizo chunk ??and the bay leaf, season with Bonsalt, or salt, and freshly ground black pepper. Use a food processor to blend this mixture. Taste and rectify the seasoning. If necessary, add a pinch of sugar. If you think the soup is too thick, add a little water and bring to the boil again. Rectify the seasoning if necessary.

While the tomato is cooking, you can boil the eggs and prepare the chorizo and bread toppings. Peel the eggs after boiled, leave them to cool and chop them. Remove the chorizo skin ??and cut it into small pieces, taking them to a non-stick pan until crispy, remove them and set aside over paper towels.
For the croutons, cut the bread into cubes and take them with a little olive oil to a non-stick pan, until golden and crispy.

Serve the soup in bowls, sprinkled with chopped boiled egg, croutons, the bits of crispy chorizo ??and oregano.



Teresa Rebelo

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