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Lume Brando

10
Mai18

Massa fresca de espinafres caseira [e as coisas cronicamente adiadas]

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Conhecem bem esta maquineta, certo? Pois bem, tenho uma cá em casa. Ainda com o plástico protetor e na caixa original. Por estrear, portanto. Há quanto anos? Há uns oito, bem à vontade.

 

Quantas vezes pensei em fazer massa fresca? Várias.

Quantas vezes fiz? Nenhuma. Ou melhor, nenhuma até à semana passada e descontando o workshop de massas frescas que fiz há uns anos na Escola de Hotelaria do Porto.

 

Em todo o caso ainda não foi desta que fiz massa fresca à séria. Ainda não foi desta que estreei a máquina.

 

Infelizmente isto não me aconteceu só com a massa fresca. Há inúmeras receitas que volta e meia penso em experimentar, mas depois acabo por cair na rotina e cozinhar muitas vezes a mesma coisa. Uma vergonha para quem se diz ser viciada em livros e revistas de cozinha. Digam-me por favor que não estou sozinha! 

 

A epifania da semana passada foi fruto de ter visto um episódio do Jamie em que ele fez estes "pici" (há quem diga que não são "pici" mas sim "trofie"). Estão no livro "Receitas Saudáveis para toda a família", que eu gostava de ter, mas não tenho (pode ser que o meu Pai Natal leia este post).

 

Antes de passarmos à receita, devo dizer que a textura desta pasta que parece feijão-verde não é perfeita, fica um pouco chewy, mas é tão simples e está tão carregada de espinafres, que isso passa a ser um detalhe com pouca importância. Mas a melhor prova de que vale a pena fazê-la e repeti-la é o facto dos meus dois adolescentes a terem devorado e a terem elogiado, sendo eles atualmente os meus comensais mais exigentes.

 

A versão das fotos, servida com um salteado de legumes, foi o meu almoço no dia em que fiz a massa. À noite, servi-a com molho de tomate caseiro e foi mesmo um sucesso.

 

Agora que ganhei um pouco de alento, acho que já não falta muito tempo para desembrulhar a máquina...

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MASSA FRESCA DE ESPINAFRES FÁCIL C/ LEGUMES SALTEADOS

 

Para a massa (receita de Jamie Oliver):

300 de farinha T55 sem fermento (se tiver acesso a farinha italiana 00, ainda melhor)

200 g de espinafres baby (1 saco + 1 pouco)

 

Para o salteado de legumes:

(usei quantidades a olho, para cerca de 1/4 da massa obtida)

 

Alho

Cebola

Courgete

Pimento vermelho e amarelo

Tomate cereja

Azeite extravirgem

Vinho branco (opcional)

Piripiri em pó

Sal

Para servir: queijo parmesão, nozes/pinhões e manjericão (não tinha manjericão mas teria sido um ótimo acrescento) 

 

Para fazer a massa vai precisar de um robot de cozinha ou de um processador de alimentos, tipo liquidificador, potente.

Coloque a farinha no robot, junte as folhas de espinafres e triture até obter uma massa moldável: já está!

Retire e forme uma bola com a massa.

Enfarinhe a superfície de trabalho e vá tirando pedacinhos de massa de tamanho de berlindes: comece por fazer uma bolinha e depois estique-as até obter uma espécie de "minhoca", o que vai demorar pelo menos meia hora - se tiver ajudantes para esta tarefa, melhor!

 

Para o salteado de legumes, leve um fio de azeite a aquecer numa frigideira.

Junte a cebola e depois o dente de alho. Deixe cozinhar um pouco e junte a courgete e os pimentos cortados em cubos. De seguida adicione o tomate cereja cortado em metades. Tempere com um pouco de sal e piripiri.

Refresque com um pouco de vinho branco e deixe que os tomates comecem a murchar e a largar os sucos.

Entretanto, coloque ao lume uma panela com água e sal. Quando estiver a ferver, insira a massa e coza durante uns 10-15 minutos (achei o tempo que a receita original menciona - 5 minutos - insuficiente).

Se achar que o salteado está a ficar seco, junte-lhe um pouco de água da cozedura da massa. Prove e retifique os temperos.

Escorra bem a massa (reservando alguma água) e junte-a ao salteado, envolvendo bem e juntando um pouco mais de água da cozedura se achar necessário.

Junte um pouco de quejo parmesão ralado, envolva bem e sirva sapicado com o manjericão, os frutos secos e mais parmesão para quem quiser.

 

Mais receitas com legumes:

16
Mai17

Um livro especial [e uma tarte de amêndoa, requeijão e espinafres]

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Como já disse aqui várias vezes, o blogue trouxe-me o privilégio de conhecer muitas pessoas com quem de outra forma dificilmente me viria a cruzar. Uma dessas pessoas inspiradoras e cheias de talento é a Maria João Clavel, autora do blogue Clavel's Cook. A nossa amizade e o meu reconhecimento pelo seu trabalho não é de agora, tem já vários anos. Desde que os nossos blogues nos aproximaram, já tivemos a oportunidade de nos encontrar em diversas ocasiões e até de trabalhar juntas, como foi o caso dos eventos solidários Uma cozinha pela Vida e as duas edições do Cozinha de Blogs (boas recordações!)

 

Nessa altura, o blogue ainda era para a Maria João um hobby, mas já se percebia bem a sua paixão pela cozinha, a sua capacidade empreendedora e o seu talento para a fotografia. A sua evolução consistente e o sucesso que tem alcançado só pode surpreender quem não a conhece - após ter deixado de dar aulas, dedica-se de corpo e alma à sua escola de cozinha e agência de comunicação na área da culinária, abraçando projetos com marcas nacionais de referência, a Clavel's Kitchen.

 

No meio de tanta coisa boa que tem feito, tinha de haver um livro. E é desse livro apetitoso - "12 Ingredientes, 60 Receitas para Toda a Famíla", lançado em abril passado - que tirei a receita que vos trago hoje. Uma tarte de amêndoa, espinafres e ricota (que substituí por requeijão de cabra) leve e saborosa, com uma massa integral caseira que ficou aprovadíssima. Acompanhada de uma salada e de um molho de tomate caseiro (que não aparece nas fotografias), serviu de jantar cá em casa um destes dias.

 

Mas confesso que foi difícil escolher uma receita do livro, pois apetece fazer todas. Para a próxima, talvez vá para uma receita doce. Os bombons de amêndoa e chocolate, os cupcakes de abóboa e canela ou para o original bolo de ervilha, que o Célio do Sweet Gula experimentou e diz ter ficar delicioso. Bem, acho que vou é folhear o livro outra vez...

 

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TARTE INTEGRAL DE AMÊNDOA COM REQUEIJÃO E ESPINAFRES

(Ligeiramente adaptado do livro "12 Ingredientes, 60 Receitas para Toda a Família")

 

Para a massa

150 g de farinha de trigo

150 g de farinha de trigo integral

70 ml de azeite

140 ml de água

1/2 colher de chá de sal

1 colher de chá de sementes de sésamo

 

Para o recheio e cobertura

250 g de requeijão de cabra

230 g de espinafres

1 dente de alho picado

120 g de amêndoa laminada

Sal qb

Pimenta preta qb

Azeite virgem extra qb

Ovo para pincelar

Alecrim para decorar

 

Comece por fazer a massa.

Coloque todos os ingredientes numa taça e amasse até estar bem ligado e obter uma massa homogénea.

Envolva em película aderente e leve ao frigorífico durante cerca de uma hora.

Entretanto aqueça o forno nos 180º.

Salteie os espinafres num fio de azeite só até murcharem.

Desfaça o requeijão, temperando-o com um fio de azeite, um pouco de sal, pimenta preta e o alho picado. Misture bem.

Retire a massa do frio, estique bem a massa numa superfície enfarinhada e forre uma tarteira. Se quiser, faça uma decoração com massa à volta da tarte (eu bem tentei imitar o entrançado da receita original, mas ficou muito tosco 😂).

Pincele toda a massa com o ovo batido e leve ao forno durante cerca de 10 minutos para 'impermeabilizá-la.

Retire do forno, espalhe os espinafres e por cima o requeijão.

Espalhe a amêndoa laminada e leve ao forno durante cerca de 25 minutos ou até estar bem dourada, com as amêndoas bem tostadinhas.

Acompanhe com uma salada de verdes e regue com um fio de azeite antes de servir. Ou então faça como eu: acompanhe igualmente com salada, mas com o bónus de um espesso molho de tomate caseiro: delicioso!

 

Nota: como estiquei a massa muito fina e usei uma forma não muito grande, sobrou-me massa, que usei depois como base de pizza.

 

08
Mar17

Contra a preguiça, cozinhar, cozinhar [Cuscuz de milho com bacon, cenoura e ervilhas]

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Gosto muito de cozinhar. Uma afirmação um tanto palerma, tendo em conta que tenho um blogue de cozinha e até já escrevi um livro de receitas. No entanto, achei que esta ressalva era importante para me defender do que vou confessar a seguir:  há dias em que não me apetece nada cozinhar. Ou porque não estou inspirada, ou porque precisava do tempo passado na cozinha para fazer outras coisas, ou simplesmente porque não. Será que sou a única que tanto consegue ter uma paixão desmesurada pelas receitas e por lhes dar forma, como ter dias em que o que o que queria mesmo era ter um marido com jeito e disponibilidade para a cozinha?

 

Como, pelo menos por agora, não imagino esse desejo cíclico a concretizar-se, resta-me contrariar a preguiça e tentar pôr comida na mesa. Para todos, ao jantar. Para mim, ao almoço, sempre que não tenho sobras da véspera - o que, para mal dos meus pecados, acontece cada vez mais, devido ao apetite faraónico dos meus pré-adolescentes (dizem que vai piorar, socorro!).

 

Esta salada de cuscuz, feita de improviso com o que havia no frigorifico, foi um dos meus mais recentes almoços e achei-a tão fotogénica que decidi fotografá-la e partilhá-la.

 

Sou fã de cuscuz -  hidratos mais rápidos de preparar, só se for pão... comprado - e é o acompanhamento de vários pratos cá em casa, sobretudo de receitas com molho, como peixe estufado ou bolonhesa. Mas só recentemente é que descobri o cuscuz de milho. O sabor é discreto - os rapazes, que também já o provaram, dizem que não sentiram diferença - no entanto, em termos de textura, achei que não fica tão firme como o cuscuz de trigo. Isto porque eu nunca salteio o cuscuz depois de cozido, no entanto, no caso do cuscuz de milho, passá-lo por uma frigideira quente com um fio de azeite, depois de cozido, talvez seja uma boa ideia.

 

Outra diferença: no caso do cuscuz de milho, relativamente à quantidade de água, usa-se o dobro do peso dos grãos e é ainda mais rápido a cozer do que o de trigo! Uma vantagem para quando a vontade de ir para a cozinha é pouca ;)

 

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CUSCUZ DE MILHO COM BACON, CENOURA E ERVILHAS

Para 1 taça generosa

 

1/2 cebola roxa picada grosseiramente

2 dentes de alho

1/2 cenoura

1/2 talo de alho francês

1/2 chávena de ervilhas congeladas

2 fatias finas de bacon

80 g de cuscuz de milho (usei biológico, da Seara)

160 g de água a ferver

Azeite q.b.

Vinagre de sidra q.b.

Sal q.b.

Pimenta preta q.b.

Sumo de limão q.b. (opcional)

Amêndoa laminada q.b.

 

Num fundo de azeite salteie a cebola e um dos alhos, ambos picados. Junte o alho francês às rodelas, a cenoura em cubinhos e o bacon picado grosseiramente. Deixe amolecer tudo e refresque com um pouco de vinagre. Tempere com sal e pimenta preta e deixe cozinhar. Se vir que está a ficar seco, pode ir refrescando com água. Retifique os temperos. Não cozinhe demasiado, é bom que os legumes mantenham uma certa crocância.

Toste as amêndoas numa frigideira anti-aderente. Reserve.

Entretanto, coloque a água a ferver com um fio de azeite, sal e o outro dente de alho, esmagado. Desligue e junte o cuscuz e as ervilhas. Mexa, tape, e deixe repousar por uns 5 minutos. Após este tempo, solte os grãos com um garfo e descarte o dente de alho. Junte ao cuscuz os legumes salteados com o bacon, junte um fio de sumo de limão (opcional), envolva bem, e sirva polvilhado com as amêndoas tostadas.

 

 

 

 

11
Ago16

O meu piquenique de sonho.

















Sonho muitas vezes com um piquenique à grande e à francesa.
Cesto de vime com forro aos quadradinhos e pratos, talheres e copos (de vidro e com pé), presos com austeras mas bonitas tiras de couro; uma garrafa de tinto de Bourdéus, uma taça de uvas e cerejas frescas, uma baguete estaladiça e uma seleção de queijos luxuosos a acompanhar.

Sol, mas calor moderado, erva fofa, manta a condizer, um livro bem escolhido e um termos de café suave para uma tarde preguiçosa.
E se possível, o cesto a ser-me entregue pronto e recheado. Sim, porque mesmo quem gosta de cozinhar e preparar coisas boas como um piquenique, tem dias em que não lhe apetece fazer nada. Só mesmo estar deitado à sombra, a ler e a petiscar. Em dias quentes como os do fim de semana que passou, isto já é fazer um ror de coisas, como diria a minha avó.

Como o cenário descrito tem poucas hipóteses de se concretizar, mas os piqueniques, esses, valem mesmo a pena fazer, deixo uma receita fácil, rápida e muito prática para refeições descontraídas ao ar livre. Será que Proust ia gostar destas madalenas?

Texto e receita publicados no jornal Observador em 9/06/2915.















MADALENAS SALGADAS [BACON E ERVAS]
Para cerca de 18

2 ovos
60 g de azeite
80 g de leite
70 g de bacon
1/4 de chávena de ervas aromáticas frescas (salsa e cebolinho, por exemplo)
110 g de farinha sem fermento
10 g de fermento para bolos


Pré-aqueça o forno nos 200º
Unte com spray desmoldante - ou com manteiga, polvilhando de seguida com farinha - as formas de madalenas.
No copo da varinha mágica ou do robot de cozinha, coloque o azeite e as ervas e triture até obter uma mistura esverdeada.
Passe-a para uma taça grande, junte os ovos e o leite e bata bem.
Junte o bacon partido em pedacinhos e, por fim, envolva a farinha e o fermento, sem mexer demasiado.
Distribua pelas formas e leve a cozer durante cerca de 10 minutos.


24
Mai16

Uma casa no campo [e umas minicalzoni para receber os amigos].






Apesar do rap não ser, de todo, o meu estilo de música favorito, gosto muito de Capicua.
Via-a recentemente ao vivo e fiquei a gostar ainda mais.
Mais do que o ritmo, atraem-me as letras.
Uma das minhas favoritas, a par de "Medo do medo", é  a "Casa no Campo".

E hoje, quando decidi partilhar esta receita, criada originalmente para o jornal Observador, lembrei-me dessa música e dessa letra. Porque as fotos foram tiradas numa casa de campo e porque eu própria sonho com uma casa assim, térrea, onde os dias "são como os demais, sem serem todos iguais."

(...)
Quero uma casa no campo como Elis Regina,
Plantar os discos,
Os livros e quem sabe uma menina,
Por mim até podem ser mais,
Um amor como os meus pais,
Os dias como os demais,
Sem serem todos iguais.

Casa no campo com a porta sempre aberta para deixar entrar amigos,
Partir à descoberta,
Ter a minha cama grande com a colcha predileta e um cão desobediente dorme em cima da coberta.
Quero uma casa completa com um pedaço de terra,
E com o espaço quero o tempo para adormecer na relva,
Longe da selva de cimento,
Eu acrescento que quero cultivar mais do que mero conhecimento,
Quero uma horta do outro lado da porta e quero a sorte de estar pronta quando a morte me colher
(...)

Capicua















MINICALZONI DE ESPELTA

Para cercade 8

Para a massa:

250 g de farinha de espelta
1 ovo M
50 g de água
40 g de azeite
1 boa pitada de sal
1 ovo batido para pincelar

Para o recheio:

250 ml de molho de tomate, de preferenciacaseiro
½ chouriço partido em cubos
½ pimento vermelho partido em cubos
1 lata pequena de milho
3 rodelas de ananás ou abacaxi
100 g de queijo flamengo, mozzarella, ou outroque derreta bem
Óregãos secos qb

Pré-aqueça o forno nos 190º.
Coloque a farinha e o sal numa taça. Junte oovo, a água e o azeite e misture tudo com as mãos. Amasse só até obter uma bolalisa e uniforme.
Enfarinhe a superfície de trabalho e váesticando pedaços de massa com o rolo (esticar toda de uma vez exige muitoespaço e muito esforço!), até ficar com uma espessura de 2 a 3 mm. Recortecírculos com cerca de 14 cm de diâmetro e coloque-os em tabuleirosanti-aderentes ou forrados com papel vegetal. Espalhe duas colheres de sopa demolho de tomate numa das metades de cada círculo (sem que o molho vá até aorebordo da massa) e distribua os ingredientes, colocando-os por cima do molho,pela mesma ordem que seguiria numa pizza convencional. Dobre cada círculo,tapando o recheio e unido os rebordos com a ajuda de um garfo. Pincele com ovobatido e leve ao forno durante cerca de 20 minutos. Pode servir de lanche ameio da tarde, ou até de refeição leve, acompanhadas de uma boa salada.

Nota: esta massa é mais de empada do que de pizza, por isso não precisa de levedar!




16
Out13

Fall in love.



























Uma tarte com sabores mediterrânicos de Outono, feita com carinho a pensar na Ondina e no seu Coentros & Rabanetes.

Se há uns anos me tivessem dito que eu um dia iria conhecer pessoalmente muitos dos autores dos blogs de cozinha que vou acompanhando, teria respondido que isso era altamente improvável: por ser céptica em relação a amizades iniciadas através de um computador, por ser tímida, por ser insegura, por nunca ter imaginado que em showcookings ou workshops o meu papel pudesse ser outro que não o de participante, por não levar o blog demasiado a sério.





Mas a vida tem essa coisa chamada surpresa. 
E nos últimos tempos, fruto de boas surpresas, tenho vindo a mudar a minha opinião acerca de conhecer pessoalmente quem está por detrás dos blogs que sigo ou dos comentários que me deixam.

A Ondina (ou direi antes, a Joana) foi uma das food bloggers que conheci recentemente, e com quem desde o início criei uma enorme empatia. Somos ambas doidas por loiça e props (na verdade, é uma característica comum a todos os que têm um blog de cozinha e gostam de investir um pouco na componente fotográfica), por revistas e livros de culinária, e acho que podíamos ficar horas no chat a trocar moradas e indicações para lojas, antiquários e feiras de velharias, links para livros e gadgets de cozinha. Mas como não queremos e não podemos cometer loucuras, temo-nos controlado, não é Ondina?

Fiquei por isso muito contente quando recebi o seu convite para um guest post no Coentros & Rabanetes, inspirado na cozinha mediterrânica. Se fazer um guest post era uma honra, fazê-lo sob inspiração mediterrânica seria um prazer.

Foi assim que surgiu esta tarte de ricotta, abóbora e batata doce, enriquecida com espinafres, que levou ainda rúcula e parmesão no momento de servir. Feita com algumas das compras que fiz no Mercado de Sabores do Continente/Porto.Come (evento onde pude conversar mais um bocadinho com a Ondina, ou melhor, a Joana), como a abóbora e a tarteira quadrada, que mal avistei na banca da César Castro soube que tinha de trazer comigo!

E eu, que não sou rapariga de gostar por aí além do Outono e do Inverno, dei comigo apaixonada por estas cores quentes e estes sabores reconfortantes.

Voltando ao início do post, e depois de ter conhecido tanta gente fantástica e inspiradora ligada a este submundo dos blogs de cozinha, de que a Joana (a esta hora já perceberam que Ondina é um nickname) é um exemplo perfeito, vem-me à memória a famosa frase de Julia Child: "the people who love to eat, are always the best people".
E quem sou eu para discordar da senhora dona Julia.

E só agora, quando ia publicar o post, é que dei conta que hoje é o Dia Mundial da Alimentação e o Dia Mundial do Pão. Apesar de não ter sido feito a pensar nisso, acho que este post se enquadra: o melhor do pão e da comida, para além das suas funções óbvias e básicas de sobrevivência, é mesmo a partilha :)

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An autumm tart with Mediterranean flavors, made ??with love for Ondina and her blog Coentros & Rabanetes.

If a few years ago someone had told me that I would one day personally meet many of the food blog authors which work I regularly follow, I would have answered that it was something highly unlikely: for being skeptical about friendships that start online, for being shy, for being insecure, for never have imagined that in showcookings or workshops my role could be other than being a participant, for not taking the blog too seriously.

But life has a this thing called surprise.
And in recent times, due to a bunch of good surprises, I've been changing my mind about meeting personally the people behind the blogs I read or the comments I receive.

Ondina (or I should rather say, Joana ) was one of the food bloggers I've met recently, and with whom since the beggining I have created an enormous empathy. We are both crazy about tableware and props (actually, this is a common characteristic between all who have a food blog and like to invest a little in the image component), about magazines and cookbooks, and I think we could spend hours talking on the chat, exchanging addresses of stores, antique shops and flea markets, links to books and kitchen gadgets, etc. But as we don't want and can't run amuck, we have been controlling ourselves, aren't we Ondina?

So, I was delighted when I received her invitation for a guest post in Coentros & Rabanetes, inspired by Mediterranean cuisine. If cooking and writing a guest post was an honor, do it under Mediterranean inspiration would be a pleasure.

Thus was born this ricotta, pumpkin and sweet potatoe pie, enriched with spinach, and parmesan, walnuts and arugula on top just before serving. Made with some of the purchases I made in Mercado de Sabores do Continente/ Porto.Come (where I could talk a little bit more with Ondina, or I should say Joana), like the squash and the square tart mold I bought in César Castro stall -  barely I saw it, I knew I had to bring one home.

And even being myself a girl that is not a huge fan of autumn and winter, I found myself in love with these warm colors and comforting flavors.

Returning to the beginning of the post, after meeting so many fantastic and inspiring people linked to this underworld of food blogs, that Joana (by now you've realized that Ondina is a nickname ) is a perfect example, comes to my memory Julia Child's famous quote: "the people who love to eat , are always the best people ." And who am I to disagree with the lady Julia.






























Tarte de ricotta, abóbora e batata doce
(inspirada numa lasanha de Lorraine Pascale)

Para a massa
250 g de farinha sem fermento
125 g de manteiga ou margarina fria
2 ovos pequenos

1 pitada de sal fino

Para o recheio
250 g de queijo ricotta
1/2 embalagem de queijo tipo Philadelphia
2 ovos
Uma mão cheia de folhas de espinafres frescos
250 g de batata doce cozida e descascada
300 g de abóbora bolina limpa e descascada
1 cebola grande (usei roxa)
3 dentes de alho
Pimenta preta acabada de moer
Mistura de Sal c/ Ervas do Mediterrâneo (usei da Margão)
1/4 de copo de vinho branco
Azeite
Pão ralado (opcional)
Rúcula
Nozes
Parmesão ralado na hora

Lave bem as batatas doces e coza-as em água com sal durante cerca de 30 minutos (o tempo vai depender do tamanho das batatas).
Prepare a massa: numa taça coloque a farinha, o sal, a manteiga fria cortada em cubos e os ovos.
Amasse com as pontas dos dedos até obter uma massa uniforme e macia. Se achar que está a colar, junte um pouco mais de farinha. Reserve, embrulhada em película aderente, se possível no frigorífico.
Numa sertã, leve ao lume num fundo de azeite a cebola e os alhos picados. Deixe alourar bem e junte a abóbora cortada em pequenos pedaços. Deixe cozinhar e quando a batata doce tiver cozida e descascada (deixe arrefecer antes de fazê-lo!), junte-a à abóbora. Deixe cozinhar um pouco e refresque com o vinho branco.
Tempere com a mistura de sal e ervas do mediterrânico, pimenta preta acabada de moer e mais sal se achar necessário. Deixe cozinhar em lume brando até os ingredientes estarem bem macios. Rectifique os temperos e retire do lume. Com um espremedor manual de batatas, amasse até obter um puré grosseiro e deixe arrefecer.
Entretanto forre uma tarteira com a massa (vai sobrar massa que poderá usar para outras receitas, inclusivamente doces), pique-a e leve-a ao frigorífico cerca de 30 minutos.
Prepare o recheio, misturando os queijos com os ovos. Reserve.
Pré-aqueça o forno nos 180º.
Encha a tarteira com feijões ou pesos próprios para cozedura e leve ao forno cerca de 10/15 minutos para uma pré-cozedura.
Retire e recheie: a primeira camada será de puré de abóbora e batata doce, a segunda de espinafres e algumas nozes, a terceira da mistura de queijos e ovo. Termine com pão ralado e leve ao forno cerca de 35 minutos ou até estar bem dourada.
Antes de servir, espalhe pelo topo algumas folhas de rúcula, nozes e lascas de parmesão.

Nota: se tiver tempo, pode assar a abóbora e a batata doce e fazer o puré do recheio com estes legumes assados.

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Ricotta, pumpkin and sweet potato pie
(inspired by a lasagna recipe from Lorraine Pascale)

For the tart dough
250 g plain flour
125 g of cold butter
2 small eggs
1 pinch of fine salt

For the filling
250 g of ricotta
1/2 package of cream cheese like Philadelphia
2 eggs
A handful of fresh spinach leaves
250 g of cooked and peeled sweet potato
300 g of clean and peeled squash
1 large onion (I used red )
3 cloves of garlic
Freshly ground black pepper
Mixture of salt with Mediterranean Herbs (Margão)
1/4 cup of white wine
olive oil
Breadcrumbs (optional )
Arugula
Walnuts
Freshly grated Parmesan

Wash the sweet potatoes and bake in salt water for about 30 minutes (time will depend upon the size of the potatoes).
Prepare the dough: in a bowl place the flour, salt, cold butter cut into cubes and eggs.
Mix with your fingertips until the dough is uniform and smooth. If you think is too sticky, add a little more flour. Form a ball and wrap it in cling film, reserving in the fridge if possible .
In a frying pan with a good splash of olive oil, cook the minced onion and garlic. Let it get soft and lightly gold and add the pumpkin cut into small pieces. Cook, and when the sweet potatoes get cooked and peeled (let them cool before doing so!), add them to the pumpkin. Let it cook a bit and refresh with a little of white wine .
Season with the salt and Mediterranean herbs mixture, freshly ground black pepper and more salt if you think is necessary. Cook over low heat until the ingredients are very soft. Check the seasoning and remove from heat. With a manual potato masher, mash until you get a coarse puree and leave to cool.
Meanwhile, roll out the dough and line with it a pie or tart mold (you'll get dough leftovers that you can use in other recipes, including sweet ones), with a fork, make small holes all over the shortcrust and take it to the fridge about 30 minutes.
Prepare the filling by mixing the cheese with the eggs. Set aside.
Preheat the oven to 180 º.
Fill the tart mold with beans or weights suitable for cooking and bake about 10/15 minutes for a pre-cooking.
Remove and fill: the first layer is the pumpkin and sweet potato mash, the second is spinach and some walnuts, the third is the mixture of cheese and egg. 
Sprinkle with breadcrumbs on top, and bake about 35 minutes or until well browned .
Before serving, sprinkle the top with some few leaves of arugula, walnuts and parmesan shavings.

Note: if you have enough time, you can bake the pumpkin and the sweet potatoes and make the pie stuffing with these roasted vegetables.


05
Set13

Pérolas vermelhas de Verão. // Summer red pearls.





























Adoro tomate-cereja.
E se me vier parar às mãos de forma generosa, directamente de um quintal caseiro, fico ainda mais feliz (quem não fica?)

Um tabuleiro cheio de bolinhas, autênticas pérolas encarnadas que se adaptam a um sem-número de utilizações, chegou até mim no início desta semana. Se comê-las ao natural, acompanhadas de queijo mozzarella fresco e manjericão, por exemplo, já é uma salada que conforta, quando as levamos ao forno, o sabor intensifica-se de forma surpreendente.

Quando asso peixe e tenho tomates-cereja, junto sempre alguns ao assado, mas é sempre um apontamento, nunca tinha assado um tabuleiro só de tomates-cereja. Mas digo-vos, vale bem a pena ligar o forno para, menos de uma hora depois, sentir estes berlindes luzidios mornos explodirem-nos na boca.

O queijo feta, a rúcula e a cebola roxa pareceram-me companheiros verdadeiramente à altura, mas sintam-se livres para testar combinações (estou agora a lembrar-me que uns croutons, por exemplo, teriam ficado aqui muito bem).

Fora o tempo de forno, esta é uma salada que se prepara em três tempos.
Depois de misturar os ingredientes principais, é só temperar com um fio de azeite, raspa de limão, algumas folhas de manjericão... e deixar a magia acontecer.

//


I love cherry tomatoes.
And if they come into my hands generously and directly from a backyard, I'm even happier (who isn't?)

A tray full of these little balls, real red pearls ready to suit a multitude of uses, came to me earlier this week. If eating it raw, with fresh mozzarella and basil, for example, is comforting, when we bake it, its flavor reaches a complete new level.

When I bake fish and have cherry tomatoes in the fridge, I always roast a few, but it's always a detail, I've never baked a tray of cherry tomatoes before. But I tell you, it's well worth turning on the oven in order to, less than an hour later, feel these gleaming marbles blowing in one's mouth.

Feta cheese, arugula and red onion seemed to me to be the perfect friends for these roasted cherry tomatoes, but feel free to test combinations (now I'm thinking that croutons would have been a great choice too).

Without counting the oven time, this is a salad that is prepared in the twinkling of an eye.
After mixing the main ingredients, just season with a little olive oil, lemon zest, some basil leaves ... and let the magic happen.








































Salada de tomate-cereja assado, feta, rúcula e cebola roxa

Tomates-cereja (cerca de 10 por pessoa)
Azeite
Mistura de 'Sal com Ervas do Mediterrâneo' da Margão
Orégãos secos
Queijo feta
Rúcula
Cebola roxa
Raspa de limão
Folhinhas de manjericão fresco

Ligar o forno nos 200º.
Lavar, secar e espalhar os tomatinhos num tabuleiro anti-aderente ou forrado com papel vegetal.
Regar com um bom fio de azeite e polvilhar generosamente com a mistura "Sal c/ Ervas do Mediterrâneo", da Margão (adoro esta mistura).
Salpicar com um pouco de orégãos, envolver bem e levar ao forno cerca de 25/30 minutos ou até os tomates terem largado algum sumo e começarem a ficar murchos.
Retirar e esperar que fiquem mornos para montar a salada.
Assim que estiverem mornos, retirá-los para o prato de servir com uma escumadeira.
Juntar a rúcula, a cebola roxa em fatias finas e o queijo feta aos cubinhos.
Regar com mais um fio de azeite e um pouco do molho da assadura (guarde o que sobrar para usar num molho, calda ou num prato de massa) e envolver com cuidado, para que os tomates não percam mais sumo.
Terminar com raspa de limão e folhinhas de manjericão.
Servir de imediato.

Já a focaccia, que fiz pela primeira vez esta semana e onde também usei os tomates-cereja, seguindo uma sugestão deixada na página do LB no facebook, já demora mais tempo! Mas também terá direito a post :)

//


Roasted cherry tomatoes salad, with feta, arugula and red onion

Cherry tomatoes (about 10 per person)
Olive oil
Mixture of 'Sal com Ervas do Mediterrâneo', from Margão
Oregano
Feta cheese
Arugula
Red onion
Lemon zest
Sprigs of fresh basil

Preheat the oven to 200 º.
Wash, dry and spread the cherry tomatoes in a non-stick baking tray or a tray lined with parchment paper.
Drizzle with a good splash of olive oil and sprinkle generously with "Sal c/ Ervas do Mediterrâneo" (a seasoning mixture from Margão, which I love and use a lot)
Sprinkle with dried oregano, coat well and bake about 25/30 minutes or until the tomatoes have dropped some juice and start becoming deflated.
Remove and wait until they are warm to assemble the salad.
Once the tomatoes are warm, remove them to a serving plate with a slotted spoon.
Add the arugula, thinly sliced red onion and diced feta cheese.
Season with a little olive oil and a bit of the remaining baking liquid (save the leftovers to use in a sauce, gravy or a pasta dish), and give the whole lot a gentle toss, so that the tomatoes don't lose any more juice.
Finish with lemon zest and basil leaves.
Serve immediately.

I also used some of the cherry tomatoes in a focaccia, but this is a recipe that takes longer! It will be in the next post :)


28
Jun13

Minitartes de legumes assados e o 1º passatempo do blog.








Excepcionalmente, este post não será traduzido para inglês. // Exceptionally, this post will not be translated into English. Sorry!

Apresento-vos o primeiro passatempo do blog, em parceria com a marca de especiarias e ervas aromáticas Margão: até 18 de Julho, podem habilitar-se a um apetitoso pack de produtos desta marca (1 Moinho Pimenta Aves, 1 Moinho paraGrelhados, 1 Moinho para Saladas e Vegetais, 1 Moinho Sal e Ervas do Mediterrâneo,1 Moinho 5 Bagas e  3 individuais).

Para ganhar, basta que a vossa receita, que deve incluir pelo menos 2 produtos Margão, seja uma das três seleccionadas pela marca e pelo Lume Brando.
Devem ainda ser fãs das páginas no fb do Lume Brando e da Margão e publicar a receita nos murais destas mesmas páginas.
As restantes condições podem ser consultadas aqui.

Para assinalar o início deste desafio, deixo-vos estas minitartes feitas com farinha de espelta e legumes assados, onde usei produtos Margão.

Fico à espera das vossas sugestões.
Boas receitas e boa sorte!



























Minitartes de legumes assados

Para uma tarte grande ou cerca de 10 pequenas

Para a massa
(do livro Popina - iguarias saudáveis)

220 g de farinha de espelta integral
1 colher de chá de fermento de padeiro seco
1/2 colher de chá de sal
1 ovo
2 colheres de sopa de azeite
60 ml de água quente

Misturar a farinha, o fermento e o sal numa tigela.
Fazer um buraco no meio desta mistura e juntar o azeite, o ovo e a água.
Amassar até obter uma massa relativamente ligada e maleável.
Transferi-la para uma superfície de trabalho enfarinhada e amassar durante alguns minutos.
Deve ficar mole mas não pegajosa. Se estiver a pegar junte mais um pouco de farinha (pode usar a Bimby ou um processador de cozinha para fazer a massa).
Estender e esticar com o rolo da massa e forrar a(s) tarteiras.

Para o recheio:

Cerca de 400 g de legumes assados*
200 ml de natas ou de creme culinário de soja
3 ovos
Queijo parmesão, cheddar, mozzarella ou outro queijo a gosto, ralado
Sal e Pimenta qb (usei os moinhos de sal marinho e de pimenta preta da Margão)

Misturar as natas com os ovos. Juntar os legumes assados partidos em pedaços pequenos e por fim o queijo. Retificar os temperos. Verter para a(s) forma(s) e levar ao forno pré-aquecido nos 180º durante 30-35 minutos.

*Eu usei sobras de legumes assados: abóbora, nabo, cenoura e cebola roxa aos pedaços e alguns dentes de alho esmagados, tudo envolvido em azeite e temperado com sal, pimenta, alecrim e tomilho (da Margão). Levei ao forno pré-aquecido nos 200º até os legumes estarem dourados e macios.


25
Jul11

Eu podia ser vegetariana #1

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Ovolactovegetariana, vá, que quem me tira os ovos, o leite e o queijo, tira-me quase tudo.
Gosto mesmo de legumes e tenho a noção, não sei se perfeita, de que poderia passar sem a carne e o peixe.
E o G. até me acompanhava, mas não tenho assim tantos conhecimentos sobre a dieta vegetariana - que é mais do que comer apenas legumes - para poder estendê-la aos miúdos, para além de que sabemos que o peixe, mais do que a carne, tem muitas coisas boas.

E na verdade, um peixe fresquinho grelhado ou assado, uns bons filetes de polvo, o arroz de costelas da minha mãe ou as almôndegas da minha tia N., entre outros favoritos, deixam-me igualmente feliz.

Mas o título do post vem a propósito desta tarte de curgetes, que há muito queria experimentar, e que achei deliciosa.
Ao servir de prato principal de um jantar leve, acompanhada de uma salada de tomate da época, fez-me sentir o conforto que a mim me dá uma boa receita de legumes no forno.

A minha massa folhada era muito fina (um resto daquelas bases rectangulares frescas*), por isso cozeu rapidamente e tive de retirar a tarte do forno antes das curgetes ficarem douradas.
Mesmo assim, gostei bastante do resultado e estou ansiosa por repeti-la e partilhá-la com mais apreciadores de legumes...

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Tarte de Curgete e Parmesão
(Revista Olive - Maio 2009)

1 placa rectangular de massa folhada
3 curgetes cortadas às rodelas finas
2 dentes de alho picados
4 colheres de sopa de queijo mascarpone
50 g de queijo parmesão ralado
Azeite qb


Pré-aquecer o forno nos 200º.
Desenrolar a placa de massa folhada fresca ou esticar com o rolo um bloco de massa folhada descongelada e colocá-la num tabuleiro anti-aderente ou forrado com papel vegetal (o papel vegetal que vem com a massa folhada fresca, por exemplo).
Com uma faca, marcar uma margem com cerca de 2 cm a toda a volta.
Numa taça, juntar as rodelas de curgete, o alho picado e um fio de azeite. Envolver bem e reservar.
Noutra taça, misturar metade do parmesão com o mascarpone (imagino que este se possa substituir por outro queijo-creme, tipo Philadelphia). Barrar com esta mistura a massa folhada, sem invadir as margens.
Dispor por cima as rodelas de curgete, sobrepondo-as ligeiramente e levar ao forno cerca de 15 minutos.
Passado este tempo, retirar e polvilhar com o restante parmesão.
Levar ao forno por mais 15/20 minutos ou até a massa e as curgetes estarem com uma cor dourada bonita.

*Como foi para aproveitar um resto de massa folhada, fiz cerca de metade desta receita.
05
Mai11

Pizza ou empada?

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Eu voto na Empada, apesar da receita que lhe deu origem se chamar "Pizza Bolonhesa fechada".
Vem na edição nº3 da revista Bimby e é uma boa maneira de aproveitar sobras de carne à bolonhesa.

Fez bastante sucesso cá em casa, com os piratas a fazerem desaparecer várias fatias. Tantas, que estava a ver que não sobrava nenhuma para o pai, que chegou mais tarde.

A massa pareceu-me mais suave do que a massa de pizza, por isso e pela forma final, acho que está mais próximo de uma empada (ou das empanadas de que os nuestros hermanos tanto gostam).

Para acompanhar, fiz uma salada de alface, rúcula e tomate-cereja.

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Empada de carne à bolonhesa ou Pizza bolonhesa fechada
(Receita da revista Bimby de Fev. 2011 com ligeiras alterações)

Para o recheio
350 g aprox. de carne à bolonhesa
4 fatias de queijo flamengo


Para a massa
80 g de água
30 g de azeite
1 colher de chá de açúcar
(usei um pouco menos)
10 g fermento padeiro fresco (usei 1/2 pacote de Fermipan)
1/2 colher de chá de sal
200 g de farinha tipo 65


Para finalizar
1 gema de ovo
Sementes de linhaça


Fazer a massa na Bimby:
Colocar no copo a água, o azeite, o açúcar, o fermento e o sal e programar 1 min/37º/Vel1.
Juntar a farinha e programar 2 min/Vel. espiga.
Retirar, amassar ligeiramente a massa de forma a torná-la homogénea e colocar num recipiente polvilhado com farinha.
Tapar com um pano e deixar levedar até dobrar de volume, cerca de 30 minutos.

Se não tivesse Bimby, teria feito assim:
Dissolvia o sal, o açúcar e o fermento em 80 ml de água tépida. Juntava o azeite.
Colocava a farinha em monte, fazia um buraco no centro e vertia para aí, lentamente, a mistura anterior.
Ia misturando a farinha, de fora para dentro, aos líquidos, até formar uma massa relativamente homogénea.
Amassava-a até ficar lisa e elástica.
Formava uma bola e colocava-a a levedar da forma descrita em cima.

Montar a empada
Enquanto a massa leveda, pré-aquecer o forno nos 180º.
Dividir a massa em dois pedaços iguais e esticar cada um com o rolo da massa até obter-se um círculo fino (eu só péssima nisto, mesmo as pizzas saem-me todas tortas).
Forrar com uma das partes um prato de pizza ou colocar num tabuleiro anti-aderente. Espalhar a carme picada e por cima espalhar o queijo ralado ou partido em pequenos pedaços.
Tapar com a outra metade da massa, unindo as beiras de ambas e virando-as para fora.
Pincelar com a gema de ovo e salpicar com sementes de linhaça.
Levar ao forno cerca de 20 minutos.

O blogger deve estar com algum bug momentâneo (espero) e o resultado é uma formatação do texto diferente da que eu costumo usar, com o texto inicial a negrito....

Teresa Rebelo

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