height=200 src=" http://static.flickr.com/21/97217685_b6f03531fe.jpg"> Por dentro faz lembrar o kiwi, come-se como se podem comer os kiwis - à colher - mas não sabe a kiwi. Lá em casa não chegámos a um consenso sobre o sabor. A mim soube-me a melão verde, ou seja, não me soube praticamente a nada. Fiquei desiludida: a menina do Continente tinha dito que era “muito bom”.
Todos sabemos que os bolos e as omoletes, por exemplo, ficam mais bonitos e “amarelinhos” quando feitos com ovos caseiros. No entanto, em cru, as gemas dos ovos de aviário têm sempre uma cor mais forte, quase cor-de-laranja. Quem explica?
A propósito de uma mensagem deixada numa caixa de comentários (e por falar nisso, prometo que um dia destes vou alterar o sistema das caixas de comentários, de modo a que seja mais simples o acesso às mesmas), aproveito para confessar que nunca usei ou provei “ruibarbo” e também desconheço onde se possa comprá-lo. Pelo que pude apurar, é uma planta de origem asiática muito usada para fins medicinais (nomeadamente como laxante), cujos talos são comestíveis. As folhas não, pois são tóxicas. Na net encontrei referências a bolos, compotas e sementes de ruibarbo. O que quer dizer que talvez se possa comprar comprar as sementes e cultivá-lo em casa. Se entretanto descobrir mais coisas sobre esta planta com nome esquisito, aviso.
Ontem foi dia de castanhas. O primeiro deste Outono. Este fim-de-semana, aliás, foi abundante em “primeiras coisas”: primeiras grandes chuvadas, primeiros ventos fortes, primeira tarde enrolados na manta a comer torradas. E as castanhas assadas* ao fim do dia, apanhadas na véspera por mãos generosas, em Viana, foram o melhor começo de uma semana que, de tempo, não se adivinha quentinha.
*Castanhas assadas a fumegar, barradas com manteiga: primeiro lugar no meu top five de formas de comer castanhas. As restantes, por ordem decrescente: castanhas assadas, só, das compradas na rua e que nos deixam as mãos e a ponta do nariz sujos de fuligem; castanhas assadas a acompanhar rojões ou carne assada; crepes com doce de castanha; tarte de castanha com leite condensado; sopa de castanha. Devo confessar que ainda não provei esta última, mas já tenho lá em casa uma receita, à espera de tempo.
Dos recuerdos oferecidos este Verão pelos amigos que foram de férias “para fora”, um dos que mais gostei foi um conjunto de especiarias vindo da Tunísia. Sete variedades, cada uma delas dentro de um saquinho de plástico com uma etiqueta identificadora. A saber:
Ras Hanout - pelo que investiguei na internet, deveria ser “Ras el Hanout” e é uma combinação marroquina de especiarias; Cummul - ainda por identificar; pensava que eram cominhos, mas foi falso alarme; Harissa - segundo a minha curta investigação, pó picante de pimento, típico da Tunísia; Coriandes - no dicionário Francês-Português descobri a palavra “coriandre” que significa “coentro”. Será? Paprika - a célebre especiaria celebrizada pelo Herman e que é o pimentão doce típico da Hungria; Curry - caril; Safran - desconfio que é “Açafrão das Índias” - também conhecido por Curcuma - e não o verdadeiro Açafrão, que vem da planta crocus sativus e é muito caro, uma vez que são precisas mais de 100 mil flores para se conseguir 1 kg de açafrão (a sua cor amarelada vem dos pigmentos dos estigmas da flor).
Quem me ofereceu estas especiarias, com medo de ficar com problemas de consciência, pediu-me para usá-las só depois de ter o pimpolho cá fora, não vão elas ser demasiado fortes e provocarem-me alguma indisposição. Daí que só daqui a uns valentes meses possa dar-vos conta dos cozinhados com temperos tunisinos. Nessa altura, poderei experimentar o livro de Cozinha Árabe que trouxe do Egipto.