Durante cerca de uma hora, falaremos sobre este ingrediente mágico chamado chocolate, contarei uma história alusiva da autoria de José Jorge Letria e iremos decorar queques de chocolate em forma de borboleta, que os participantes poderão levar consigo - para comerem, ou para oferecerem a quem mais gostam, tal como a personagem da curta-metragem "Bolo de Coração Derretido", de Benoît Chieux, em exibição no festival, na sessão de curtas-metragem "Todos a Bordo".
A Oficina "Nas Asas do Cacau" é especialmente indicada para crianças dos 3 aos 10 anos, acompanhadas de um adulto. Os bilhetes estão à venda aqui >>> Bilheteira Online
Gosto muito da combinação laranja & chocolate. Gosto muito de lemon curd. Não gosto nada de orange curd...
Mas gostava de gostar, porque estes cupcakes lilliputianos ficaram lindos e foram aprovados com distinção pelo provador-mor cá de casa.
A ideia de fazê-los surgiu no dia em que conheci a querida Mª João Clavel, do Clavel's Cook. Já nos falávamos via facebook há algum tempo, descobrimos que morávamos perto e conhecíamos pessoas em comum, e um dia decidimos ir tomar um café. O encontro foi aqui, um espaço giro e com atendimento simpático e muitas coisas boas nas vitrines, incluindo uns docinhos parecidos com estes, engenhosamente feitos a partir de uma caixinha de chocolate frisado e vários recheios.
Nunca mais me saíram da cabeça. E como adoro chocolate e laranja, resolvi dar uma segunda hipótese ao orange curd. Mas, decididamente, há ali qualquer coisa incompatível com as minhas papilas gustativas.
Quem não apreciar, como eu, coalhada de laranja (julgo ser este o nome português para este creme), não desanime: já estou a imaginar estas caixinhas de chocolate recheadas com mousse, ganache, polpa fresca de fruta, creme pasteleiro aromatizado, e até minibolas de gelado... encarem este post apenas como uma sugestão!
E por falar em sugestão, no final do post deixo-vos mais uma: um evento de cozinha saudável, com palestra e cooking lesson, a favor da Liga Portuguesa contra o Cancro. Será no Porto, no dia 25 de Maio. Informações e inscrições aqui!
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I love the combination of chocolate & orange. I really like lemon curd. I do not like orange curd ... I'd love to love it, because these Lilliputians cupcakes were beautiful and passed with distinction by my husband's demanding taste. I came up with the idea of making them on the day I met dear Maria João Clavel, from Clavel's Cook. We were talking via facebook for some time, we discovered that we lived nearby and knew people in common, and one day we decided to go for a coffee in here - a very nice space with courteous service and many good things in the windows, including some sweets like these, ingeniously made ??from little chocolate cases and various fillings. Since them, they never left my head. And once I love chocolate and orange, I decided to give a second chance to orange curd. But, definitely, is there anything incompatible with my taste buds. Who don't enjoy, like me, 'coalhada de laranja' (I believe this is the Portuguese name for this kind of custard), do not be discouraged: I'm already imagining these boxes stuffed with chocolate mousse, ganache, fresh pulp of fruit, flavored custards, and even ice cream ... Look upon this post just as a suggestion! And speaking of suggestions, at the end of the post I make one more: an event on healthy cooking, with a lecture and a cooking lesson, in favor of the 'Portuguese League Against Cancer'. It will take place in Porto, on May 25th. Informations here!
Microcupcakes de chocolate e laranja Para cerca de 16 16 caixinhas de chocolate frisado* 1 dose de orange curd ou outro recheio a gosto Saco e bico pasteleiro em forma de estrela Orange curd: Raspa de 1 laranja 150 ml de sumo de laranja 1/2 chávena de açúcar 2 ovos 1 colher de chá de amido de milho (Maizena) 45 g de manteiga ou margarina Leve ao lume num tacho todos os ingredientes bem misturados, excepto a Maizena e a manteiga. Mexa sempre até começar a ficar mais espesso (cerca de 10/15 minutos). Retire uma colher de sopa do creme do tacho para uma tacinha e junte-lhe a colher de chá de Maizena. Desfaça bem a farinha no creme e verta de novo para a panela. Continue a mexer até engrossar (uns cinco minutos). Retire do lume e junte a manteiga partida em pedaços. Mexa até a manteiga estar bem derretida e dissolvida. Verta para um frasco, deixe arrefecer, e guarde no frigorífico pelo menos 12 horas antes de usar. Disponha as caixinhas de chocolate num prato, encha o saco pasteleiro com o creme e recheie. Guarde-as no frigorífico se não forem para servir de imediato.
*Tomei o atalho e comprei-as aqui. Mas também pode fazê-las em casa: derreta chocolate, encha com este forminhas frisadas de silicone e retire de imediato o excesso, ficando apenas o fundo e as laterais das forminhas revestidos a chocolate. Leve a secar ao frigorífico e repita a operação para tornar as caixinhas de chocolate mais resistentes. Deixe secar novamente e descole as forminhas de silicone com cuidado.
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Chocolate and orange microcupcakes For about 16 16 little chocolate cases * 1 batch of orange curd or other filling Pastry bag and star-shaped tip Orange curd: Zest of 1 orange 150 ml of orange juice 1/2 cup of sugar 2 eggs 1 teaspoon cornstarch 45 g of butter or margarine In a saucepan, mix well all the ingredients, except cornstarch and butter, and cook them over medium heat, stirring constantly until it starts to get thick (about 10/15 minutes). Take a tablespoon of the curd into a little bowl and add the teaspoon of cornstarch, giving it a good stir. Pour this mixture into the pan again and keep stirring until thickened (about five minutes). Remove from the heat and add the butter in small pieces. Stir until the butter is well melted and dissolved. Pour into a jar, let cool and store in the fridge at least 12 hours before use. Arrange the little chocolate cases on a serving plate, fill the pastry bag with the orange curd and fill the chocolate cases with it. Keep them in the fridge if not serving immediately. * I took a shortcut and bought them here. But they can also be made at home: melt dark chocolate, fill little silicone cases with the melted chocolate and immediately remove the excess, leaving only the bottom and the sides of the cases coated. Let dry in the fridge and repeat with more melted chocolate to thicken the chocolate case. When dried, remove the silicon case carefully.
O convite para fazer um show cooking no Porto.Come/ Mercado de Sabores do Continente, de que falei no post anterior e que aconteceu no passado sábado, na Alfândega do Porto, trouxe-me várias coisas boas, para além do momento em si.
Com esse desafio nas mãos e uma vez que o tema eram "os sabores de sempre", decidi finalmente explorar o caderno de receitas que a minha mãe guarda ainda do tempo de solteira, de um curso para futuras donas de casa (sim, no princípio dos anos 60 essa escola existia e chamava-se Obra das Mães).
E que boas receitas, caligrafadas, estão naquele caderninho, do qual agora serei guardiã (pelo menos enquanto a minha mãe não se lembrar de pedi-lo de volta).
Um dos meus objetivos para os próximos tempos, ao estilo Julie Powell, é ir experimentando-as e dar conta aqui do resultado. Duas já foram testadas: o creme gelado de castanha que apresentei no show cooking, e cuja receita segue mais abaixo, e uma torta de maçã deliciosa que também merece um post, assim que a voltar a fazer.
Castanha, maçã, marmelo... nos dias que antecederam o show cooking fiz algumas experiências com estes frutos, pois queria levar algo próprio desta época. E queria que fosse uma sobremesa ou algo doce, uma vez que é o que mais aparece por aqui.
Quando experimentei pela primeira vez esta espécie de gelado, soube que tinha encontrado a receita.
Fiz alguns ajustes ao molho de chocolate e andei à voltas para escolher um topping crocante, até decidir que as nozes ficavam perfeitas.
Depois, resolvi apresentar também este biscoitos, que eu adoro, uma vez que há ingredientes comuns a ambas as receitas.
Eram então estes os sabores que esperavam o público na Praça das Experiências do Porto.Come/ Mercado de Sabores do Continente, às nove da noite do dia 6 de Outubro. Um público que se mostrou bastante mais numeroso do que eu estava à espera.
Apesar de algum nervosismo, acho que correu bem. Senti-me muito confortável daquele lado (mais do que alguma vez havia imaginado) e adorei poder partilhar de uma forma diferente esta minha paixão pela cozinha. Estava muito feliz e acho que isso se nota nas fotos.
Claro que tive umas brancas pelo meio, demorei imenso tempo a destacar as bolachas das folhas de obreia e julgo que me esqueci de dizer que a manteiga para o creme gelado era SEM sal.
Mesmo assim, os cerca de sessenta minutos que ali estive pareceram-me mágicos. E houve uma série de pessoas que contribuíram para isso:
- as minhas 'cobaias', família e amigos, que provam aquilo que faço e me dizem sem rodeios o que pode ser melhorado;
- os comentários e as mensagens de apoio e incentivo que fui recebendo no blog e no facebook;
- o público simpático e interessado (e a presença de muitas caras minhas conhecidas);
- a organização do evento, nomeadamente na pessoa da Rita Sousa, que foi de uma amabilidade e profissionalismo exemplares;
- o Pedro e o Rafael, os assistentes da Escola de Hotelaria do Porto que me foram destinados e que estiveram fantásticos;
- a Chef Justa Nobre, com quem meti conversa umas horas antes (há uns anos não teria tido lata para tal - nem coragem para aceitar o convite, digamos a verdade - mas acho que a idade nos deixa menos envergonhados) e que me aconselhou, com aquele seu registo simples e algo maternal, a relaxar e a improvisar se algo não corresse tão bem;
- e, por último, a Isabel, ou a Laranjinha, do Cinco Quartos de Laranja (e o seu R.): ter sido convidada para o evento já foi muito bom; mas ter sido convidada para um evento que contou com uma das food bloggers portuguesas que mais admiro, foi extraordinário. Apesar de termos tido pouco tempo para conversar, aquele bocadinho foi muito especial. E poder assistir ao seu show cooking antes de ser eu a colocar o avental, foi absolutamente inspirador. Podem ver detalhes da sua participação aqui.
Obrigada a todos (incluindo os amigos 'fotógrafos').
Finalmente, a receita:
Creme gelado de castanha com molho de chocolate e café
250 g de miolo de castanha (frescas ou congeladas: se usar frescas é preciso cerca de 500 g para obter 250 g de miolo) 230 g de açúcar 200 g de manteiga sem sal à temperatura ambiente 6 gemas à temperatura ambiente Leite qb
150 g de chocolate de culinária 75 ml de café expresso 75 ml de água
Nozes picadas para decorar
Cozer as castanhas, cobrindo-as com leite, até estarem bem macias. Se usar castanhas da época, retire-lhes um pouco de casca e pele com uma faca antes de levar a cozer (para não rebentarem); após a cozedura reserve o leite que sobrou e retire as cascas e as peles às castanhas. Triturar bem as castanhas juntamente com o leite da cozedura (este deve ser apenas o suficiente para ligar o puré de castanha: se achar que sobrou muito leite vá juntando aos poucos enquanto tritura; se achar que sobrou pouco, junte mais leite). Juntar ao puré de castanha as gemas previamente desfeitas, o açúcar e a manteiga. Mexer bem e bater com a batedeira eléctrica (de preferência com braço) cerca de 20 minutos numa velocidade média-alta. Se usar a Bimby, programe 10 minutos, com a borboleta, na velocidade 3,5 ou 4. Tem de se obter um preparado muito uniforme, brilhante e cremoso e com um tom acastanhado. Verter para uma caixa de plástico ou pirex com tampa e levar ao congelador idealmente 24 horas antes de servir.
Para o molho:
Levar ao lume em banho-maria (ou então usar o microondas), o chocolate partido em pedaços com a água e o café frio ou morno. Não mexer até o chocolate estar derretido. Assim que estiver, retirar do lume e mexer bem com um batedor de varas. Está pronto a servir.
Para servir: Retirar com antecedência do congelador (15-30 minutos, dependendo do tempo de congelação e da temperatura ambiente), e com uma colher de gelado retirar a dose pretendida para uma taça; verter um bom fio do molho de chocolate e terminar com as nozes picadas.
Algumas notas: - Também se pode levar a congelar numa forma tipo 'bolo inglês' forrada com película aderente: quando for servir, retire com alguma antecedência do congelador, desenforme para um prato e sirva com o molho e as nozes à parte. - O molho poder ser adaptado ao gosto de cada um, com aquela proporção de líquidos para a quantidade de chocolate; neste caso podemos usar, por exemplo, apenas 150 ml de água ou 100 ml de água e 50 ml de café... - Se for consumir o gelado gradualmente, adapte a quantidade de molho, fazendo este no momento de servir (pode, no entanto, ser feito com alguma antecedência e ser depois aquecido).
Está prestes a estrear, pelo menos nos Estados Unidos, o filme com base no livro "Comer, Orar, Amar" de Elizabeth Gilbert. Adorei o livro. Acho que é um livro que todas as mulheres (e homens, porque não?) iriam gostar de ler. Porque nos enche o coração de esperança, porque nos dá vontade de chorar, de rir e de sonhar (para não falar de comer!), porque nos mostra coisas que desconhecíamos sobre os países que a escritora americana visita naquela que se torna a viagem da sua vida, porque quase nos obriga a tornar-nos mais zen e contemplativos, e porque, de uma maneira ou de outra, já todos "estivemos lá".
Não sei se fico muito convencida com a escolha da Julia Roberts para o papel principal. Ainda assim, e mesmo sabendo que o filme desilude sempre quem leu o livro, estou ansiosa que estreie cá!
Suspiro há muito tempo por uma Le Creuset, mas depois deste fim-de-semana, em que finalmente consegui acabar de ler o livro e vi o filme Julie&Julia, estou obcecada. Ainda demora muito para o Natal?
id="BLOGGER_PHOTO_ID_5329833402062809298" /> Depois do vinho e da sua essência, eis que chega à Invicta um evento dedicado à comida. Claro que já havia o Festival da Francesinha, mas este porto.come promete ser mais abrangente no prato e menos abrangente no público. A decorrer no edifício da Alfândega do Porto de 2 a 10 de Maio é, segundo os organizadores "um grande evento Gastronómico, de promoção dos Sabores do Norte de Portugal e da Galiza e, em especial, do muito rico receituário portuense". Workhops, degustações, apresentação e venda de produtos gourmet, show cooking, jantares especiais e muita animação fazem parte da ementa. Vinte e seis restaurantes da cidade também se juntaram à iniciativa e desde o dia 26 de Abril até 10 de Maio integram a Rota do Gosto, disponibilizando um prato especial, inspirado na cozinha duriense e nortenha, por metade do preço médio da carta. Vamos?
Bela surpresa, o filme “Bela Marta”, alugado um destes dias na Blockbuster, na sequência de uma oportuna sugestão familiar. Marta é a chefe de cozinha de um restaurante famoso numa cidade alemã e mantém com a culinária uma relação de obssessão e perfeccionismo, à qual nem a fria língua germânica é capaz de retirar qualquer sabor. A cena inicial, em que deitada no divã do psicanalista (para quem cozinha por livre iniciativa), Marta descreve com detalhe a forma perfeita de cozinhar pombos, é absolutamente deliciosa. Noutra sessão, em que descarrega a sua ira devido à dona do restaurante ter contratado um chefe de cozinha “adjunto”, chega a afirmar: “Dois cozinheiros no mesmo fogão é como duas pessoas a conduzir o mesmo carro ao mesmo tempo. Não faz sentido.” Mas o filme conta outra história, simultaneamente paralela e perpendicular ao ego XL dos grandes cozinheiros. E é uma história tão simples e bonita como a fotografia e os ambientes criados para esta primeira longa-metragem de Sandra Nettelbeck, com Martina Gedek no papel de Marta. Para comer com os olhos, quando não apetecer fast films.
"La Cousine de Pantagruel - Hommage à Rabelais", ou seja, "A prima de Pantagruel - Homenagem a Rabelais" é uma das peças que a edição de 2004 do Festival P.O.N.T.I. traz ao Porto. Estará em cena no Teatro Nacional de S. João de 2 a 4 de Dezembro, e é uma produção franco-romena encenada por Silviu Purcarete. Segundo o programa do festival "Em La Cousine de Pantagruel, o espectador depara-se com a poética fecunda de um encenador que faz apelo ao imaginário de cada um de nós, criando um espectáculo que se oferece sobretudo para ser contemplado. Demonstrando como uma palavra pode muito bem valer mil imagens, a oralidade está quase inútil num festim onde um conjunto de actores cozinha ritualmente um corpo humano para o saborear em cena." Os bilhetes vão de €7 a €15 e há passes especiais para quem quiser ver mais do que uma peça do festival. O telefone da bilheteira do TNSJ é o 223 401 910. Reserve já a sua mesa. Perdão, o seu lugar.