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Lume Brando

27
Dez19

Barritas de sésamo e cacau [Diz-me o que lês #22]

Barritas de sésamo e cacau

O livro de cozinha da Marta

DIZ-ME O QUE LÊS, DIR-TE-EI O QUE COMES #22

"A Cozinha da Marta - Uma forma de amar" - Marta Horta Varatojo - Marcador

 

Este não é um livro recente. Foi lançado em 2015, já vai na 4ª edição, e há muito que o cobiçava quando o via nas livrarias. Quem me segue, sabe que não sigo a filosofia e o estilo de vida macrobiótico, que é o apresentado neste livro. No entanto, sou curiosa e gosto de saber mais sobre todos os tipos de regimes alimentares.

 

Sempre que passava pelo livro, ficava seduzida pela capa colorida e pela beleza da Marta, visível na pequena fotografia da capa. Por isso, quando criei esta rubrica, sabia que seria um dos que passariam por aqui.

 

"O Livro de Cozinha da Marta - Uma forma de amar" é um livro que tem tanto de técnico (com vários textos de Francisco Varatojo, pai da autora e fundador do Instituto Macrobiótico de Portugal, que infelizmente faleceu em 2017), como de empírico e pessoal, no sentido de nas suas páginas transparecerem o amor e a gratidão da autora pela cozinha, pela família e pelas pessoas que a rodeiam e também por partilhar connosco a sua história de vida.

 

O livro de cozinha da Marta

 

É impossível não gostar da Marta e deste livro, quando, logo no início, se pode ler "Sou macrobiótica desde que nasci, mas acima de tudo sou uma pessoa que gosta de comer! Os rótulos podem tornar-se perigosos em mentes mais inflexíveis, levando a uma abordagem rígida e pouco divertida. Eu sou completamente a favor de sermos sensatos e flexíveis. Não gosto de falar em alimentos proibidos; há alimentos que são bons para serem consumidos diariamente, outros para o serem mais ocasionalmente, e há ainda a categoria de alimentos para os dias de festa."

 

Não podia concordar mais. Mas, afinal, em que consiste a macrobiótica? No livro, é-nos explicado que é mais do que uma dieta ou um regime alimentar, ou seja, é um estilo de vida que pretende desenvolver o nosso potencial humano pela observância das leis da Natureza, dos pontos de vista biológico (alimentação), ecológico (ambiente), social e espiritual (amor e compaixão).

 

A palavra é de origem grega, com macro a significar "grande" e "bio" a significar "vida", remetendo então a macrobiótica para "a capacidade de vivermos a vida de uma forma grandiosa e magnífica". Também neste livro ficamos a saber que, na era moderna, o conceito da "macrobriótica" apareceu pela primeira vez no século XVIII, no livro "Macrobiótica ou a Arte de prolongar a vida", da autoria de Christoph Von Hufeland, médico de Goethe.

 

Um dos aspetos interessantes da macrobiótica é o entendimento de que este estilo de vida é flexível e versátil, adaptando-se às diferentes fases e diferentes necessidades de cada pessoa a cada momento. Um ponto comum e constante, no entanto, é o papel dos cereais integrais e dos vegetais, considerados os alimentos "mais adaptados à espécie humana e, consequentemente, aqueles que mais ajudam a criar e a manter a saúde".

 

Outro princípio fundamental da macrobiótica é a bipolaridade ou a teoria do yin e yang. Esta defende que "todos os fenómenos, alimentos incluídos, têm qualidades energéticas, metafísicas",  sendo apenas possível atingir a harmonia se equilibrarmos esses dois pólos - yin e yang - nas nossas vidas.

 

O livro de cozinha da Marta

 

O livro desenvolve estes conceitos com alguma profundidade, mostra-nos a "Pirâmide da alimentação macrobiótica", assinala a diferença entre macrobiótica e vegetarianismo, fala-nos do tipo de energia associado a cada tipo de alimentos, descreve alguns dos ingredientes mais usados (incluindo alguns 'medicinais') e elenca algumas técnicas culinárias, dicas e truques.

 

Tudo isto, antes de passarmos às receitas. Estas surgem agrupadas nos seguintes capítulos:

  • Pequenos-almoços
  • Lanches e Snacks
  • Sopas
  • Cereais Integrais
  • Leguminosas
  • Tofu/Seitan/Tempeh
  • Algas
  • Vegetais/Saladas/Pickles
  • Condimentos/Molhos/Maioneses
  • Sobremesas
  • Menus festivos
  • Chás e bebidas medicinais

 

Ao todo, são 106 receitas (se não me enganei a contá-las!) muito variadas dos pontos de vista do tipo de refeição e ingredientes utilizados, ainda que, na sua maioria, sejam receitas vegetarianas e vegan, uma vez que estas estão na base de uma alimentação macrobiótica, ainda que esta não exclua totalmente os alimentos de origem animal.

 

Gostei bastante do livro e fiquei com vontade de experimentar diversas receitas, a única falha que tenho a apontar é o facto das receitas não mencionarem o "rendimento", ou seja, o número de doses ou número de pessoas a que se destinam. Na verdade, as receitas do livro não apresentam qualquer ficha técnica (tempo necessário, nivel de dificuldade, etc.), mas para mim é do número de doses/pessoas a indicação de que sinto mais falta.

 

Resumindo: "O livro de cozinha da Marta" é um livro autêntico. Nota-se que foi feito com muito empenho e dedicação pela Marta, com a ajuda do pai. As fotos dos pratos são da própria Marta, que enriqueceu quase todas as receitas com notas pessoais ou sugestões. Para quem quiser saber mais sobre macrobiótica, este é, sem dúvida, um livro a ter em conta. 

 

Saber mais sobre o livro/comprar o livro >>> Livraria Bertrand

 

Barritas de sésamo e cacau

Barritas de sésamo e cacau

BARRITAS DE SÉSAMO E CACAU
Receita original no livro "A Cozinha da Marta - Uma forma de amar", de Marta Horta Varatojo

 

Rendeu-me cerca de 16 barritas

1 chávena* de sementes de sésamo

1 chávena* de arroz tufado (usei de chocolate)

1 colher de sopa de cacau em pó

50 g de chocolate negro

3 colheres de sopa de sultanas

1 colher de sopa de coco ralado

4 colheres de sopa de geleia de arroz (usei xarope de agave)

*chávena com 250 ml de capacidade

 

Lavar as sementes de sésamo (eu coloquei num coador de malha fina e passei por água corrente) e levá-las ao lume numa frigideira antiaderente em lume alto, para secar e tostar (deve demorar uns 10-15 minutos).

Numa frigideira grande, levar o xarope ao lume e, quando fervilhar, juntar todos os ingredientes à exceção do cacau e do chocolate negro.

Retirar do lume e adicionar o chocolate partido em pedacinhos e o cacau, envolvendo bem (o chocolate deverá derreter com o calor remanescente).

Espalhar esta mistura sobre uma folha de papel vegetal, colocar outra folha por cima e espalmar com um rolo de cozinha até obter uma espécie de retângulo com uma espessura uniforme (1 cm de altura ou um pouco menos).

Deixar arrefecer completamente.

Com uma faca bem afiada, cortar em barras.

Pode embrulhar-se individualmente em película aderente e temos um snack pronto a levar.

 

MAIS RECEITAS COM CHOCOLATE SAUDÁVEIS:

 

12
Dez19

Bolachas de banana e chocolate no micro-ondas [Diz-me o que lês #20]

Bolachas na caneca

Bolachas na caneca

DIZ-ME O QUE LÊS, DIR-TE-EI O QUE COMES #20

"Bolachas na Caneca" - Christelle Huet-Gomez - Editorial Presença

 

Enquanto viciada em livros de cozinha, gosto de ter todo o género desta 'literatura' nas minhas prateleiras. Mas nem todos os livros têm a mesma importância nem exercem todos o mesmo fascínio sobre mim. Num ranking de utilidade e pertinência, este "Bolachas na Caneca", de Christelle Huet-Gomez, teria de ficar para trás.

 

O livro é bonito, gosto das fotografias e o conceito é original* (apesar de achar que, quando se pensa em bolachas, é impossível pensar numa só!). Acontece que depois de ver as receitas fiquei um pouco reticente. Parecem-me muito calóricas. Se não, vejamos: uma bolacha, que pode dar para duas pessoas, leva em média 1 fatia de manteiga com 1/2 cm de espessura, 1 gema, 2 colheres de sopa de açúcar e 3 colheres de sopa de farinha. São colheres rasas, é certo, mas mesmo assim parece-me too much, para comer assim de enfiada...

 

Bolacha na caneca

 

 

As conjugações de sabores são interessantes e variadas e vão do clássico chocolate + frutos secos ou limão + mirtilos, às bolachas de chá matcha, de maçã assada ou red velvet. E ainda há quatro receitas de bolachas salgadas. No total, são 35 receitas de "bolachas" para fazer numa caneca e cozer num minuto no micro-ondas. Não deixa de ser um conceito castiço e prometedor, mas tenho dúvidas de que haja muitas situações em que queiramos fazer uma bolacha na caneca. Se calhar em férias, se estamos num local sem forno, apenas com  micro-ondas; ou se quisermos dar alguma autonomia aos mais novos, que, tenho a certeza, são quem se irá divertir mais a fazer estas bolachas.

 

A ideia é comer as bolachas à colher, ainda mornas. Em todo o caso, depois de arrefecidas e apesar da textura ficar mais firme (parecida com um scone frio), continuam saborosas. Pelo menos estas, de banana, aveia e chocolate, cuja receita, que adaptei para torná-las (um pouco) menos pecaminosas, segue mais abaixo.

 

Resumindo: "Bolachas na Caneca" é um livro de receitas com um tema muito específico, que talvez tenha pouca utilidade numa cozinha de alguém experiente. Apresenta fotografias e design gráfico apelativo, podendo fazer as delícias de quem sofre desejos repentinos por doces: afinal, cada bolacha demora apenas 5 minutos a preparar e a ficar pronta.

 

Saber mais sobre o livro, incluindo o preço >>> Livraria Bertrand**

 

*Da mesma coleção, existe também o "Bolos na Caneca" e o "Bolos Salgados na Caneca", ambos de Lene Knudsen.

**Link afiliado

Bolacha na caneca

BOLACHAS DE BANANA E CHOCOLATE

Feitas em canecas, chávenas ou ramekins, no micro-ondas

Adaptado do livro "Bolachas na Caneca", de Christelle Huet-Gomez

 

Para 3

15 g de manteiga + alguma para untar

2 colheres de sopa de açúcar amarelo

2 gemas L

5 colheres de sopa de farinha sem fermento

3 colheres de sopa de flocos de aveia

1 banana pequena

3 colheres de sopa de pepitas de chocolate

 

Unte com manteiga 3 chávenas ou ramekins.

Numa taça, coloque a manteiga derretida e junte, sucessivamente, o açúcar, as gemas, a farinha e a aveia. Mexa.

Reserve 9 rodelas finas de banana e corte a restante banana em pedacinhos, misturando estes ao preparado anterior.

Por fim, junte as pepitas.

Com as mãos, forme uma espécie de rolo grosso de massa e divida em três.

Dê a forma de um disco a cada pedaço e insira-os nas respetivas chávenas, canecas ou ramekins.

Leve uma bolacha a cozer de cada vez no micro-ondas, programando 1 minuto a 800 watts ou 50 segundos a 1000 watts.

Coma-as à colher ainda mornas, ou desenforme passado alguns minutos e coma/sirva já frias.

 

MAIS RECEITAS COM CHOCOLATE:

 

 

03
Abr19

Bacci di Dama [receita de biscoitos italianos para acordar o blog]

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Olé, olé!

Sei que tenho andado desaparecida aqui pelo blog. Para me redimir, trago-vos uma receita doce, daquelas que não dão muito trabalho mas que fazem um brilharete. Uma receita italiana de biscoitos de avelã recheados com chocolate, curiosamente batizados de "Baci di Dama", ou seja, "Beijos de Dama".

 

Agora vou poucas vezes ao El Corte Inglés (cada vez mais tento fazer tudo - compras, médicos, etc. - o mais perto de casa possível e se o puder fazer a pé, tanto melhor), mas quando vou àquele templo da tentação, acho que já sabem que não resisto a passar pela tabacaria, onde encontramos revistas impossíveis de arranjar noutros locais. Da última vez, trouxe uma GoodFood e uma FoodToLove e foi nesta última, num especial sobre comida italiana, que encontrei a receita.

 

No post que fiz no Instagram em que partilhei uma foto destas bolachas, contei que elas não tinham sido consensuais. Eu fiquei apaixonada à primeira trinca e tive de esconder o frasco, ou teriam sido todas comidas no próprio dia  - e olhem que a receita rende bastante.

 

Mas houve quem as tivesse achado "estranhas". Mas sabem o que é curioso? É que mesmo no caso do sabor e da textura começarem por "estranhar", é quase certo que depois irão "entranhar": no dia seguinte, o provado-mor voltou a comer uma e concluiu que, afinal, "até eram boas". E comeu outra, e a seguir outra... E não foi a única pessoa a ter esta reação!

 

É verdade que sabem imenso a avelã e que a textura é bastante areada e um pouco quebradiça, mas eu achei-as deliciosas. Digo-vos que é com o maior dos desconsolos que neste momento olho para o frasco vazio. Podia fazer outra dose? Podia, mas esta é uma receita calórica, por isso, não quero abusar e vou deixar passar uns tempos até voltar à carga.

 

Mas se desse lado não houver sentimentos de culpa ou dietas rigorosas a decorrer, toca a experimentar estes beijos o quanto antes. Não se irão arrepender!

 

CURIOSIDADE

Consta que a receita original destes biscoitos nasceu na cidade de Tortona, pertencente à região do Piemonte, no Norte de Itália.

 

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BACCI DI DAMA - Biscoitos de avelã recheados com chocolate

 

[ligeiramente adaptado da revista Food to Love - March 2019]

Rende entre 45 a 50 bolachinhas - cerca de 25 recheadas

 

Ingredientes

 

100 g de manteiga amolecida

75 g de açúcar amarelo

100 g de miolo de avelã moído

100 g de farinha sem fermento

+

100 g de chocolate negro de culinária (entre 52% a 70% de cacau)

40 g de manteiga

15 g de miolo de avelã moído ou finamente picado

 

Preparação

 

Ligue o forno nos 180º.

Forre dois tabuleiros de forno com papel vegetal.

Com a batedeira elétrica, bata a manteiga e o açúcar até ficar macio.

Junte a avelã e a farinha e ligue tudo até obter uma massa moldável.

Faça bolinhas um pouco mais pequenas do que brigadeiros e distribua-as pelos tabuleiros, deixando um certo espaço entre elas.

Com o indicador, achate-as ligeiramente a partir do centro e corrija alguma rachadela que possa surgir à volta.

Leve a cozer durante cerca de 10 minutos, mas vá vigiando, até ganharem uma cor dourada suave no rebordo. Retire, aguarde uns cinco minutos e com uma espátula transfira-as para um rede.

 

Enquanto os biscoitos estão no forno, prepare o recheio (a receita original pede o dobro destas quantidades, mas a mim sobrou-me imenso recheio, pelo que sugiro que sigam as medidas que coloquei ali em cima).

 

Leve a manteiga e o chocolate partido em pedaços ao lume, em banho-maria. Quando estiver tudo ligado e macio, retire e deixe arrefecer. Junte a avelã moída e reserve até ficar com uma consistência mais firme (se estiver com pressa e a temperatura ambiente estiver um pouco elevada, leve o creme de chocolate ao frigorífico durante alguns minutos para ganhar consistência).

 

Para montar os biscoitos, barre o fundo de um biscoito com o creme de chocolate e cole outro biscoito pelo fundo, fazendo uma sanduíche. Eu usei saco e bico pasteleiro para dispor o chocolate, mas pode usar uma faca de manteiga ou uma colher pequena.

Depois de prontos, conserve-os bem fechados num frasco hermético.

 

 

OUTRAS RECEITAS DE BOLACHAS E BISCOITOS:

 

13
Fev17

Snacks saudáveis, ou nem por isso [Bolachas de Muesli]

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Se trabalhar fora de casa é muitas vezes apontado como um motivo para refeições desequilibradas e opções pouco saudáveis, trabalhar em casa não é, necessariamente, sinónimo de perfeição no que toca a alimentação: a cozinha a dois passos de distância, pelo menos no meu caso, faz-me estar sempre a pensar em comida. Estou sempre com vontade de fazer uma pausa no computador e fazer um lanchinho. E claro, nem sempre este momento é virtuoso.

 

Uma peça de fruta, uma tosta com uma fatia de queijo, frutos secos ou fruta desidratada, podem ser opções para matar aquele 'ratinho' sem fazer grandes estragos, mas, convenhamos, nestes dias de meteorologia cinzenta, apetece um pouco mais de conforto. A tentação de ligar o forno é enorme e foi o que fiz há uns dias atrás, para experimentar esta receita de bolachas da Rachel Khoo.

 

Gostei bastante do resultado, ainda que tenha achado a quantidade de manteiga excessiva. Apesar de ter diminuído um pouco à quantidade, julgo que a receita pode ser ainda otimizada. Fiz algumas substituições: parte do açúcar foi de coco - o que lhes dá um travo maravilhoso a caramelo e parte da farinha foi de espelta integral. Aviso: ficaram muito estaladiças e viciantes! Para uma versão de bolachas de aveia menos pecaminosas podem optar pela receita que tenho no meu livro "Estava Tudo Ótimo!"* e que podem ver replicada no bonito blog da Sandra, aka Marmita.

 

Nesta receita da Rachel Khoo, o que mais gostei foi de usar os mirtilos e os alperces desidratados que tenho comprado na feira e que são deliciosos - um verdadeiro snack por si só. Adoro sentir aqueles pedacinhos doces e ácidos ao mesmo tempo, a contrastar com o crocante da massa e da amêndoa - sim, também lhes juntei amêndoa, são umas bolachas muy ricas 😋

 

E é com esta receita de conforto, que vos desejo uma ótima semana!

 

*Aproveito para fazer uma errata ao meu livro: na receita que menciono acima, de "Bolachas crocantes de aveia e chocolate", página 170, por lapso não surge nos ingredientes a referência à manteiga. São 100 g de manteiga à temperatura ambiente.

 

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 BOLACHAS DE MUESLI

Adaptado do livro Muesli & Granola de Rachel Khoo

 

Para cerca de 50 bolachas

 

100 de açúcar de coco

110 g de açúcar amarelo

200 g de manteiga

2 ovos

325 g de flocos de aveia finos

90 g de farinha de espelta integral

60 g de farinha de trigo T55 sem fermento

1 colher de chá de fermento em pó

200 g de mistura de amêndoa, mirtilos e alperces desidratados picados grosseiramente

 

Ligar o forno nos 170º.

Forrar com papel vegetal dois tabuleiros de ir ao forno.

Numa taça, juntar as farinhas, a aveia e o fermento e reservar.

Numa taça grande, misturar a manteiga com os açúcares.

Acrescentar os ovos, um de cada vez e ligar bem. Juntar os secos a esta mistura e envolver bem só até a massa estar bem ligada. Por fim juntar a amêndoa e os pedaços de fruta.

Fazer bolinhas tipo brigadeiros e colocar no tabuleiro, bem separadas umas das outras. Com as costas de uma colher da sopa humedecida, pressionar as bolinhas, achatando-as ligeiramente.

Levar ao forno cerca de 20 minutos - a ideia é ficarem crocantes por fora e suaves por dentro, eu gosto delas bem cozidas, daí o tom bem dourado. Esta receita deu-me para duas fornadas, com dois tabuleiros de cada vez.

Retire do forno, retire do tabuleiro e deixe arrefecer bem antes de guardar num frasco hermético. Mesmo bem tapadas, as bolachas vão perder crocância com o tempo, mas continuam ótimas de sabor.

 

07
Dez15

Acompanhar com manta e sofá.


















Ao que consta, as madalenas foram inventadas no século XVIII em Commercy, França, por uma criada chamada Madeleine Paulmier, que as fazia para o rei polaco que ali tinha um castelo. Apesar de esta ser a origem mais mencionada, há quem diga que os bolinhos em forma de concha afinal nasceram em Santiago de Compostela, onde uma jovem os servia aos peregrinos (o símbolo dos peregrinos é uma concha de vieira que, de acordo com a tradição, deve acompanhá-los e ser atirada ao mar, no final, como sinal de disponibilidade aos outros da sabedoria adquirida ao longo do caminho).

A receita de hoje é diferente da original mas igualmente reconfortante, pensada para estes dias de outono em que apetece ligar o forno. E porque a massa leva avelã e avelã rima com chocolate, nada melhor que um molho de chocolate e avelã para acompanhar. Depois, é só juntar uma chávena de chá e um bom livro ou um bom filme. Se não puderem dar-se ao luxo deste mimo durante a semana, lembrem-se de que o tempo passa a correr e daqui a nada é sexta outra vez.















MADALENAS DE AZEITE E AVELÃ
30 aprox.

Para as madalenas:

140 g de açúcar
70 g de azeite suave
4 ovos
125 g de farinha
75 g de miolo de avelã moído
1 colher de chá de fermento em pó

Para o molho de chocolate e avelã:

2 colheres de sopa de creme de chocolate e avelã para barrar
2 colheres de sopa de iogurte natural tipo grego

Ligue o forno nos 220º.
Unte com manteiga e polvilhe as forminhas de madalena com farinha (ou use spray desmoldante) .
Bata o açúcar com o azeite.
Junte os ovos, um a um, batendo bem entre cada adição.
Envolva a farinha, o fermento e o miolo de avelã moído.
Distribua pelas forminhas (pode usar forminhas de papel, se não tiver formas de madalenas ou se as que tiver não chegarem), e leve a cozer cerca de 10 minutos.
Enquanto estão no forno, prepare o molho de chocolate: numa taça, junte o creme de chocolate e avelã ao iogurte e mexa bem com uma vara de arames. Coloque numa taça e está pronto a servir.

Para uma versão salgada, espreite estas madalenas de bacon e ervas.

Texto e receita publicados no jornal Observador em 30/10/2015. 



13
Jan15

Para petiscar sem culpas.






















Se forem como eu, não conseguem estar muito tempo sem mordiscar qualquer coisa.
E se forem como eu, nem sempre o que mordiscam é a opção mais saudável.
Mas há esperança à vista: com receitas como esta - fáceis e rápidas de fazer - petiscar entre as refeições pode deixar de pesar tanto, seja na consciência, seja na balança.

A receita de 'bolachas de sementes' ficou marcada logo da primeira vez que folheei o livro 'Delicioso Piquenique', da querida Isabel Zibaia Rafael,  já lá vão uns meses. Mas só agora me decidi a fazê-las, talvez movida por aquele objectivo recorrente que o início do ano nos traz, o de melhorarmos os nossos hábitos alimentares.

Fiz umas pequenas alterações - a principal foi substituir a erva-doce pelo alecrim - e depois de provadas foram directa e imediatamente para o separador das receitas favoritas, ainda que com um nome um bocadinho diferente, devido à sua textura extra-estaladiça (ao contrário da receita original não usei fermento, porque queria mesmo que ficassem o mais crispy possível).

Obrigada Isabel, pela inspiração!

Atualização: inicialmente tinha escrito bolachas de sementes e rosmaninho, mas o correcto é alecrim.
















CRACKERS DE SEMENTES E ALECRIM
(adaptado daqui)

150 g de farinha de trigo T55
65 g de farinha de espelta branca
1 pitada generosa de sal
60 g de mistura de sementes (linhaça, abóbora, chia, etc.)
10 g de sementes de Nigella (compradas na Tiger, óptima dica do Clavel's Cook)
1 colher de sopa de alecrim seco
3 colheres de sopa de azeite suave
100 ml de água

Pré-aquecer o forno nos 180º.
Numa taça grande, colocar todos os secos e depois juntar a água e o azeite. Misturar bem e amassar até se conseguir moldar uma bola. Estender a massa com um rolo de cozinha numa superfície enfarinhada, o mais fino que conseguir (é normal que algumas sementes se desprendam, não faz mal).
Com um cortador faça as bolachas, coloque-as num tabuleiro anti-aderente ou forrado com papel vegetal e leve ao forno cerca de 20 minutos ou até estarem bem sequinhas e a ficar douradas no rebordo.


16
Jan14

Magyarok*





















*Húngaros em húngaro, segundo o tradutor do Google.
E ainda de acordo com esta aplicação, "finom keksz" é o correspondente a "bolachas deliciosas": a melhor expressão para descrever as estrelas deste post.
No entanto, e por mais palavras-chave que tenha colocado no motor de busca, não consegui encontrar nenhuma explicação para o nome deste mimo clássico da minha infância (ou da minha vida, pois ainda hoje continuo a gostar e a comer destas bolachinhas com dupla personalidade). Nem mesmo a expressão 'hungarian cookies' me trouxe uma pista. Imagino, por isso, que a origem da receita esteja relacionada com algum episódio curioso de um qualquer pasteleiro português, sem qualquer relação ao país que lhe deu o nome (mas se por acaso conhecerem a sua história, partilhem comigo por favor).

Doce húngaro, sortido húngaro, húngaros... a terminologia vai variando de confeitaria para confeitaria, assim como a qualidade da bolacha. E se não queremos ficar desiludidos, o melhor é fazê-las em casa.

Carinhosamente enviada por uma amiga e fã do blog, esta é uma receita muito simples e fácil de fazer, que garante um resultado perfeito: a massa fica leve e a desfazer-se imediatamente na boca, com aquele sabor típico dos húngaros, dado pelas gemas cozidas. Para uma versão igualmente boa e fácil, mas não tão fiel à original, é só clicar aqui.

Jó étvágyat!*


HÚNGAROS
(para cerca de 50 bolachas; pode facilmente duplicar ou triplicar a receita)


75 g de açúcar em pó
125 g margarina para bolo-rei
4 gemas cozidas
200 g farinha com fermento
40 g de amido de milho (Maizena)
350 g de pastilhas de chocolate preto para fundir

Cozer 4 ovos e reservar as gemas (pode aproveitar as claras para picar e colocar por cima de uma sopa ou de uma salada).
Pré-aquecer o forno nos 200º.
Num robot de cozinha, colocar o açúcar e a margarina ebater bem.
Juntar as gemas (podem estar ainda quentes) e por último as farinhas.
Retire a massa, dê-lhe a forma de uma bola e estenda-a com o rolo numa superfície enfarinhada até obter a espessura desejada (3 a 5 mm - não gosto delas muito altas).
Use cortadores para fazer as bolachas e distribua-as por tabuleiros anti-aderentes ou forrados com papel vegetal. Leve a cozer cerca de 8/10 minutos. Vá espreitando o forno, pois esta massa coze rápido, imagino que seja porque as gemas já estão cozidas.
Retire do forno, levante as bolachas com cuidado do tabuleiro (com uma espátula fina, por exemplo, pois partem com facilidade) e deixe arrefecer sobre uma grade de pastelaria.
Leve o chocolate a derreter em banho-maria (a água do recipiente de baixo não deve tocar no recipiente do chocolate).
Coloque o chocolate derretido numa taça relativamente estreita mas onde caiba uma bolacha de cada vez. Vá mergulhando as bolachas no chocolate cobrindo metade da bolacha e colocando a secar num tabuleiro forrado com papel vegetal. Se estiver com pressa, leva o tabuleiro ao frigorífico e o chocolate solidificará muito rapidamente.
Guarde em caixas herméticas ou frascos, depois do chocolate bem seco.

*Bom apetite em húngaro ;)


24
Dez13

Ho Ho Ho!





E de repente, já é véspera de Natal.
Apesar do tempo para o blog andar fugido, não queria deixar de vir desejar a todos um Feliz Natal.
E para isso trago uma receita de bolachinhas de cacau deliciosas. Doces, crocantes, de sabor intenso, como espero que sejam as vossas Festas e o vosso 2014.
Uma sugestão para fazer em família, num destes dias preguiçosos, em que sabe bem ficar por casa de forno ligado.
E se não der para fazer agora no natal, é só usar outros cortadores, pois são boas em qualquer altura do ano.
Muito fáceis de fazer, só é preciso ter alguma atenção ao forno, porque como são escuras, não é tão fácil perceber quando estão prontas e não podem cozer de mais nem de menos, para ficarem estaladiças e a saber a Oreos! Outra dica importante é usar sempre manteiga sem sal: já fiz a receita com manteiga com sal (omitindo o sal da receita) e não ficam a mesma coisa.

A semana passada estas bolachinhas apareceram num reino muito especial, ora vejam aqui.

Feliz Natal!














BOLACHINHAS DE CACAU

1 chávena* de cacau em pó
¾ de chávena* de farinha sem fermento
1 pitada de sal fino
120 g manteiga sem sal
160 g de açúcar
1 ovo

*250 ml de capacidade

Peneirar o cacau, a farinha e o sal para uma taça.
Noutra taça grande bater a manteiga e o açúcar com a batedeira eléctrica (ou usar um robot de cozinha).
Juntar o ovo e bater até estar incorporado.
Adicionar a esta mistura os ingredientes secos, de forma gradual, até se obter uma massa escura e uniforme. Dividir em duas porções, dar-lhes a forma de um disco, embrulhar em película aderente e levar ao frigorífico cerca de 1 h. Pré-aquecer o forno nos 180º. Colocar a massa entre duas folhas de papel vegetal e esticar com o rolo até se obter uma espessura de cerca de 0,5 cm (enfarinhar a folha de papel vegetal de baixo, ajuda a que a massa não cole). Fazer as bolachas desejadas, com cortadores, e levar a cozer cerca de 20 minutos (se quiser depois passar um fio ou uma fita nas bolachas, faça um furinho nas mesmas antes de irem ao forno, com a ajuda de uma palhinha de beber). Esteja atento ao forno, pois como as bolachas são escuras é mais difícil perceber quando estão no ponto e podem queimar. Elas endurecem e ficam crocantes depois de arrefecidas.


GLACÉ

250 g açúcar em pó
1 clara de ovo L
Sumo de limão e/ou água

Numa taça grande coloque a clara de ovo.
Pese o açúcar e vá peneirando-o para a taça da clara, mexendo com um batedor de varas. 
Não junte o açúcar todo de uma vez, vá verificando a consistência.
Deve ficar bem espesso e liso. Junte um fio de sumo de limão e volte a mexer.
Se quiser uma consistência mais fina, pode juntar um pouco de água, se quiser uma consistência mais espessa, junte mais açúcar em pó.  Pode fazer o glacé na batedeira ou no robot de cozinha e neste caso não precisa de peneirar o açúcar. Tape com película aderente junto à superfície, quando não estiver a usar, pois seca rapidamente. Use um saco de pastelaria descartável e um bico de pasteleiro fino para decorar ou use uma saco de congelação limpo, cortando um pouquinho da ponta.


02
Mai13

Falar ao coração. // Heart talk.




























No próximo domingo, vamos dizer coisas bonitas às mães da nossa vida?
E se juntássemos às palavras algo doce e feito por nós?
Aqui fica a ideia que criei para a 3ª edição da revista Paper and Cotton, onde encontram várias sugestões giras de arts&crafts.
Façam aqui o download gratuito da revista e vejam o passo a passo destas bolachinhas faladoras.

Feliz Dia da Mãe!

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Next Sunday, let's tell our mother beautiful things.
What if we combined the words with something sweet and homemade?
Here is the idea I created for the 3rd edition of Paper and Cotton magazine, which includes other cool arts & crafts suggestions.
Click here to download the magazine for free, where you can see the step by step of these 'talking cookies'.

Happy Mother's Day!



03
Abr13

A bolacha que cozeu duas vezes // The twice baked cookie.









































Já tinha visto biscotti em livros, blogs, revistas... o seu aspecto rústico e os elogios que costumam acompanhá-los, há muito que tinham garantido a estes biscoitos de origem italiana um lugar de destaque na minha lista de receitas a experimentar.

Depois de ver a sugestão na edição de Março da Jamie Magazine, achei que não podia adiar mais: para além de ajudarem a pôr um travão na gulodice da Páscoa, a versão da revista, retirada do livro de John Whaite, o vencedor de 2012 do concurso "Great British Bake Off", parecia-me especialmente simples e fácil de fazer.

E porque se chamam biscotti? Porque são cozidos duas vezes (bis=2x, cotti=cozidos) para ficarem mais secos, crocantes e durarem mais. E ainda que aquilo a que chamamos normalmente 'biscoitos' não tenha de ir necessariamente ao forno por duas vezes, a verdade é que usamos esse termo para bolachas mais duras e menos doces. O termo vem do latim 'biscoctu' e já no tempo dos Descobrimentos esta técnica era utilizada para garantir a alimentação dos marinheiros.

Originais da Toscânia, os biscotti são também conhecidos por cantuccini.
Presume-se que no início os frutos secos usados fossem os pinhões e a amêndoa, mas hoje várias combinações são possíveis e a imaginação (ou o que tivermos na despensa) é o limite: a receita que segui, por exemplo, pedia alperces secos e pistachios mas, como não tinha, substituí por passas e amêndoas.

Ficaram muito bons e gostei sobretudo de comê-los a acompanhar o café.
Em Itália são normalmente servidos à sobremesa a acompanhar um copo de vin santo, onde inclusivamente se pode molhar o biscoito...

//


I've seen biscotti recipes in books, magazines, blogs... and they were on my 'to-try recipes' list for a long time.
After seeing this suggestion in the March issue of Jamie Magazine, I knew the time had come: apart from helping to put a brake on Easter excessive sugar, this version (from 2012's Great British Bake Off winner John Whaite) seemed to be particularly simple and easy to do.

Why are they called biscotti? Because they are baked twice (bis = 2x, cotti = baked/cooked) in order to be very dry, crispy and 'longer lasting'. In Portugal, what we usually call 'biscoitos' does not necessarily have to go to the oven twice, but the truth is that we use the term for tougher and less sweet cookies. The word comes from the Latin 'biscoctu' and by the time of Portuguese 'Descobrimentos', this technique was already used to ensure the survival of seamen.

Being originally from Tuscany, biscotti are also known as cantuccini.
It is assumed that at the beginning, the traditional nuts were almond and pine nuts, but today many combinations are possible and imagination (or what we have in the pantry) is the limit: the recipe I followed, for example, called for dried apricots and pistachios but, as I had none of these ingredients at home, I used raisins and almonds.

The biscotti tasted very good and I enjoyed especially having them with coffee. 
In Italy they are usually served as a dessert with a glass of vin santo, where the cookie can be drunked...








































Biscotti de passas e amêndoa
(adaptado da Jamie Magazine nº 37, Março 2013)

125 g de farinha sem fermento
75 g de açúcar
1/2 colher de chá de fermento em pó
Raspa de 1 laranja
50 g de uvas-passa ou sultanas
80 g de miolo de amêndoa com pele
1/2 haste de rosmaninho
1 ovo
1 colher de sopa de leite

Pré-aquecer o forno nos 180º.
Cortar grosseiramente as uvas-passa e as amêndoas e colocar numa taça grande.
Juntar a farinha, o açúcar, a raspa da laranja, o fermento e o rosmaninho bem picado.
Misturar bem.
Noutra taça ou recipiente pequeno, bater ligeiramente o ovo com o leite e juntar aos secos.
Mexer bem com as mãos e amassar até conseguir formar-se um rolo com cerca de 22 cm de comprimento (na receita não diz para achatar o rolo ligeiramente, mas da próxima vez vou fazê-lo, para os biscotti ficarem com um aspecto mais característico).
Levar ao forno num tabuleiro forrado com papel vegetal cerca de 25 minutos ou até ficar bem dourado.
Retirar, esperar alguns minutos para não nos queimarmos e colocar sobre uma tábua. Com uma boa faca de serrilha, cortar às fatias (eu achei que as minhas ficaram muito altas, o ideal é terem cerca de 1 cm de largura). Pousar as fatias no tabuleiro, reduzir a temperatura do forno para os 130º e levar de novo a cozer por mais 10/15 minutos. Retirar do forno e deixar arrefecer antes de servir.

//

Raisins & Almonds Biscotti 
(adapted from Jamie Magazine # 37, March 2013)

125 g plain flour
75 g sugar
1/2 teaspoon baking powder
Zest of 1 orange
50 g raisins
80 g of almond kernels (with skin)
1/2 sprig of rosemary
1 egg
1 tablespoon milk

Preheat the oven to 180 º.
Cut roughly the raisins and almonds and place in a large bowl.
Add the flour, sugar, orange zest, baking powder and finely chopped rosemary.
Mix well.
In another small bowl or container, lightly beat the egg with the milk and add to the dry ingredients.
Mix well and knead with your hands until you can form into a roll about 22 cm long (the recipe says not to flatten the roll slightly, but next time I'll do it, to get the biscotti with a more characteristic form).
Bake on a tray lined with parchment paper about 25 minutes or until golden brown.
Remove from oven, wait a few minutes and put on a chopping board. With a sharp serrated knife, slice into 1 cm thick pieces (I found that mine were too thick). Place the slices on the tray again, reduce the oven temperature to 130º, and let bake for 10/15 minutes.
Remove from oven and allow to cool before serving.

Teresa Rebelo

foto do autor

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