19
Out09
A minha varanda está cheia de ervas.
Alecrim
Cebolinho
Coentros
Hortelã
Manjericão
Poejo
Salsa
Tomilho
Depois de uma primeira tentativa falhada, a que por certo o excesso de luz e calor não foram alheios (a minha única varanda está virada a poente), volto a investir na produção própria de ervas aromáticas.
Não sei até quando vão resistir. É mais uma questão de sorte, porque infelizmente faltam-me o jeito, a experiência e o tempo necessários para cuidar das plantas como deve ser. Às vezes pego nos livros que tenho sobre ervas aromáticas mas é sempre tudo tão a correr, que passados alguns minutos já não sei qual a erva que gosta de sombra, aquela que adora luz ou a outra cuja sede é moderada.
Mas mesmo que seja por pouco tempo - e prometo que desta vez vou fazer um esforço por cuidar melhor delas, até porque conto com a ajuda das mãos da C., bem mais sábias do que as minhas - valeu a pena ver os meus piratas entusiasmados a espetar os pauzinhos com as etiquetas nos vasos, e é sempre engraçado ouvi-los a discutir quem é o primeiro a regar. Quer dizer, engraçado talvez não seja a palavra certa porque raramente chegam a acordo e quase sempre tenho de ser eu a arranjar uma boa teoria para fazer a escala.
Quanto ao privilégio de poder ir na hora buscar umas folhinhas de tomilho fresco para aromatizar uma entrada de queijo ou cogumelos, umas hastes de cebolinho para decorar um patê, um pezinho de salsa para juntar ao pão ralado ou umas folhas de manjericão para terminar a salada, é o sonho de qualquer pessoa que adore cozinhar e comer bem. Espero não ter de acordar do sonho tão cedo.