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Lume Brando

19
Out15

Uma panela com história e uma receita invulgar.

















Quem segue o blog, já sabe que a marca francesa Le Creuset está a celebrar o seu 90º Aniversário.
Nove décadas a fabricar panelas e acessórios de cozinha, dos quais se destacam as famosas panelas em ferro fundido.
Para assinalar esta data tão especial, a marca preparou muitas iniciativas e hoje falo-vos de mais uma: o lançamento de uma réplica em cerâmica do primeiro modelo da marca e na cor original: uma bonita e elegante cocotte na cor laranja vulcânico (existe ainda uma réplica no tamanho e no material da primeira, podem vê-la aqui).

E foi nesta panelinha repleta de história e simbolismo, que preparei esta massa invulgar: totalmente cozinhada no forno.
A ideia retirei-a de um dos blogs mais bonitos que conheço: o espanhol La Receta de la Felicidad. Apesar de Sandra Mangas ser mais conhecida pelas receitas de doces e gelados que parecem mágicos, de tão surpreendentes que são, de vez em quando também nos apresenta receitas salgadas mais simples. Os textos são muito bem escritos, ora mais divertidos, ora mais sérios como o post da receita de 'Pasta directa al horno', que tinha um fim solidário.

A chegada da cocotte foi o pretexto ideal para finalmente experimentar esta forma de cozinhar a massa. Alterei alguns ingredientes, assim como as quantidades e o tempo de cozedura (até porque a cocotte que usei é um pouco maior do que a sugerida na receita original) e gostei bastante do resultado. Sobretudo se pensar que foi só misturar tudo e levar ao forno. Pode não ter ficado o macarrão mais cremoso e suculento de sempre, mas ficou saboroso e julgo que agora é só uma questão de afinar a quantidade dos ingredientes líquidos, para ficar perfeito.















MASSA NO FORNO COM COGUMELOS, ESPINAFRES E BACON
(adaptado daqui)

Para 1 pessoa com muita fome

80 g de macarrão ou outra massa a gosto
85 ml de leite evaporado
85 ml de água
50 g de cogumelos
25 g de espinafres
25 g de bacon fumado em cubinhos
2 colheres de sopa de queijo ralado (emmental, mozzarella, cheddar ou outro a gosto)
Sal qb
Alho em pó qb
Pimenta preta qb

Pré-aqueça o forno nos 180º.
Numa taça, misture todos os ingredientes. Prove o molho para ver se precisa de mais algum ajuste nos temperos.
Verta para a cocotte (a que usei tem 14 cm de diâmetro), tape e leve ao forno durante cerca de 45 minutos. Nos minutos finais, retire a tampa, para ganhar mais um pouco de cor. A massa de cima vai ficar um pouco mais rija e crocante, mas eu acho que faz parte do charme desta receita!






14
Out15

Tarte de Maçã Express.


















A tarte é express e as fotografias foram tiradas a correr.
Mas apesar de não estar satisfeita com a 'sessão fotográfica' - feita ao final da tarde e sempre a olhar para o relógio, não fosse passar a hora de ir buscar os rapazes à escola - resolvi fazer o post: não podia adiar a partilha desta coisa boa, até porque a fiz de propósito para o blog, depois de ter surgido de imprevisto no fim-de-semana.

Não sei se a vocês também acontece, mas comigo é cada vez mais frequente: trazer para casa produtos trocados. Natas para cozinhar em vez de natas para bater, farinha com fermento em vez de sem fermento, iogurtes naturais açucarados em vez de iogurtes naturais. O último engano foi uma embalagem de massa quebrada que devia ter sido folhada. Ou é a pressa ou estou a ficar xexé - torço para que seja a primeira hipótese.

Mas há males que vêm por bem - que o digam as manas Tatin - e dessa minha azelhice nasceu esta tarte deliciosa, recheada com maçãs de Trás-os-Montes. Maçãs que todos os anos por esta altura tenho a sorte de receber de um primo, numa grande caixa vinda de Carrazeda de Ansiães.

Claro que podem usar massa quebrada caseira, mas a ideia é mesmo ser uma receita com atalho.
Na hora de servir, juntem à fatia de tarte uma bola de gelado de baunilha ou de nata polvilhada com canela. Tão bom!


















TARTE DE MAÇÃ EXPRESS

1 base redonda de massa quebrada
4 ou 5 maçãs, de acordo com o seu tamanho
Sumo de 1/2 limão
3 colheres de sopa de açúcar amarelo, ou a gosto
1 colher de chá de canela, ou a gosto
2 vagens de cardamomo - só as sementes
Ovo batido para pincelar

Pré-aqueça o forno nos 180º.
Descasque as maçãs, parta-as em metade e retire-lhes o caroço e as pevides. Vá colocando as maçãs numa taça, regando com o sumo de limão.
Com uma mandolina (pode ser com uma faca, mas a mandolina é altamente recomendável), lamine as maçãs. As fatias, ao ficarem assim fininhas, vão cozer facilmente e virar uma espécie de puré.
Junte o açúcar, a canela e as sementes de cardamomo entretanto moídas num almofariz. Misture tudo muito bem com as mãos.
Desenrole a massa quebrada e disponha a mistura de maçã numa das metades do círculo. Tape com a outra metade e una bem as bordas a toda a volta.
Pincele com o ovo e faça umas incisões na massa, com uma faca, para que saia o vapor durante a cozedura.
Leve ao forno (aproveite o papel vegetal que vem com a massa) e coza durante cerca de 45 minutos.

Nota: pode usar outras especiarias a gosto, como noz-moscada, por exemplo, ou ficar-se só pela canela, mas o cardamomo dá-lhe um sabor ligeiramente diferente e especial.


06
Out15

O segredo está na massa.





Em tom de brincadeira, às vezes digo que noutra encarnaçãodevo ter sido minhota. Uma origem imaginária que concorre diretamente com aToscana italiana. Do Minho sou fã da simpatia vaidosa das suas gentes, dosbordados, da filigrana, das romarias. De Itália, gosto sobretudo da comida e dalíngua, tão verbal como gestual. Pensando bem, a mão na anca de uma mulher doMinho e os dedos unidos virados para cima de uma nonna italiana, não são gestos assim tão diferentes.

Na paisagem estão as regiões empatadas, mas na comida, e pormuito que goste de rojões e outras iguarias minhotas, Itália leva de facto amelhor. Dêem-me uma salada caprese e eu fico feliz; dêem-me um simples esparguetesalteado em alho e azeite e eu fico satisfeita; dêem-me um affogato e eu já não peço mais nada.

E depois há os 1001 tipos de pasta, com nomes e formas tãoincríveis como “sorprese lisce”, “treccine”, “risoni”, “lancette”, “bavette”,“garganelli”, e tantos outros. A variedade de formas que os italianos dão àmassa é, aliás, uma grande arma de quem cozinha todos os dias para a família.Quando me surge aquela dúvida chata sobre o que fazer para o jantar, muitasvezes recorro a uma receita de sempre, mas mudo-lhe o tipo de massa. Sei quevai agradar sem parecer repetitivo.

Para o prato que se segue, não é preciso nenhum tipo demassa raro ou sofisticado: basta um humilde macarronete (ou pennoni rigate), e mais algunsingredientes que é sempre bom ter na despensa.

Texto e receita publicados no jornal Observador em 13/05/2015.

















MACARRONETE COM TOMATE SECO E AZEITONAS

Para 2 pessoas

160 g de macarronete
75 g de azeitonas pretas descaroçadas
40 g de tomate seco (preferencialmente em azeite)
1 cebola
3 dentes de alho
Azeite qb
Óregãos secos qb
Salsa ou manjericão fresco qb
Sal e pimenta preta a gosto
Nozes qb (opcional)
Queijo parmesão ou grana padano para servir


Coza a massa seguindo as instruções da embalagem.
Enquanto isso, pique a cebola e os alhos.
Leve uma sertã ao lume com um fundo de azeite e cozinhe aí acebola e os alhos picados até começaram a alourar.
Escorra o tomate seco, parta em pedacinhos e junte à sertã.Deixe a cebola e o alho ganharem alguma cor do tomate e junte as azeitonas.
Quando a massa estiver cozida, escorra-a reservando algumaágua da cozedura.
Prove a mistura de tomate seco e azeitonas e retifique desal, se achar necessário (o tomate e as azeitonas já têm sal) e tempere com umpouco de pimenta preta acabada de moer. Junte a massa a esta mistura, envolvabem e junte um pouco da água da cozedura. Junte as ervas frescas e envolvanovamente.
Prove e retifique novamente os temperos se for necessário.
Coloque no prato de servir e salpique com algumas nozespicadas.
Sirva com o queijo parmesão, ou grana padano, ao lado.

Nota: se usar tomateseco sem estar em azeite, hidrate-o; antes de começar a cozinhar, coloque-onuma taça com um pouco de água e um fio de azeite (para amaciar); depois dejuntar o tomate escorrido à sertã, pode adicionar também um pouco deste líquidopara dar sabor.





Teresa Rebelo

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