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Lume Brando

20
Fev15

Do meu tipo de pratos favoritos.


















Adoro um bom gratinado. Acho que é um exemplo maior da chamada comida de conforto.
E estamos em plena época dos gratinados, pois é uma forma deliciosa de utilizar os legumes de Inverno: a batata-doce, o nabo, a beterraba, a abóbora...

Tanto mais que, apesar do tempo ter espevitado durante o Carnaval, as temperaturas voltaram a baixar, chove lá fora e afinal o forno não é para deixar de usar tão cedo - na verdade, quem já me conhece, sabe que são poucos os dias no ano em que não o ligo, o mau tempo é só um argumento que ajuda a apaziguar a minha consciência relativamente ao gasto de energia!

Encarem este gratinado mais como uma sugestão do que uma receita, pois podem fazer imensas alterações, a começar pelos próprios legumes. Podem usar batata 'normal', podem omitir um ou mais legumes, podem usar natas em vez de leite (omitindo o queijo-creme), entre outras variações.

O importante é ficar bastante tempo no forno para os legumes ficarem bem macios e absorverem bem os sabores. Por motivos de 'logística familiar', tive de fotografar antes da cozedura ter terminado. Estas belezas voltaram para o forno depois da sessão fotográfica e foi aí que o gratinado ganhou a cor final, um dourado mais acastanhado, e a superfície crocante a contrastar com os legumes macios do interior.

Bom fim-de-semana!

















GRATINADO DE BETERRABA, NABO, BATATA-DOCE E CENOURA

(para 4 cocottes)

1 cenoura média
1 nabo médio
1 beterraba média
1 batata-doce média
300 ml de leite (usei magro, mas podem usar outro tipo)
1 colher de sopa de queijo-creme tipo Philadelphia
Queijo parmesão a gosto
Queijo cheddar a gosto
Sal qb
Pimenta preta qb
Tomilho seco qb
Noz-moscada qb
Manteiga qb

Ligue o forno nos 200º.
Descasque os legumes e, com a ajuda de uma mandolina, corte-os em rodelas o mais finas que conseguir, para taças diferentes.
Unte as cocottes com manteiga.
Junte o queijo-creme ao leite, tempere com um pouco de sal, noz-moscada e pimenta preta acabada de moer e mexa bem com uma vara de arames. Vão ficar alguns grumos de queijo, não se preocupe. Reserve.
Faça uma camada generosa de um dos legumes nas cocottes, rale um pouco de parmesão e cheddar diretamente para a cocotte e salpique com uma pitada de tomilho seco; faça nova camada de legumes, rale novamente um pouco de parmesão e cheddar, adicione mais um pouco de tomilho e assim sucessivamente até ter uma camada de cada legume, terminando com mais queijo ralado e tomilho (a minha última camada foi de beterraba).
Verta a mistura do leite só até cerca de metade de cada cocotte. Tape (se as suas cocotte não tiverem tampa, cubra-as com alumínio) e leve ao forno cerca de 25 minutos. Isto vai fazer aumentar o líquido e fazer com que o gratinado não seque demasiado na fase seguinte. Como pode escorrer algum líquido da cocotte, pode proteger o fundo do forno com um tabuleiro ou papel de alumínio. Destape e deixe cozer mais cerca de 30 minutos ou até estar bem dourado e ao introduzir uma faca sentir os legumes macios. Deixe repousar uns 10/15 minutos antes de servir, como entrada, acompanhado de uma salada de rúcula ou outras folhas verdes.


18
Fev15

Combinação provável.


















Juntar chocolate e castanha em sobremesas não é nada de novo.
Ao mesmo tempo que escrevia este post, resolvi fazer o teste do google: em resposta às palavras-chave "chocolate e castanha" recebi "cerca de 519.000 resultados em 0,35 segundos".
E um resultado extra: a vontade imediata de experimentar mais receitas com esta dupla de peso.

Às vezes faço mousse de castanha e coloco raspas de chocolate negro por cima (um dia destes tenho de fotografar a receita e publicar no blog), outras vezes faço crepes com recheio de castanha e molho de chocolate, mas em bolo nunca tinha experimentado, à excepção de uma torta de chocolate recheada com um creme feito de natas e creme de castanha, delicioso, mas que se partiu e eu não consegui fotografar.

A semana passada o meu pai fez anos e não sabia que bolo fazer. Acho que já disse aqui que não ando muito virada para bolos de aniversário de chocolate, mas pensei que o mais certo era a família já ter saudades. Resolvi então fazer um bolo de chocolate - uma versão um pouco diferente desta receita - com recheio e cobertura novos. Fez sucesso e adorei a experiência de juntar o creme de castanha ao mascarpone: ficou um creme leve, pouco doce (o bolo é doce quanto baste) e permite usar o bico pasteleiro. Que mais podia desejar? Só um pouco de cacau em pó antes de servir!



BOLO DE CHOCOLATE COM RECHEIO DE CASTANHA E COBERTURA DE CASTANHA E MASCARPONE

2 chávenas* de açúcar amarelo
4 ovos
1 chávena de óleo vegetal (girassol, por exemplo)
1 chávena de água a ferver
1 colher de sopa de café solúvel (Nescafé, por exemplo)
1/2 chávena de chocolate em pó
1/2 chávena de cacau em pó
2 chávenas de farinha
2 colheres de chá de fermento em pó
+
1/2 chávena deste molho de chocolate diluído em água (opcional)
1 frasco de doce de castanha baunilhado Bonne Maman**
150 g de queijo mascarpone
Cacau em pó para servir

Pré-aqueça o forno nos 180º. Unte com manteiga e polvilhe com farinha duas formas redondas de 20 cm de diâmetro, forre-lhes o fundo com papel vegetal e unte/polvilhe o papel também.
Numa taça, bata bem o açúcar com os ovos e o óleo. Junte a água a ferver, mexa bem e junte o café em pó. Mexa bem e junte o chocolate e o cacau em pó. Quando estiverem bem dissolvidos, envolva a farinha e o fermento. Distribua pelas formas e leve ao forno cerca de 30 minutos ou até um palito sair seco do seu interior. Poderão abrir umas rachas à superfície, não se preocupe.
Retire do forno e deixe arrefecer bem.
Quando estiverem frios, coloque um dos bolos no prato de servir, pique-o com um palito e regue com um pouco deste molho, mas diluído num pouco de água - até ficar mais fluído - e depois aquecido e coado (este passo de regar os bolos é opcional, eu tenho sempre medo de que os bolos fiquem secos e normalmente adiciono-lhes calda, mas neste caso não é obrigatório).
Reserve 200 g de doce de castanha e use o restante para rechear, espalhando-o pela superfície do bolo. Coloque o outro bolo por cima, com a parte mais perfeita para cima (se quiser um resultado profissional, nivele os bolos retirando com uma faca os excessos de massa; eu não fiz isso). Pique também este bolo e regue com mais um pouco de molho (antes de começar a decorar/montar, talvez seja melhor colocar um pouco de papel vegetal debaixo do bolo, a toda a volta, para não sujar o prato; no final é só puxar os pedaços de papel vegetal e o prato estará limpo).
Junte ao mascarpone o creme de castanha  Mexa bem para conseguir um resultado uniforme. Reserve cerca de 3/4 de chávena para a decoração final e barre todo o bolo com o creme restante. Por fim, com um saco e bico pasteleiro em forma de estrela, faça os efeitos no topo do bolo. Polvilhe com cacau em pó antes de servir.

*Chávena-medida utilizada = 250 ml de capacidade

**Eu sou fã deste doce e acho que é daqueles casos em que não compensa fazer o doce em casa. Em todo o caso, podem experimentar fazer o doce de raiz com esta receita maravilhosa do blog Coco e Baunilha.




11
Fev15

Hora do chá.

 




Super-alimentos, sementes, farinhas menos processadas, gorduras mais saudáveis, adoçantes menos calóricos, produtos biológicos...  São cada vez mais os blogs, as receitas e os artigos que referem estes ingredientes. É uma tendência que vou seguindo com alguma atenção, mas sem fundamentalismos.

Na minha família e no meu grupo de amigos, a cozinha tradicional ou, digamos, mais convencional, tem um enorme peso e é um património afectivo e cultural que não pretendo desbaratar.
Isso não quer dizer que não me preocupe em cozinhar refeições equilibradas, que não goste de experimentar coisas novas e não queira aos poucos fazer pequenas mudanças nos meus hábitos alimentares. Mas, como já disse, sem radicalismos: comer um pouco de tudo continua a ser a minha dieta preferida!

Estes scones são um exemplo de alterações que se podem introduzir numa receita 'tradicional', tornando-a mais nutritiva. E sem grandes custos acrescidos (sim, não esqueçamos que, de uma maneira geral, os alimentos 'alternativos' são mais dispendiosos do que as opções 'tradicionais'). 

Uns scones um pouco diferentes mas muito saborosos (atualização: mesmo já frios!), que acompanham na perfeição o chá de alfazema, camomila e erva-príncipe (Sleep Tight), e a deliciosa compota de medronho da Amor à Terra - uma marca portuguesa de produtos naturais, também ela empenhada em levar mais saúde à nossa mesa. Saibam mais sobre esta marca, os seus produtos e as suas embalagens bonitas, aqui.


















SCONES DE AVEIA E SEMENTES
Para cerca de 12

125 g de farinha de trigo sem fermento
100 g de farinha de espelta
40 g de açúcar
30 g de flocos de aveia
30 g de manteiga fria
2 colheres de chá de fermento em pó
1 ovo
2 colheres de chá de sementes de sésamo brancas (usei da Sementina)
2 colheres de chá de sementes de girassol (usei da Sementina)
1 colher de chá de sementes de chia (usei da Sementina)

Pré-aquecer o forno nos 180º.
Numa taça grande colocar todos os ingredientes. Com as mãos, sobretudo com a ponta dos dedos, juntar os ingredientes, só até obter uma massa ligada e moldável (não amassar demasiado).
Fazer pequenas bolas e colocar sobre um tabuleiro anti-aderente, achatando-as ligeiramente.
Levar ao forno entre 15 a 20 minutos ou até os scones estarem 'secos' e a começar a dourar.
Servir ainda quentes com chá e compota (nas fotos, chá Sleep Tight e compota de medronho da Amor à Terra).





06
Fev15

O bom do Inverno.



Quando olho para o calendário e vejo que ainda faltam muitas semanas para podermos começar a largar os casacos pesados, suspiro e tento concentrar-me naquilo que o Inverno tem de bom.
E se há uma coisa de que eu gosto nesta estação são os legumes: os de folha verde, bem viçosos, como as couves, os grelos e as nabiças, a batata doce, os nabos e a abóbora. Há menos variedade de fruta, é verdade, mas para compensar temos estes ingredientes substanciais e reconfortantes, perfeitos para combater as temperaturas pouco simpáticas que estão lá fora.

Assados no forno, salteados, ou simplesmente cozidos ao vapor, têm sido presença constante na minha cozinha. Uma abundância feliz mas desafiante, porque não gosto de os preparar sempre da mesma forma. E foi na procura de uma utilização um pouco diferente para a abóbora, que me lembrei da receita que há muito tinha marcado no livro "Receitas fáceis para todos os dias", da Luísa Ginoulhiac. Tinha adorado a ideia dos cestos feitos de queijo e resolvi experimentar.

Não usei parmesão mas sim grana padano, que era o queijo mais parecido que tinha e resultou muito bem. Esta é daquelas receitas que valem tanto pelo sabor como pelo aspecto, tenho a certeza de que irão surpreender a família ou os amigos se a experimentarem aí em casa. E o melhor é que funciona com quase tudo o que tiverem no frigorífico: abóbora com nabiças ou espinafres; tomates cereja, rúcula e cebola roxa; alho-francês, bacon, curgete e beringela, como na receita original, ou até para servir o risotto, como a Luísa refere.

Bom fim-de-semana!

















CESTOS DE QUEIJO COM ABÓBORA, NABIÇAS E NOZES
(adaptado daqui)

Para 4 cestos

80 g de queijo parmesão ou grana padano ralado em fios grossos (usei um ralador deste género)
2 chávenas almoçadeiras de abóbora em cubos
1/2 molho de nabiças (folhas)
2 dentes de alho
Azeite qb
Sal e pimenta preta qb
Noz-moscada qb
Mistura de especiarias 'Itália' qb (usei uma mistura daqui)
Nozes para servir

Ligar o forno nos 200º. Forrar um tabuleiro com papel vegetal.
Ralar o queijo e, com a ajuda de um aro (usei um com 9 cm de diâmetro), fazer 4 círculos de queijo, bem espaçados entre si. Levar ao forno cerca de 6-8 minutos. Vá espreitando e retire quando o queijo estiver todo derretido e começar a alourar. Com cuidado e com a ajuda de uma espátula, retire os círculos e coloque cada um sobre uma taça ou tigela pequena virada ao contrário, fazendo alguma pressão com as mãos, para moldar o queijo à taça. Deixe arrefecer e endurecer.
Entretanto leve um fio de azeite ao lume numa frigideira anti-aderente com os dois dentes de alho esmagados, junte a abóbora, tempere de sal e deixe cozinhar, refrescando de vez em quando um borrifo de água. Tempere com pimenta preta acabada de moer, um pouco de noz-moscada e a mistura de especiarias. Deixe cozinhar mais um pouco e quando estiver al dente, junte as folhas de nabiça, deixe murchá-las e cozinhar um pouco, envolva bem, retifique os temperos e retire do lume, descartando os dentes de alho. Desenforme os cestos, coloque-os no(s) prato(s) de servir, encha-os com os legumes e salpique com nozes. Está pronto a servir.

Teresa Rebelo

foto do autor

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