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Lume Brando

29
Jan14

Comida de conforto que não vai ao forno.

 

 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Podia dizer que toda a comida que eu considero 'de conforto', vai ao forno.
Mas como todas as regras, esta também tem excepção.
Se calhar mais do que uma, porque uma taça de sopa fumegante (dependendo dos ingredientes e da textura), também é capaz de me deixar mais animada num dia feio.
Estas almôndegas, feitas a partir de salsichas frescas, têm essa capacidade. E não é só em mim.
Basta ver a cara de alegria dos homens cá de casa, do maior ao mais pequeno, quando lhes digo que isto vai ser o jantar.
Aprendi a fazer almôndegas a partir de salsichas frescas com o Jamie Oliver.
Acho uma ideia genial e apesar de não cozinhar com muita frequência carne de porco, adoro estas bolinhas deliciosas, que fui adaptando aos nossos gostos.
Sei que já há salsichas frescas de peru, por exemplo, mas nunca experimentei e desconfio que não ficam tão saborosas.
E se é para confortar, mimar e lamber os beiços, então que se abra a excepção.
Que por estes dias húmidos, frios e cinzentos, bem precisamos.






 

ALMÔNDEGAS DE SALSICHA FRESCA COM MOLHO RICO DE TOMATE

Para 4 pessoas

750 g de salsichas frescas
1 cebola grande
3 dentes de alho
Farinha qb
Azeite qb
Molho de tomate*
1 raminho de salsa ou coentros
Arroz branco, puré de batata, esparguete ou cuscuz para servir

Num tacho grande, deite um fundo de azeite e leve a alourar a cebola picada e os alhos igualmente picados.
Coloque um pouco de farinha num prato fundo ou taça larga.
Com uma faca, faça uma incisão ao longo do comprimento das salsichas e retire a pele. Com as mãos húmidas, retire pedaços de carne e faça bolinhas. Passe as bolinhas pela farinha e vá colocando no tacho, assim que a cebola e o alho tiverem amolecido e começado a dourar.
Vá descolando as bolinhas do fundo do tacho, com cuidado para não se desfazerem, de forma a que todas fiquem ligeiramente coradas e 'seladas', uns 10/15 minutos.
Junte o molho de tomate e deixe cozinhar em lume brando mais 20/25 minutos, acrescentando água e rectificando os temperos se for necessário. Mexa de vez em quando, para evitar que as almôndegas colem ao fundo do tacho e fiquem queimadas.
Nós gostamos de as comer com cuscuz simples, mas podem servir com outros acompanhamentos, como puré de batata ou arroz branco.

Gosto de fazer o molho de tomate com antecedência e juntá-lo na hora às almôndegas, mas se não tiver o molho já pronto, pode juntar os ingredientes do molho (vinho branco, louro, tomate, pimento e cenoura) às almôndegas: ainda na fase do refogado, junte o louro e refresque com um pouco de vinho branco. Depois junte o tomate, o pimento e a cenoura, tudo partido em pedacinhos. Deixe cozinhar bem, rectificando os temperos antes de servir.

*Molho de tomate

3 tomates grandes e maduros (ou 1 lata de tomate pelado)
1 cebola
2 dentes de alho
1/2 pimento vermelho (fresco ou de conserva)
1 cenoura média
1 folha de louro
Vinho branco qb
Azeite
Sal e pimenta preta acabada de moer

Levar ao lume o azeite, a cebola, o alho e o louro. Quando a cebola estiver translúcida e a querer dourar, juntar a cenoura e o pimento partido em cubinhos e o tomate sem pele, temperar de sal e deixar cozinhar alguns minutos. Juntar um pouco de vinho branco e deixar cozinhar mais uns 10 minutos.
Retirar o louro e retificar os temperos juntando um pouco de pimenta preta acabada de moer. Triturar (eu faço tudo na Bimby) e usar ou guardar em frascos para utilizar mais tarde.


24
Jan14

Aromatizar. Esperar. Provar.





Há muito, muito tempo, ofereceram-me um azeite aromatizado com orégãos.
Era muito bom. Usava-o para temperar saladas. As de tomate e mozzarella, então, ficavam divinais.
Quando estava a terminar, coloquei um pouco mais de azeite na garrafa, mas nunca mais foi a mesma coisa.

Umas semanas antes do natal, encontrei no Jumbo uns sacos de celofane com orégãos ainda em ramo.
"É desta que vou conseguir reproduzir aquele azeite maravilhoso", pensei. "E vou fazer algumas garrafas para oferecer".

Pois. Já sabem o que acontece à maior parte das boas intenções. Até dizem que há um sítio, nada recomendável, cheio delas.
O natal passou sem que eu conseguisse fazer a experiência. Nem para mim, nem para dar.
Mas esta semana, o medo de que os orégãos começassem a perder o seu sabor falou mais alto do que outros itens numa longa lista de afazeres.

Para além da versão com orégãos, decidi fazer uma com louro e grãos de pimenta, que estou a pensar usar em assados.
Estas duas garrafinhas cheias de ouro líquido já repousam sossegadas num armário escuro.
Agora restam-me duas ou três semanas de ansiosa espera...














AZEITE AROMATIZADO

Garrafas esterilizadas - usei de 600 ml
Azeite extra virgem de qualidade
Ervas secas ou especiarias a gosto

Versão orégãos
600 ml de azeite extra virgem
4 raminhos de orégãos

Introduzir na garrafa limpa os raminhos de orégãos com as folhas viradas para baixo. Os ramos não devem ficar demasiado compridos, para que o azeite os possa cobrir por todo. Encher o frasco com azeite. Tapar bem e guardar num sítio fresco e escuro por duas a três semanas antes de começar a utilizar.

Versão louro e pimenta
600 ml de azeite extra virgem
3 folhas grandes de louro seco
4/5 grãos de pimenta preta, da Jamaica ou outra pimenta a gosto

Introduzir na garrafa limpa as folhas de louro e os grãos de pimenta (eu não coloquei muita quantidade nem de louro nem de pimenta, pois tive receio de que ficasse muito forte). Encher o frasco com azeite. Tapar bem e guardar num sítio fresco e escuro por duas a três semanas antes de começar a utilizar.

Prometo que quando provar o resultado, darei notícias.

16
Jan14

Magyarok*





















*Húngaros em húngaro, segundo o tradutor do Google.
E ainda de acordo com esta aplicação, "finom keksz" é o correspondente a "bolachas deliciosas": a melhor expressão para descrever as estrelas deste post.
No entanto, e por mais palavras-chave que tenha colocado no motor de busca, não consegui encontrar nenhuma explicação para o nome deste mimo clássico da minha infância (ou da minha vida, pois ainda hoje continuo a gostar e a comer destas bolachinhas com dupla personalidade). Nem mesmo a expressão 'hungarian cookies' me trouxe uma pista. Imagino, por isso, que a origem da receita esteja relacionada com algum episódio curioso de um qualquer pasteleiro português, sem qualquer relação ao país que lhe deu o nome (mas se por acaso conhecerem a sua história, partilhem comigo por favor).

Doce húngaro, sortido húngaro, húngaros... a terminologia vai variando de confeitaria para confeitaria, assim como a qualidade da bolacha. E se não queremos ficar desiludidos, o melhor é fazê-las em casa.

Carinhosamente enviada por uma amiga e fã do blog, esta é uma receita muito simples e fácil de fazer, que garante um resultado perfeito: a massa fica leve e a desfazer-se imediatamente na boca, com aquele sabor típico dos húngaros, dado pelas gemas cozidas. Para uma versão igualmente boa e fácil, mas não tão fiel à original, é só clicar aqui.

Jó étvágyat!*


HÚNGAROS
(para cerca de 50 bolachas; pode facilmente duplicar ou triplicar a receita)


75 g de açúcar em pó
125 g margarina para bolo-rei
4 gemas cozidas
200 g farinha com fermento
40 g de amido de milho (Maizena)
350 g de pastilhas de chocolate preto para fundir

Cozer 4 ovos e reservar as gemas (pode aproveitar as claras para picar e colocar por cima de uma sopa ou de uma salada).
Pré-aquecer o forno nos 200º.
Num robot de cozinha, colocar o açúcar e a margarina ebater bem.
Juntar as gemas (podem estar ainda quentes) e por último as farinhas.
Retire a massa, dê-lhe a forma de uma bola e estenda-a com o rolo numa superfície enfarinhada até obter a espessura desejada (3 a 5 mm - não gosto delas muito altas).
Use cortadores para fazer as bolachas e distribua-as por tabuleiros anti-aderentes ou forrados com papel vegetal. Leve a cozer cerca de 8/10 minutos. Vá espreitando o forno, pois esta massa coze rápido, imagino que seja porque as gemas já estão cozidas.
Retire do forno, levante as bolachas com cuidado do tabuleiro (com uma espátula fina, por exemplo, pois partem com facilidade) e deixe arrefecer sobre uma grade de pastelaria.
Leve o chocolate a derreter em banho-maria (a água do recipiente de baixo não deve tocar no recipiente do chocolate).
Coloque o chocolate derretido numa taça relativamente estreita mas onde caiba uma bolacha de cada vez. Vá mergulhando as bolachas no chocolate cobrindo metade da bolacha e colocando a secar num tabuleiro forrado com papel vegetal. Se estiver com pressa, leva o tabuleiro ao frigorífico e o chocolate solidificará muito rapidamente.
Guarde em caixas herméticas ou frascos, depois do chocolate bem seco.

*Bom apetite em húngaro ;)


02
Jan14

Uma pavlova para começar bem o ano.

Primeiro post de 2014. Primeira experiência culinária do ano.
Não era por não ter uma batedeira boa, com apoio, que nunca tinha feito pavlova, mas é verdade que ter recebido uma KitchenAid vermelha, linda, no Natal (surpresa do meu provador-mor), incentivou-me a não adiar mais a experiência.

O ar festivo das pavlovas, que as tornam perfeitas para esta quadra, foi também um dos motivos que me empurraram para a cozinha na madrugada do dia 1. Assim poderia levar uma sobremesa vistosa e diferente para o almoço de Ano Novo em casa dos meus pais.
Apesar de obrigar a uma cozedura demorada (a receita que segui era especialmente lenta, com o forno a uma temperatura muito baixa, para garantir a brancura do suspiro), é muito fácil de fazer e o resultado superou as minhas expectativas: crocante por fora, húmida e macia por dentro, num equilíbrio bem mais interessante do que nos suspiros de compra que costumo usar para fazer a sobremesa de colher que podem espreitar aqui.

Outra coisa boa das pavlovas é que podem ser conjugadas com os sabores e as frutas de que mais gostarmos. As natas e os frutos vermelhos são um clássico, mas tenho visto pavlovas de chocolate com um aspecto igualmente delicioso e que quero em breve experimentar. Sim, porque uma das minhas resoluções para o novo ano é cozinhar mais, experimentar mais, mimar mais a família e os amigos...

Bom Ano para todos!








PAVLOVA DUPLA COM FRUTOS VERMELHOS

Para os merengues:
(adaptado da revista Good Food - Maio 2011)

8 claras de ovo (+-250 g de claras)
480 g de açúcar
1 colher de sopa de farinha de milho
1 colher de sopa de vinagre de sidra
1 pitada de sal

Para o recheio e cobertura:

400 g de frutos vermelhos (congelados ou um mix de frescos e congelados - usei morangos e framboesas congeladas)
3 colheres de sopa de açúcar amarelo
1/2 romã
400 ml de natas para bater
Algumas gotas de sumo de limão
3 colheres de sopa de açúcar em pó (ou a gosto) + algum para polvilhar
Folhinhas de hortelã

Pré-aqueça o forno nos 110º com a ventoinha ligada (liguei a ventoinha porque cozi os dois merengues ao mesmo tempo em dois níveis do forno).
Desenhe numa folha de papel vegetal um círculo com 26 cm de diâmetro e noutra folha um círculo de 20 cm de diâmetro. Coloque as folhas sobre tabuleiros de ir ao forno, com a marca do lápis virada para baixo.
Comece a bater as claras, que devem estar à temperatura ambiente, com uma pitada de sal. No início sem o açúcar, mas quando começarem a ganhar picos consistentes, junte o açúcar aos poucos, continuando a bater até estar firme e brilhante. Antes de juntar a última porção de açúcar, junte a farinha de milho e o vinagre.
Coloque colheradas de merengue dentro dos círculos desenhados, abatendo um pouco no centro e mantendo os lados mais altos e irregulares. Leve a cozer durante 30 minutos e depois reduza a temperatura para 90º/ventoinha e deixe cozer durante mais 1h30. Desligue o forno, entreabra ligeiramente a porta e deixe as pavlovas arrefecerem dentro do forno.
Depois de frias, se não for usar logo, guarde-as numa caixa hermética.

Montar/ decorar:
Com cerca de 2 ou 3 horas de antecedência, coloque os frutos congelados numa taça, envolva-os no açúcar amarelo e deixe descongelar (vão largar um sumo delicioso que vamos usar depois na decoração).
Bata as natas com o açúcar em pó até ficarem firmes (a meio do processo junte umas gotas de sumo de limão: vai ajudar a que fiquem mais espessas).
Num prato com rebordo, coloque o suspiro maior, espalhe colheradas de chantilly e metade dos frutos.
Coloque o outro suspiro por cima e repita a operação: camada de natas seguida de camada de frutos, salpicando com os bagos de romã. Regue com algum do sumo largado pelos frutos, espalhe algumas folhinhas de hortelã e polvilhe com açúcar em pó.
Está pronto a servir.

Teresa Rebelo

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