Com crianças pequenas em casa é difícil resistir ao Dia das Bruxas. Ainda que esta seja uma tradição 'importada', não deixa de ser um óptimo pretexto para fazer coisas giras com os miúdos. Depois das abóboras escavacadas, das teias e das aranhas pintadas na cara, foi a vez das bolachas assustadoras. Bom feriado para todos!
Eu sou a Teresa Rebelo. Nasci no ano da revolução dos cravos, sou casada e tenho dois filhos rapazes. Vivo na Maia, a 15 minutos do Porto, essa cidade que me enche de orgulho de ser portuguesa e do norte.
Sou licenciada em Comunicação Social pela Universidade do Minho e fiz uma pós-graduação em Marketing, tendo trabalhado vários anos como redatora publicitária. Quando me tornei freelancer, ganhei tempo para a família, nomeadamente para os meus dois piratas, e para o Lume Brando, blogue que criei nos finais de 2004.
Na minha família, cozinhar e celebrar as datas especiais em casa é algo natural, que tem vindo a ser perpetuado pelas gerações mais novas. Desde que me conheço que adoro ler livros de cozinha como se fossem romances e passar horas em frente ao fogão e ao forno. No entanto, fico dividida e não sei o que responder quando me perguntam se gosto mais de cozinhar... ou de comer!
Cozinho de tudo, mas o que me dá mais gozo fazer são entradas, petiscos, sobremesas e bolos, e são essas as receitas que mais vezes aparecem no blogue. Em 2015, fui convidada pela Matéria-Prima Edições a escrever um livro. “Estava Tudo Ótimo!” chega às livrarias em outubro de 2016 e é a resposta a esse desafio, reunindo duas das minhas paixões: a cozinha e as mesas bonitas.
Hoje houve lanche especial na sala do L. O motivo era celebrar a conquista da aprendizagem das vogais: um marco importante para quem começou há pouco mais de um mês a escola "a sério". A professora convidou os meninos a levarem algo alusivo ao tema e este foi o contributo que saiu cá de casa: um bolo mármore recheado com chocolate e umas bolachinhas de manteiga. Espero que os miúdos tenham gostado. O L. adorou!
Continuo numa fase de descoberta em termos de decoração...
Com o resto do creme de manteiga que usei nos minicupcakes do post anterior (tinha refrigerado as sobras sem corante), resolvi fazer uma nova experiência com bico pasteleiro, desta vez o #233 da Wilton.
Por dentro, bolo de iogurte, uma receita do livro Chocolate & Zucchini. Adorei: ficou bastante mais fofo e húmido do que os bolos de iogurte que até aqui tinha feito ou provado.
O recheio é uma ganache de chocolate que também andava pelo frigorífico, mas o bolo é óptimo mesmo sem qualquer recheio ou cobertura! E como é que eu sei disto? Porque este bolo foi feito a partir de um bolo maior, com a ajuda de um cortador de bolachas, tendo sobrado bastantes aparas deliciosas...
Bolo de iogurte (fiz metade desta receita)
80 ml de óleo vegetal + algum para untar a forma 250 g de iogurte natural 200 g de açúcar 2 ovos L 1 colher de chá de extracto de baunilha(não usei) 1 colher de sopa de rum (opcional) 240 g de farinha sem fermento 1 1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio 1 colher de chá de fermento em pó Uma boa pitada de sal
Pré-aquecer o forno nos 180º. Untar uma forma com cerca de 25 cm, forrar o fundo com papel vegetal e untar este também (em alternativa, usar uma forma de fundo amovível). Numa taça, e com a ajuda de um batedor de varas, bater o iogurte com o açúcar. Adicionar os ovos, um a um. Juntar a baunilha, o óleo e o rum, se for caso disso, e bater bem. Noutra taça juntar a farinha, o bicarbonato, o fermento e o sal e adicionar esta mistura seca ao preparado da outra taça. Misturar muito bem e verter para a forma. Cozer durante cerca de 35/40 minutos ou até um palito sair seco do seu interior. Deixar arrefecer uns 10 minutos e desenformar.
Uns queques que combinam com o Verão tardio que teima em fazer-nos companhia por estes dias. Recentemente comprei estas forminhas de papel que fazem lembrar pétalas ou folhas, e achei que quando as usasse o tema deveria andar à volta de flores: estava encontrada a desculpa perfeita para finalmente decorar com creme de manteiga e saco/bico pasteleiro, inspirada no trabalho de Amanda do blog I am baker, de que sou absolutamente fã. E estava criado o cenário ideal para fazer umas experiências fotográficas, no âmbito do curso de fotografia que estou a fazer (e a adorar!).
Fiquei bastante satisfeita com o 'creme de manteiga', quer em termos de sabor e textura, quer no que diz respeito ao comportamento com os corantes e o saco pasteleiro (com o qual ainda estou a dar os primeiros passos). Para mim, este tipo de decoração é bem mais comestível do que a pasta de açúcar, embora continue a achar que os cupcakes valem sobretudo pelo aspecto visual. Se estivermos a falar de sabor e do prazer de comer, confesso que os prefiro bem mais simples!
A massa era de chocolate - uma receita de que gosto bastante e que já tinha publicado aqui, mas como fiz apenas 1/3 da receita, deixo aqui os ingredientes nas quantidades que utilizei desta vez.
Agora, estou ansiosa por experimentar este tipo de cobertura num bolo.
Fiquem atentos!
Minicupcakes de chocolate, decorados com creme de manteiga Para cerca de 18
Para a base de chocolate 30 g de manteiga 60 g de açúcar 55 g de chocolate culinária 30 g de farinha 1/2 colher de café de fermento 2 ovos separados
Para a cobertura (adaptado daqui) 4 chávenas* de açúcar em pó 1 chávena* de margarina (usei 2/3 margarina e 1/3 manteiga) Leite qb
Pré-aquecer o forno nos 180º. Bater bem a manteiga com o açúcar. Juntar as gemas. Derreter o chocolate com um fio de leite ou água e juntá-lo à mistura anterior. Adicionar a farinha e o fermento e por fim envolver as claras batidas em castelo. Distribuir pelas forminhas de papel e levar ao forno cerca de 15/20 minutos, ou até ganharem uma crosta firme (devem ficar bem cozidos mas relativamente húmidos por dentro).
Enquanto estão no forno, preparar o creme de manteiga: bater a manteiga/margarina (segundo a Amanda do I am baker, usar margarina em vez de manteiga torna o creme mais consistente) num robot de cozinha (Bimby: alguns segundos Vel.5). Juntar uma chávena de açúcar em pó de cada vez (Bimby: cerca de 5 segundos Vel.5 de cada vez ). Praticamente no final, ver a consistência: se estiver demasiado espesso, juntar um fio de leite e misturar novamente, se estiver demasiado fluído, juntar mais açúcar e misturar igualmente.
Dividir 3/4 do preparado por duas tacinhas e refrigerar o restante (para que não sobre, fazer queques maiores ou maior quantidade: reduzir aos ingredientes pode comprometer o recurso à Bimby ou a outro robot de cozinha, por insuficiência de volume). Juntar umas gotinhas de corante amarelo a uma das taças e mexer bem, ajustando o tom a gosto. Proceder da mesma forma com o corante laranja. Depois dos queques arrefecidos, encher dois sacos pasteleiros descartáveis munidos de bicos #103 da Wilton com os respectivos cremes e dar largas à imaginação!
Adoro tarte de maçã. E se for feita com maçãs do quintal dos pais ou dos sogros, como foi o caso, ainda melhor!
Desta vez resolvi fazer uma experiência e gostei bastante do resultado: decidi colocar as maçãs, caramelizadas previamente, numa base de creme pasteleiro, para tornar a tarte ainda mais suculenta e gulosa. Apesar da receita do creme que segui (receita B do livro base da Bimby) não me ter enchido as medidas, ficou bastante agradável.
E finalmente estreei o rolo cortador de massas, que deu aquele aspecto de rede à cobertura, há meses esquecido na gaveta.
5 maçãs grandes Sumo de limão qb 1 base redonda de massa folhada 3 colheres de açúcar mascavado 1 colher de café de canela moída 1 gema de ovo para pincelar Açúcar para polvilhar Para o creme pasteleiro (eu usei uma receita do livro base da Bimby, mas deixo aqui uma receita da Vaqueiro, para quem não tem Bimby):
2 gemas 50 g de açúcar 30 g de farinha 250 ml de leite 1 casca de limão 1 pau de canela
Pré-aquecer o forno nos 200º.
Fazer o creme pasteleiro: bater as gemas com o açúcar até obter um creme espesso. Juntar a farinha peneirada e mexer até obter uma mistura homogénea. Levar o leite a ferver com uma casca de limão e o pau de canela. Adicionar o leite, lentamente, ao preparado anterior. Passar para uma panela baixa e levar ao lume mexendo sempre com uma vara de arames até engrossar, sem deixar ferver. Arrefecer o creme sobre uma taça com gelo.
Entretanto, descascar, descaroçar e partir aos cubos as maçãs, regando-as com limão para que não oxidem. Numa frigideira anti-aderente, colocar o açúcar mascavado e as maçãs, cozinhando-as até ficaram douradas e macias, levemente caramelizadas. Juntar a canela. Forrar com a massa folhada uma tarteira pequena (deve ter no máximo 22 cm de diâmetro, se não a massa não vai chegar para a cobertura). Juntar as sobras de massa, amassar ligeiramente para uni-las e voltar a esticar dando-lhe um fomato arredondado. Usar o rolo cortador (a primeira vez não é muito fácil e parece que não vai ficar bonito, mas depois no forno a massa abre, dando-lhe aquele efeito de grelha). Colocar uma camada a gosto de creme pasteleiro sobre a massa folhada. Por cima espalhar as maçãs e os líquidos que se tiverem formado. Com cuidado, tapar a tarte com o pedaço de massa folhada reservado. Pincelar com gema de ovo e salpicar com o açúcar. Levar ao forno cerca de 25 minutos ou até estar bem dourada. Se achar que está dourada mas que a massa ainda não cozeu o suficiente, tape com folha de alumínio e deixe no forno mais 10/15 minutos.
Aproveito para lembrar que o Lume Brando também está no Facebook! Façam-se fãs: nem tudo o que aparece lá, aparece aqui ;-)