O stress, o trabalho e as correrias da época (infelizmente, o Natal também é feito disso) tomaram conta do Lume Brando. Mas não queria que a data passasse por aqui em branco.
Estas foram algumas das bolachas que fiz para os meus rapazes levarem para escolinha e para oferecer a alguns amigos especiais. Inventei na receita e não ficaram muito boas, mas acho que cumpriram o seu papel de miminho 'eye candy'.
A todos os que me lêem e aos que nem por isso; a todos os food bloggers e food lovers; a todos os amigos - virtuais e reais; a todos, sem excepção, desejo um Bom Natal e um 2011 recheado de experiências positivas.
Um PS especial para os blogs de cozinha que costumo visitar e onde às vezes deixo uma palavrita (acho que sabem quem são!): tenho andado muito ausente da blogosfera, mas estou certa de que vou ter muita coisa boa para pôr em dia, assim que conseguir acalmar. A partir de Fevereiro, se tudo correr bem, espero poder voltar a acompanhar mais de perto as vossas aventuras culinárias! Beijos felizes.
Mais uma variação com a receita do costume. Estas foram uma brincadeira que ofereci a umas amigas, num lanche recente em casa de uma delas cujo apelido é o nome que se dá aos porquinhos bebé ;-). Foi a primeira vez que usei corante no glacé (corante gel cor-de-rosa que tinha comprado para colorir pasta americana) e correu melhor do que eu esperava. Mas atenção: basta molhar a ponta de um palito no gel e passá-lo no glacé para conseguir este rosa, pois o corante é muito forte. Outra coisa boa que comprovei com esta experiência: a massa de bolachas que costumo usar e que está aqui pode ser congelada, sem comprometer o seu comportamento. Quando quiser fazer as bolachas, descongele à temperatura ambiente até estar em condições de ser trabalhada. Junte um pouco mais de farinha sem fermento à massa antes de estendê-la (truque a usar mesmo que a massa seja fresca): vai ficar mais seca e maleável e permitir cortar as bolachas mais facilmente.
À primeira vista estes pastéis parecem bastante sofisticados e difíceis de fazer. Mas na verdade, se eu consigo fazê-los, qualquer pessoa com um pouco de gosto pela cozinha consegue, acreditem.
A massa é filo, de compra. O recheio é um creme de ovo espesso, muito fácil de fazer. A receita é do Chef Luís Francisco, aprendida no curso que fiz aqui há uns meses atrás. Apenas reduzi a receita para metade e juntei amêndoa ralada. O sucesso é garantido.
8 folhas de massa filo, de preferência da marca francesa JR/Sofrabrick 6 gemas + 1 ovo inteiro 250 g de açúcar 125 ml de água 1 pau de canela 1 pedaço de casca de limão 25 g de amêndoa torrada ralada Manteiga ou margarina derretida para pincelar Açúcar em pó
Preparar o recheio Este pode ser feito com semanas de antecedência e ficar guardado no frigorífico. Separar as gemas das claras, colocando as gemas e o ovo inteiro numa taça de metal, desfazendo ligeiramente. Reservar. Fazer uma calda com o açúcar, a água, o pau de canela e o limão, levando todos estes elementos ao lume num tacho de fundo pesado, sem mexer, até ferver. Quando a calda passar do borbulhar para o ferver em cachão, bolhas grandes por todo, CONTAR 6 MINUTOS. Retirar do lume, descartar o pau de canela e a casca de limão e juntar a calda lentamente à taça das gemas, mexendo sempre com um batedor de varas ou uma colher de pau. COAR com um passador de rede, verter a mistura de novo para a panela e levar ao lume médio até engrossar, mexendo sempre de forma suave, o que deve demorar cerca de 15 minutos. Vai engrossar mais um pouco depois de arrefecer. Guardar em frasco de vidro hermético e usar depois de arrefecido. Os pastéis ficam muito bons com esta versão simples de 'massa de ovo', como o chef Luís Francisco lhe chama, mas desta vez juntei-lhe amêndoa torrada ralada e também foram bastante apreciados: tostei a amêndoa laminada numa frigideira anti-aderente, deixei arrefecer e ralei na Bimby, juntando cerca de 25 g à base de ovo já pronta, no momento de a utilizar.
Fazer os pastéis Pré-aquecer o forno nos 180º. Retirar a massa filo do frigorífico e, cuidadosamente, separar uma folha, pincelá-la com manteiga ou margarina derretida e "colar" outra folha por cima, o mais certinho que conseguir. Com uma faca ou uma tesoura, dividir em quatro quadrados iguais. Colocar 1 colher de sopa de creme de ovo com amêndoa no meio de cada quadrado, espalhando um pouco para os lados, ao comprimento, dobrar a massa filo por cima do creme, tipo carta, sem apertar, e revirar as pontas para cima. Colocar num tabuleiro anti-aderente ou forrado com papel vegetal. Repetir com as restantes folhas. Levar a cozer cerca de 20 minutos ou até a massa ficar estaladiça e dourada. Antes de servir, já arrefecidos, polvilhar com açúcar em pó.
Se o creme começar a sair dos pastéis durante a cozedura, não entre em pânico. Provavelmente, apertou demasiado o creme ao fechar os pastéis, como eu costumava fazer! Aliás, nestas fotos isso nota-se. O segredo está em fechar os pastéis sem forçar. Também é importante que a massa não apresente rasgões (a massa é muito sensível), nem que se coloque demasiado recheio. Ah, e para um resultado impecável, por favor não use massa filo da marca Continente. A marca que sugiro também se vende nesta cadeia de hipermercados (e noutras) e é uma aposta segura.