Este fim-de-semana, eu, os miúdos e alguns amiguinhos destes, dedicámo-nos às abóboras, às bruxas, aos fantasmas e a outras criaturas que tais. Foi bastante divertido, ainda que recortar e escavar as abóboras não seja muito fácil, devido à casca muito dura.
Estas vieram do quintal dos meus sogros mas quem não as puder obter desta forma e viver perto do El Corte Inglés, pode sempre comprar umas bem perfeitinhas e laranjinhas na loja gourmet, que custam cerca de €3,50 cada. E se nas abóboras tive de ser a eu a liderar os trabalhos com as ferramentas afiadas, no caso das bolachas foram os mais novos que as decoraram praticamente sozinhos, depois de me terem ajudado a fazer a massa e a recortá-las.
Daqui a muitos anos, gostava que este fim-de-semana fizesse parte das memórias felizes dos meus piolhos. Acho que este post vai dar uma ajuda :-)
Este livro foi a minha prenda do Dia da Mãe de 2007. Em nome dos piolhos, o G. escreveu na primeira página que o objectivo era eu poder ter mais ideias para mimar a família. E ler isso dá-me sempre imenso prazer, ao contrário de muitas pessoas que conheço, que detestariam receber livros de cozinha, nomeadamente do marido, por acharem que isso significaria terem de cozinhar por obrigação.
Folheio-o muitas vezes. Está cheio de receitas realmente simples, rápidas e fáceis, como a capa promete. Imensas de frango, muitas de peixe e vegetarianas, inúmeras sugestões com massa e algumas sobremesas. Já me tinha inspirado algumas vezes, mas esta foi a primeira vez que segui uma receita mais 'à risca'.
No talho onde costumo ir, o senhor ficou algo hesitante quando lhe pedi que me picasse carne de frango, que a máquina não era a mais indicada e que não costumava fazê-lo. Mas depois de um vá lá persuasivo e da referência a uma receita especial, lá acedeu ao meu pedido.
O resultado, depois de acrescentados os restantes ingredientes, foram uns hambúrgueres suculentos e saborosos, que se portaram lindamente mesmo depois de congelados. Aconselho por isso a fazer-se uma grande quantidade de cada vez e a congelá-los já moldados e embalados individualmente em película aderente. Nas fotos não têm muito bom aspecto, mas posso garantir que são mesmo bons e até os miúdos adoraram (e nem sequer deram conta da cenoura e da cebola lá metida!)
1 colher de sopa de óleo de girassol (usei azeite) 1 cebola picada 1 dente de alho esmagado ou picado 1/2 pimento vermelho (não tinha e usei 1 cenoura pequena ralada) 450 g de carne de frango picada (usei peito) 2 colheres de sopa de iogurte grego magro (usei natural normal) 50 g de pão fresco ralado grosseiramente, idealmente integral ou de mistura 1 colher de sopa de salsa picada ou outra erva. 50 g de queijo Cheshire esfarelado (usei flamengo ralado grosseiramente) Sal e pimenta a gosto
Levar ao lume num tacho ou frigideira o azeite com a cebola e o alho. Deixar cozinhar por cerca de 5 minutos e juntar o pimento ou a cenoura (se for cenoura deixar cozinhar mais alguns minutos). Transferir para um taça, juntar a carne picada de frango, as migalhas finas de pão, a erva e o queijo. Temperar com sal e pimenta e moldar em pequenas bolas que depois se achatam formando os hambúrgueres. Levar ao frigorífico cerca de 20 minutos antes de os grelhar no grill do forno: eu não os refrigerei e grelhei-os numa frigideira anti-aderente pincelada com azeite. Quando cozinhei os congelados, deixei-os descongelar um pouco primeiro.
Servir no pão com alface e tomate ou no prato com uma boa salada (que não foi o caso da salada da foto, que era uma singela salada de alface temperada com azeite e balsâmico).
Reza a história que a fruta usada na versão original desta tarte - que resultou de um improviso para solucionar o esquecimento da futa ao lume - foram maçãs. A cozinheira criativa foi uma das duas irmãs de apelido Tatin, que nos finais do século XIX geriam um pequeno hotel em França.
O percalço fez tanto sucesso, que ao longo do tempo a técnica de inverter a ordem normal dos ingredientes de uma tarte, colocando a massa 'por cima' antes de ir ao forno, foi sendo adaptada a outros frutos e até legumes.
Num destes últimos fins-de-semana, apoderou-se de mim uma enorme vontade de usar pêssegos numa sobremesa. E saiu esta tarte simultaneamente suculenta e estaladiça que se revelou pequena perante a gula dos comensais.
É muito fácil de fazer, são precisos apenas 4 ingredientes e ficou deliciosa.
4 pêssegos grandes 50 g de manteiga 50 g de açúcar amarelo 1 placa de massa folhada redonda
Descascar os pêssegos e cortá-los em fatias grossas. Pré-aquecer o forno nos 190º. Levar ao lume, numa frigideira grande, a manteiga e o açúcar. Deixar dissolver bem o açúcar na manteiga que entretanto vai derreter e juntar as fatias de pêssego. Deixar cozinhar em lume médio, mexendo de vez em quando, até a fruta ficar bem dourada e os sucos espessos, mas sem caramelizar demasiado (o que deve demorar cerca de 25 minutos). Num prato fundo de ir ao forno redondo, tipo pirex (ou numa forma de bolo anti-aderente), espalhar a fruta e os sucos, cobrir com a massa folhada, pressionando-a de encontro aos frutos e cobrindo-os na totalidade, e levar ao forno cerca de 25/30 minutos ou até a massa estiver bem folhada e dourada e os sucos borbulharem - é inevitável que o molho saia um pouco para os lados. Retirar do forno, esperar uns 5 minutos e inverter com cuidado para um prato de servir. Este deve ser bem maior do que a forma ou o pirex que se levou ao forno, e o movimento de inversão/passagem deve ser rápido, para se evitarem queimaduras e derrames dos líquidos. Servir morna com gelado de nata ou baunilha, por exemplo.